Helen Keller (1),
descendia, por parte paterna, de Gaspar Keller, suíço
estabelecido em Marlyland. Entre os seus antepassados, consta
o primeiro professor de surdos-mudos de Zurich, paradoxalmente,
autor de um tratado sobre o tema.
Nascida a 27 de junho de 1880,
em uma pequena cidade do norte de Alabama (USA). Helen aos
18 meses de idade viu-se, em virtude de uma doença
desconhecida, privada dos sentidos da visão e da audição.
Poderia ter vida instintiva e chegar à idiotia. Não
aprendeu a falar, mas a fazer sinais para se comunicar. Movimentando
a cabeça para os lados dizia "não".
Para cima e para baixo - "sim". Puxando, dizia "vem"
e empurrando, "não".
Anne Sullivan, irlandesa de
21 anos de idade, era recém-formada pela Escola de
Cegos Perkins, em Boston e foi contratada pelo casal Keller,
para ensinar a filha, de seis anos de idade. A professora
inicia a árdua tarefa do seu processo de reabilitação.
Com a jovem professora, aquela menina, que vivia num mundo
sem som e imagem, aprendeu a distinguir seres e objetos com
o toque das mãos e com essas experiências começou
a ensaiar o raciocínio.
Desde o início, Anne
tentou comunicar-se com Helen utilizando o alfabeto manual.
O primeiro objeto que lhe mostrou foi uma boneca, desenhando,
então, e simultaneamente, na palma da sua mão,
os símbolos gráficos que compunham aquela palavra.
Contudo, a criança não compreendeu a mensagem
que Anne lhe pretendia transmitir, julgando apenas tratar-se
de uma mera brincadeira inconseqüente. Um mês depois,
ocorreu algo muito importante. Após muitos esforços,
por parte da professora, a menina compreendeu, finalmente,
a chave do enigma.
Examinemos suas própria
narrativa:
"Um dia, enquanto brincava
com a minha boneca nova, a senhorita Sullivan colocou minha
grande boneca de pano no meu colo, soletrou "d-o-l-l"
(boneca) e tentou me fazer entender que "doll"
se aplicava a ambas. Antes, naquele mesmo dia, tivéramos
um desentendimento sobre as palavras "m-u-g" (caneca)
e "w-a-t-e-r" (água). A senhorita Sullivan
tentara me fazer entender que "m-u-g" era "mug"
e "w-a-t-e-r", "water", mas eu persistia
em confundir as duas. Desalentada, deixou de lado o assunto
para retomá-lo na primeira oportunidade. Fiquei impaciente
com suas repetidas tentativas e peguei minha boneca nova
e a atirei no chão. Fiquei feliz quando senti os
pedaços da boneca quebrada nos meus pés (...)
e senti uma espécie de satisfação por
ter desaparecido a causa do meu desconforto. Ela me trouxe
o meu chapéu e eu percebi que iríamos passear
lá fora sob o sol quentinho. Este pensamento, se
é que eu possa denominar essa sensação
intraduzível de pensamento, me fez pular de prazer.
Caminhamos até a
fonte, atraídas pela fragrância das madressilvas.
Alguém estava pegando água e minha professora
colocou a minha mão sob o jato. Enquanto a água
fresca jorrava em uma das mãos, ela começou
a soletrar a palavra água na outra. Primeiro lentamente,
depois rapidamente. Fiquei ali parada, toda a minha atenção
concentrada nos movimentos dos dedos dela. Subitamente adquiri
uma consciência não muito clara, como de algo
esquecido uma excitação de retorno do pensamento;
e de alguma forma o mistério da linguagem revelou-se
para mim. Eu sabia então que á-g-u-a significava
aquela coisa fresca e deliciosa que fluía pela minha
mão. Aquela palavra viva despertou-me a alma, deu-lhe
luz, esperança, alegria, libertou! Ainda havia barreiras,
é verdade, porém barreiras que podiam ser
derrubadas com o tempo.
