Ontem fui levar três netas,
de férias, ao teatro. Férias, que coisa boa, ainda
mais quando estamos aposentados. O aposentado sempre está
de férias. Digo isso principalmente, depois que li a resposta
de: “quantos aposentados são necessários para
trocar uma lâmpada?”
Um musical infantil, “A
Menina que Mofou nas Férias”. Quando li o título
revi meu laboratório na universidade. Lembrei da descoberta
da penicilina. Não sabia se olhava para os atores ou para
as expressões faciais das netas embevecidas. Coincidência,
um dos personagens apresentava sotaque da terrinha e eu estava
com a camisa 7 da seleção de Portugal (homenagem
a meu Pai, o bisa desencarnado). Nas férias não
gostamos de falar de morte e o espírita até usa
outra palavra, porque para nós a morte é apenas
uma mudança de estilo de vida.
No musical, amei a babá.
Ela me lembrou uma tia mineirinha, com idade avançada,
e seu “uai”. Esta peça infantil teve tudo a
ver comigo. Pai português, mãe mineira e os fungos,
da Micologia. Estava me sentindo em casa, com as netas exercitando
o risorius de santorini (Anatomia).
A menina mofou nas férias, presa em casa, sem poder brincar
com as outras crianças na rua. Como brinquei na rua! Mas,
sem pegar sol, o inevitável aconteceu, sua pele se tornou
esverdeada. O médico, com aquela seringa gigante, declara:
“Minha Senhora, sua filha mofou”. Foi uma confusão
na Casa de Terezinha, que não dá pra contar. Mas,
tenho uma boa noticia. A menina não morreu, graças
a Deus! Remédio genial! Quem for ver, verá!
Por falar em morte, de novo e
nas férias, se eu estivesse em São Paulo também
iria ao teatro. Vejam se advinham onde. Antes quero lembrar que
“para trocar uma lâmpada, basta um aposentado. Só
que ele tem o dia inteiro.” Imagine nas férias!
Sim, iria ao teatro, no teatro
que tem o mesmo nome do shopping, na rua que tem o mesmo nome
do Frei, que dá nome ao teatro. Entendeu?
Estava falando de morte, lembrou?
Que “ela é uma piada”
podemos ver no Teatro Frei Caneca, no Shopping de mesmo nome,
na Rua do mesmo Frei. É ali, que o ator Renato Prieto,
o André Luiz do filme Nosso Lar, vai explicar porque ela
é uma piada, num espetáculo espírita de “humor”,
mas também de “reflexão”. Que tal levar
os avós?
Veja o Cartaz no Jornal dos Espíritos
(1), de hoje 10 de janeiro de 2011.
Vá ao teatro. Teatro é
cultura. Cultura é “herança e transformação”.
Ninguém começa do zero, disse o poeta Ferreira Gullar
(2). Creio que foi por isso que o
escritor Jorge Hessen me deu, neste janeiro, um presente divulgando
memórias (3).
Férias inesquecíveis.
Ao sair do teatro, todos os atores se deixaram fotografar com
as crianças. Foi outro momento de alegria e pedagogia.
Descida as escadas comentei com minhas filhas e genros: “isso
é que é um dinheiro bem gasto!
Educação para ser
feliz.“Aquela que sabe o valor das coisas e não o
seu preço.”
(3) http://orebate-jorgehessen.blogspot.com/2011/01/espiritismo-na-universidade-memoria.html