A maneira pela qual os dedos do médium
repousam sobre os objetos desafia a mais consumada destreza de sua
parte no intervir, de qualquer modo, no traçar das letras.
Mas, admitamos que a alguém, dotado de maravilhosa habilidade,
seja isso possível e que consiga iludir o olhar do observador;
como explicar a natureza das respostas, quando se apresentam fora
do quadro das idéias e conhecimentos do médium?
Pode-se demonstrar que certas comunicações
são completamente estranhas aos pensamentos e conhecimentos
dos médiuns, às opiniões dos assistentes, que
essas comunicações são espontâneas e contradizem
idéias preconcebidas.
Outros dizem que são manifestações
do “espírito do mal”, isso é admitir a comunicação.
Resta explicar porque Deus permite sem nos dar por contrapeso os conselhos
dos bons Espíritos?
Temos um problema. Um fato demonstrado
é o de que os Espíritos inferiores muitas vezes adotam
nomes respeitados. Desejam assim adquirir credibilidade, atendendo
ao programa de qualidade. Essa é uma das dificuldades do Espiritismo
prático (1).
Diante do aborto, como se
posicionam médicos, médiuns, “de Bem”
Em “Ensino, pesquisa e ética”,
na revista Tendências do Trabalho, (Editora Tama), 312 (agosto):
8-10, 2000, comentamos que o progresso tecnológico da biomedicina
levanta problemas éticos, que requerem da bioética uma
reflexão prática. A questão “o que posso
fazer?” deve estar acompanhada das perguntas do imperativo ético
“o que devo fazer? o que é bom fazer? qual é o
bem a ser preservado e o bem a ser promovido”.
No Hospital Universitário (UFRJ)
um dos princípios básicos do Programa da Qualidade é
a satisfação do cliente. Surgiu assim a Caixa de Sugestões
como "um canal de aferição da satisfação."
Além de auxiliar no diagnóstico da qualidade ela "é
um meio para fazer valer os direitos dos clientes como cidadãos
na busca da qualidade na instituição"(2)..
Uma vez por mês, os formulários
são analisados e compactados em forma de relatório e
enviados às divisões, coordenações e à
Direção Geral. Os relatórios respondidos são
encaminhados ao Comitê da Qualidade.
Como no hospital o Centro Espírita
também cuida da prudência, diligência e perícia.
No entanto, já vimos pessoas solicitando ajuda e que foram
encaminhadas ao "desenvolvimento mediúnico" com o
diagnóstico de "problemas de mediunidade". Encontrei
uma em visível desequilíbrio fazendo entrevista, no
"apoio fraterno". Posteriormente, fui encontrá-la
como médium-passista.
Nem sempre a teoria exposta no planejamento
das atividades é encontrada na prática, fazendo lembrar
Emmanuel: "entre saber e fazer há uma grande diferença".
Um Redator nos chamou a atenção
para o texto "Reputação Médica" encontrado
na Revista do Conselho Federal de Medicina, maio-junho de 2000. Dr.
Gallo escreveu que "a boa reputação é a
pedra de toque de seu poder de cura. Nenhuma outra profissão
exige maior credibilidade que a médica..." Recordando
Chico Xavier fizemos transferência: nenhuma exige maior credibilidade
que a de médium. Enquanto Gallo comentava e íamos pensando
no fenômeno mediúnico.
"A exigência de boa conduta
transcende aos atos médicos. Não há como dissociar
o pessoal do profissional. Se agir mal como pessoa, será grande
a repercussão através da mídia."
Não sei se Gallo exagerou:
"nenhuma outra profissão exige maior credibilidade",
Senadores talvez não concordem. E a mediunidade?
Credibilidade é fundamental
em qualquer lugar, assim como competência, por isso, discutimos
a importância da prudência, da diligência e da perícia
na medicina laboratorial (3).
Médiuns que são visitados
pelo orgulho e pela vaidade não são competentes.
Na medicina, há aqueles socialmente
respeitáveis, mas deficientes na formação profissional,
que prescrevem terapias inadequadas e (ou) danosas a seus clientes,
cometendo um erro médico. Em mediunidade um fator complicador
é a obsessão, quando ele não mais se esforça
para resistir diante das suas inclinações menos éticas(4).
Hipócrates deixou um corpo
de doutrina em que demonstrou preocupação com o desempenho
de seus discípulos e firmou as bases das normas éticas
para os médicos. Allan Kardec firmou as bases éticas
para o médium, quando estudou o "Homem de Bem" (6).
Você é Médium
“de Bem”?
Faça auto-avaliação,
mas não esqueça que esta resposta exige raciocínio
do domínio cognitivo, que é sempre influenciado pelo
afetivo.
Como em algumas provas do vestibular,
espíritos desencarnados adversários ajudam a obter “nota
falsa” mais alta.
Para realizar a tarefa vamos precisar
de "gabarito". Quais são os caracteres do “Homem
de Bem”, encontrado em Kardec. Consulte rapidamente o link de
nº 6.
Anteriormente, comentando causa de
evasão de jovens, lembrei que eles acabam aprendendo a avaliar
a fé dos familiares. Com pais espíritas de fachada,
o que é pregado não é vivenciado, sentem-se frustrados.
Aprendem que devem amar ao próximo, mas os pais não
vivem de acordo com esse preceito, se sentem traídos (5). Um
bom modelo é como o do programa de televisão: “Um
Homem Chamado Amor”.
O que orienta Chico Xavier,
no Pinga-Fogo? (7)