Saí dali ávida
por aprender. Tudo tinha um nome e cada nome fazia nascer
um novo pensamento. No caminho de casa, cada objeto que
eu tocava parecia pulsar. Era porque eu via a tudo com uma
visão estranha, nova, que se me revelara (...) Naquele
dia aprendi muitas palavras novas (...) palavras que fariam
o mundo desabrochar para mim. Teria sido difícil
achar uma criança mais feliz do que eu quando deitei
na minha cama no final daquele memorável dia..."
A partir daquele momento, os progressos de Helen foram rápidos
e sucessivos, graças à fraternidade, dedicação
e empenho da sua professora, Anne Sullivan, que se manteve
sempre a seu lado. No colégio de moças "normais",
usei aspas porque o poeta diz que de perto ninguém
é normal, Helen Keller foi recebida com relutância.
Não podia ouvir as aulas ou tomar notas, mas mesmo
assim, aos 24 anos de idade, concluiu, com distinção,
a sua licenciatura em Humanidades, no "Radcliffe College".
Escrevia em inglês e
francês e fez inúmeras conferências pelo
mundo, incluindo o Brasil. Seus livros são admiráveis.
Em "Minha Vida de Mulher" fala da sua religiosidade:
"ninguém pode
saber melhor do que eu o que são as amarguras dos
defeitos físicos. Não é verdade que
eu nunca esteja triste, mas há muito resolvi não
me queixar. Eis para que serve a religião: inspirar-nos
à luta até ao fim, de ânimo forte e
sorriso nos lábios".
"Mas, uma ambição eu tenho: a de não
me deixar abater. Para tanto conto com a bênção
do trabalho, o conforto da amizade e a fé inabalável
nos altos desígnios de Deus".
Como conciliar Carma e Misericórdia?
O deficiente visual Chico Xavier respondeu: "Quando temos
dívida na retaguarda, mas continuamos trabalhando a
serviço do próximo, a Misericórdia Divina
manda adiar a execução da sentença de
resgate, até que os méritos do devedor possam
ser computados em seu benefício"(6).
Helen teve um papel preponderante,
na luta que empreendeu pela paz, pela defesa dos direitos
das pessoas com deficiência visual e, nomeadamente,
pela reabilitação e reintegração
profissional daqueles que se tinham tornado deficientes por
volta da Segunda Guerra Mundial. Defendia a aprendizagem das
crianças cegas, em contacto com a natureza e com as
outras crianças não deficientes, e não,
como então era usual, em colégios internos -
de ensino segregado.
Helen Keller faleceu no dia
1 de junho de 1968, legando-nos, com o seu exemplo, uma mensagem:
a determinação e o querer são armas invencíveis,
para se poderem vir a ultrapassar todas as barreiras aparentemente
intransponíveis, como aquela que faz com que ninguém
queira adotar o menino negro, órfão da AIDS,
ao contrário do irmão de olhos azuis.
Não posso esquecer
aquele dia em que fui o "médium de transporte",
do professor Marcus Vinícius Telles e sua esposa Dulce.
Sua companheira me faz lembrar que "por trás de
todo grande homem existe uma grande mulher", empurrando-o.
Nos dirigíamos a uma localidade próxima à
Angra dos Reis, que fica a algumas horas do centro do Rio
de Janeiro e, por isso, tivemos tempo para conversar animadamente.
Posteriormente, nossos filhos, que aniversariam no mesmo dia,
se tornariam também amigos. A missão de Marcus
era mostrar O Evangelho segundo o Espiritismo, "de bolso",
aos jovens espíritas, naquele agradável encontro.
Diz ele que: "a juventude de hoje não se interessa
mais por aprender o Braille. Os jovens acham mais fácil
usar fitas, usar o DOSVOX, e não percebem que, sem
o Sistema Braille, eles permanecem analfabetos".
Pimentel (5) pela internet
relembrou o que conversamos no carro.
