Os ateus só podem matar Deus
por decreto. Desta forma, estamos diante de uma relação
de coação, onde um dos polos impõe sua forma
de pensar. “Deus não Existe.”
A afirmação está baseada num dogma de fé,
numa ideologia racionalista, que não foi provada. Da inexistência
de Deus, embora sendo uma falsa premissa, sinistros tiram suas
conclusões. O perigo mora perto porque dela podem surgir
projetos de lei e decisões judiciais.
Hoje no Brasil, podemos pensar que estamos caminhando para um
Estado com “religião oficial”, deixando de
ser laico para ser ateu. (1) O que
nos deixa perplexos é que “se Deus não existe,
tudo é permitido”, até o aborto.
“Deus não existe, porque não quer!”
(2)
Um jornalista nos possibilitou ler o voto de um ministro propondo
que: “a partir das Eleições de
2020, seja assentada a viabilidade do exame jurídico do
abuso de poder de autoridade religiosa em sede de ações
de investigação judicial eleitoral”.
(3) Será mais um motivo para
a cassação de mandatos. Mas, já sabemos que
isso é pura ideologia de quem não deseja concorrência,
diz outro. (4)
Os sinistros de hoje são também escravos de seus
violentos inimigos companheiros de ideologia materialista, adeptos
da pena de morte. Já se disse que a substituição
da ética-cristã pela ideologia é um grave
erro. Tendo Jesus como Guia, vamos lembrar a canção,
Rock in Rio 1985, que diz: “seja inverno, primavera,
verão ou outono, tudo o que você precisa fazer é
chamar e eu estarei aí com você. Você tem um
amigo”.(5) Depois da crucificação
Jesus voltou para nos dar aula prática de que a alma é
imortal, como lecionou Leon Denis.
O que é a morte? Depende do polo da ciência em que
se insere o pesquisador. Se lhe perguntarmos o que somos e a resposta
for que somos apenas impulsos eletroquímicos num biocomputador,
que se originou por acaso, num universo de partículas materiais
mortas, a morte é certamente o nada. Só que
isso é uma questão de fé, pois a ciência
ainda não demonstrou que a vida se encerra com a morte
do corpo.
O polo espiritualista da ciência oferece outra leitura.
Este polo vê a morte como interrupção da reencarnação.
Logo após o desenlace, o espírito recupera a plenitude
das suas faculdades. Poderíamos dizer que a morte é
uma mudança de estilo de vida e que as evidências
científicas apontam neste sentido.
Após rigoroso exame, a Conferência internacional
sobre a investigação paranormal, realizada na universidade
do Colorado (USA), entre 7 e 10 de julho de 1988, publicou em
sua ata um manifesto em favor do reconhecimento científico
da reencarnação.(6)
O jurista Miguel Reale diz que “a pessoa é o
valor-fonte de todos os valores, sendo o principal fundamento
do ordenamento jurídico”. Sobre a liberdade
religiosa registramos que “uma pessoa só tem
liberdade religiosa se puder optar num ou noutro ponto de vista,
sem perder sua dignidade como cidadão. A liberdade de crença
e religião, sendo preservadas, aprimoradas e estendidas
a todos os indivíduos, trará ainda maior evolução
dos direitos e garantias individuais, que conduzem à justiça
social e à paz entre os povos”.(7)
Com Jesus aprendemos a perdoar erros de sinistros.
Pela psicografia de F. C. Xavier, no Livro Almas em Desfile. Segunda
Parte – L. 16. Pág. 163, conta Hilário Silva
que Bezerra de Menezes almoçava em casa de Quintino Bocaiúva.
Em meio da conversa, aproxima-se um serviçal e comunica
ao dono da casa:
- Doutor, o rapaz do acidente está aí com um policial.
Quintino, que fora surpreendido no gabinete de trabalho com um
tiro de raspão, que, por pouco, não lhe atingiu
a cabeça, estava indignado com o servidor que fizera o
disparo, sem dolo.
- Doutor - roga o moço, em lágrimas -, perdoe o
meu erro! Sou pai de dois filhos... Compadeça-se! Não
tinha qualquer má intenção... Se o senhor
me processar, que será de mim?
O notável político respondeu: - De modo algum. Mesmo
que o seu ato tenha sido de mera imprudência.
Percebendo que Bezerra se sentia mal, considerou: - Bezerra, eu
não perdoo, definitivamente não perdoo...
Bezerra exclamou desapontado: - Ah! Não perdoa!
Quintino Bocaiúva falou irritado: - Não perdoo erro.
E você acha que estou fora do meu direito?
O Dr. Bezerra cruzou os braços com humildade e respondeu:
- Meu amigo, você tem plenamente o direito de não
perdoar, contanto que você não erre...
A observação penetrou Quintino Bocaiúva como
um raio. O grande político enxugou o suor, tornou à
cor natural, e, após refletir, disse ao policial: - Solte
o “sinistro”.
*
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