"O professor Marcus
Vinícius cegou aos 23 anos de idade. Antes da cegueira,
viajou para muitos países por conta da função
que exercia na Marinha Mercante desde os 18 anos, e costuma
dizer que, embora não tenha aproveitado o suficiente,
não pode se queixar das inesquecíveis imagens
que as constantes viagens lhe proporcionaram no tempo em
que enxergava. O trabalho na Marinha lhe proporcionou mais
de 100.000 milhas em viagens, o equivalente a 5 vezes a
circunferência da Terra.
Marcus aprendeu Braille
(IBC) em um mês, constituiu família e trabalhava
como vendedor autônomo até que, com a chegada
de seu primeiro filho, decidiu retornar aos estudos. Na
Faculdade (Cândido Mendes/RJ), ingressou no curso
de História, uma área que lhe despertava grande
interesse, desde a época em que era da Marinha. Durante
44 anos, dividiu seu tempo entre as atividades docentes
e as tarefas que assumiu à frente da SPLEB, Sociedade
Pró-Livro Espírita em Braille, que ajudou
a fundar em 1953 (Rua Thomaz Coelho, 51,Vila Isabel. RJ.
CEP 20540-110. TEL. (021) 2288-9844).
Permitam-me uma escapada.
Na SPLEB, são muitas as tarefas. Há desde
aquelas que estão diretamente envolvidas com a impressão
de livros em Braille (dobra de papel, impressão,
costura, encadernação) até aquelas
mais simples e nem por isto, menos importantes do tipo:
fazer café, ajudar a encher o filtro, conduzir alguém
ao ônibus, etc.
O início da vida
de professor foi muito dificultado pela deficiência
visual, devido ao preconceito que sofria, até nas
entrevistas com diretores nas escolas. Venceu as barreiras
iniciais da discriminação e chegou a ministrar
aulas em três colégios ao mesmo tempo. Sua
história chega a se confundir com própria
história da SPLEB, instituição de Utilidade
Pública Federal, Estadual e Municipal, pois sua participação
desde a criação do primeiro estatuto foi um
fator determinante para o crescimento da entidade. Hoje
a SPLEB possui sede própria instalada numa casa de
três andares, com Imprensa Braille, biblioteca (aproximadamente
400 títulos em Braille, audioteca, etc) e espaço
para ministrar cursos de escrita, de operador de câmera
escura, e de línguas como inglês e esperanto.
Aposentado, é o 1º Vice-Presidente da SPLEB,
que em 1997 esteve comemorando os 40 anos do primeiro livro
espírita impresso em Braille: "O que é
o Espiritismo", de Allan Kardec. A obra já existia
em Braille desde 1928, mas apenas alguns exemplares escritos
à mão na reglete.
A SPLEB conta com mais de
300 sócios, e tem sua subsistência garantida
através de doações e da promoção
de bazares beneficentes, mantendo-se principalmente graças
ao serviço de transcritores voluntários na
produção de livros da Doutrina Espírita
em Braille para distribuição gratuita, desde
1957, a cegos, bibliotecas e instituições.
Eleito "Cego do Ano", em 15 de outubro de 1997,
"Dia da Bengala", pela ACIC(Ação
Comunitária pela Integração dos Cegos),
o professor Marcus Vinícius é mais um exemplo
de persistência na superação das limitações
geradas a partir da cegueira."
Luiz Antonio Millecco escreveu um artigo intitulado, "Cegos
Espíritas" (2). Logo
pensei no duplo sentido e concluí que não poderia
ter o mesmo enfoque que dei num artigo na Revista Internacional
de Espiritismo (3). O título
dado por Millecco não poderia ser invertido, pois modificaria
o sentido e abarcaria pequena parte da população
espírita. Refiro-me àquela fração
de "espíritas cegos", mesmo na universidade
(4), que nem tomarão conhecimento
do "Primeiro Congresso Internacional de Cegos Espíritas",
na semana santa, 17 de abril de 2003, e que terá como
tema Central: "O Cego e o Terceiro Milênio".
O Congresso de "Cegos-Espíritas"
poderá discutir que a hipótese da sobrevivência
da alma é aquela que melhor explicaria o fenômeno
de visão em cegos, que médiuns ou não,
poderiam se locomover em ambientes desconhecidos. Millecco
indaga: "poderá o cego-médium, em desdobramento,
transcender os limites que a cegueira lhe impõe?"
Na Revista Espírita,
edição de março de 1864, páginas
72 a 75, da tradução brasileira (EDICEL, SP),
Kardec se refere a aquarelas, com flores e paisagens, que
foram feitas por uma jovem cega. Pesquisadores que duvidaram
colocaram obstáculos entre seus olhos e o papel e perceberam
que a jovem continuava a pintar e a desenhar com a mesma naturalidade,
até porque não percebia a barreira de papelão.
Mesmo que seja identificado como anímico, o caso não
pode deixar de ser inusitado.
E sobre cegos e sonhos? Ofereço
informação e deixo uma questão. Caso
queiram ler sobre a "Interpretação Espírita
dos Sonhos" vejam o texto que se originou de palestra
no Centro de Pesquisas da Petrobrás (CENPES). Será
encontrado nos "Artigos do NEU-RJ", nos seguintes
endereços eletrônicos http://www.espirito.org.br/
; http://zap.to/neurj/ ;http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/.
A questão é a seguinte: como interpretar o sonho
de um cego de nascença? Millecco chama a atenção
para a transcendência do tema em suas subdivisões
naturais. Importante "atentar para o preconceito da sociedade
em relação aos cegos".
Se não me falha a memória,
a OMS registra 1.700.000 brasileiros com deficiência
visual. Todos são penalizados, pois seus gastos específicos
não podem ser abatidos e são "comidos pelo
leão da receita federal". Ainda bem que eles podem
votar.
Este preconceito começa
na linguagem (como o "leproso" da hanseníase
e as "venéreas" das doenças sexualmente
transmissíveis). A linguagem no caso "é
toda voltada para a visão", comenta o articulista
Luiz Antonio Millecco. Oferece, ainda, exemplos como "faca
cega" para indicar a faca que não corta; "nó
cego"; "ponto de vista"; etc... Da linguagem
o preconceito se transfere para a atitude. Isso se torna claro
na "lepra", onde aparecem três níveis
de afastamento. "Evitamento", quando nos esquivamos
de qualquer contato (fraternidade) com a pessoa portadora
do estigma. "Discriminação", conduta
através da qual a sociedade lhes nega a igualdade de
trato, impondo barreiras à sua participação.
"Segregação", atitude onde está
implícita a discriminação e desemboca
no estabelecimento de limites especiais e no isolamento espacial
(liberdade). Anne Sullivan sabia disso, Helen Keller soube
mais tarde. Os antigos leprosos foram condenados a ficar "do
outro lado da fronteira", como dizia um outro Antonio,
o Magalhães Martins. Foram alijados da comunidade dos
sadios, uma vez que saúde "é um estado
de completo bem estar físico, mental e social".
A hanseníase sem tratamento
pode levar a cegueira. Os doentes devem se organizar, porque
saúde também é liberdade, que precisa
ser conquistada. Os espíritas, que ajudaram a abrir
as portas dos antigos "leprosários", não
poderão ficar indiferentes. Com a mesma aparência,
para facilitar aos médiuns "videntes", Leda
estará presente. Vá abraçá-la
mentalmente. Millecco diz que: "há ainda uma descrença
geral, ou quase geral, nas potencialidades do cego e sua capacidade
de se bastar e de cooperar para o bem comum."
Faço a pergunta e crio
um gancho. Como a religião pode conciliar a justiça
e a bondade de Deus, com o nascimento de crianças com
AIDS? E, quando elas nascem cegas? Será a cegueira
uma expiação; uma prova ou "para que nele
se patenteiem as obras do poder de Deus"? O homem curado
da cegueira, indagado pelos fariseus, lhes respondeu: "É
de espantar que não saibais donde ele é e que
ele me tenha aberto os olhos. Ora, sabemos que Deus não
exalça os pecadores; mas, àquele que o honre
e faça a sua vontade, a esse Deus exalça. "Desde
que o mundo existe, jamais se ouviu dizer que alguém
tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se esse
homem não fosse um enviado de Deus, nada poderia fazer
de tudo o que tem feito." Disseram-lhe os fariseus: "Tu
és todo pecado, desde o ventre de tua mãe, e
queres ensinar-nos a nós? E o expulsaram". (João,
cap. IX, vv. 1 a 34.).
Isto parece indicar que os
fariseus acreditavam que a deficiência física
era conseqüência do pecado, mesmo sendo cego de
nascença. Como explicar? Os apóstolos, mais
humildes, foram privilegiados. Ao passar, viu Jesus um homem
que era cego desde que nascera. Seus discípulos lhe
fizeram esta pergunta: Mestre, foi pecado desse homem, ou
dos que o puseram no mundo, que deu causa a que ele nascesse
cego? Jesus lhes respondeu: Não é por pecado
dele, nem dos que o puseram no mundo; mas, para que nele se
patenteiem as obras do poder de Deus. Tendo dito isso, cuspiu
no chão e, havendo feito lama com a sua saliva, ungiu
com essa lama os olhos do cego e lhe disse: Vai lavar-te na
piscina de Siloé. Ele foi, lavou-se e voltou vendo
claro. Seus vizinhos e os que o viam antes a pedir esmolas
diziam: Não é este o que estava assentado e
pedia esmola? Uns respondiam: É ele; outros diziam:
Não, é um que se parece com ele. O homem, porém,
lhes dizia: Sou eu mesmo.Perguntaram-lhe então: Como
se te abriram os olhos? Ele respondeu: Aquele homem que se
chama Jesus fez um pouco de lama e passou nos meus olhos,
dizendo: Vai à piscina de Siloé e lava-te. Fui,
lavei-me e vejo.
Isto parece indicar que o
deficiente físico não deve ser visto como reencarnação
de um "malfeitor em outras vidas", mas, eventualmente,
como "espírito redimido", com reservas morais
suficientes para suportar duras provas e/ou expiações.
Serão poucos os que terão oportunidade de ler
este artigo, mas mesmo assim gostaria de pedir ajuda. Divulguem
esse encontro fraterno. "Não sabeis que um pouco
de fermento leveda a massa toda?" Anotem que no próximo
ano, 2003, a SPLEB comemorará 50 anos. Para marcar
indelevelmente esta data, a instituição sem
fins lucrativos, promoverá o Primeiro Congresso Internacional".(2)
A data de fundação é 30 de junho
de 1953.
Luiz Antonio Millecco, Marcus
Vinícius Telles, e todos os companheiros gostarão
de nos encontrar no abraço fraterno. Por isso inicio
hoje a caminhada naquela direção, provavelmente,
junto com você, que com paciência, me deu a honra
de chegar até aqui. Se, durante o congresso, a natureza
nos levar também a sua homenagem e oferecer borboletas
coloridas entrando pelas janelas, que possamos descrevê-las
para nossos amigos e amores com deficiência visual,
com a mesma fraternidade, como o fez a senhorita Sullivan.
A menina Helen jamais esqueceria
aquele dia, em que a água fresca jorraria em suas mãos.
"Borboletas na Janela" é linguagem figurada
e também um convite. Congressos de Esperanto têm
quebrado barreiras e oferecido contribuição
para que possamos recordar as palavras, colocando-as na ordem
apropriada aos novos tempos: fraternidade, igualdade e liberdade.
No exercício da fraternidade, com todo o encantamento,
com todas as descobertas e satisfações proporcionadas
por este congresso, iremos poder dizer como Helen Keller:
"Teria sido difícil achar uma criança mais
feliz do que eu quando deitei na minha cama no final daquele
memorável dia e revivi as alegrias que tivera: e pela
primeira vez esperei ansiosa pelo dia seguinte".