Luiz
Carlos Formiga
> Por que as crianças se suicidam? Parte I e II
Artigo de 1981 republicado
"A religião, a moral, todas as filosofias
condenam o suicídio como contrário às leis da
Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém
tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por
que 'não se tem esse direito? Por que não é livre
o homem de pôr termo aos seus sofri- mentos? Ao Espiritismo
estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que
o suicídio não é uma falta somente por constituir
infração de uma lei moral, consideração
de pouco peso para certos Indivíduos, mas também um
ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário
é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria,
porém os fatos que ele nos põe sob as vistas."
Allan Kardec ("O Livro dos Espíritos", comentário
à resposta da questão 957).
No dia 12 de maio de 1979 o jornal "O Globo" reuniu alguns
profissionais para debater o suicídio e suas razões.
A reportagem intitulada "Suicídio - uma doença
social de multas causas" merece ser lida porque é matéria
que nos permite inúmeras reflexões. Nela podemos observar
que no Rio de Janeiro os telefones do Centro de Valorização
da Vida recebem cerca de 100 ligações por dia e que
em São Paulo há 30 tentativas de suicídio por
dia, das quais três são fatais.
Estatística sobre o Rio de Janeiro não é mencionada.
Estes números chamam a atenção de qualquer pessoa,
principalmente daquelas que ou- viram Allan Kardec solicitar esclarecimentos
sobre quais são, em geral, as conseqüências do suicídio
sobre o estado do Espírito na questão n° 957 de
"O Livro dos Espíritos". Observamos lá que
as conseqüências do suicídio são muito diversas
mas que urna conseqüência à qual o suicida não
pode fugir é o desapontamento.
Os telefones 248-7171 (durante 24 horas) e 221-7723 (horário
comercial) são atendidos por voluntários que basicamente
apenas ouvem os desabafos dos que estão sob tensão e
prontos para cometer o suicídio. Pessoas generosas diplomacias
apenas em "ciência de saber escutar", ouvir pacientemente
e, quando necessário, emitir alguns conselhos. Segundo Informação
do engenheiro Normando Meio de Oliveira Dias, presidente da Sociedade
Beneficente Vigília da Amizade, durante as festas de Natal,
carnaval e feriados a procura é muito mais Intensa, pois as
pessoas sentem-se mais sós, mais deprimidas. Outra observação
feita é que durante a novela "Dancing Days", na TV
Globo, quase ninguém ligava. Por isso foi considerada uma boa
amiga do Centro de Valorização da Vida, uma vez que
estende sua programação até de madrugada, prendendo
e mantendo a pessoa ligada.
Comenta ainda o engenheiro que em São Paulo, onde o hábito
de se fazer o lazer é diferente do realizado no Rio, as pessoas
potencialmente estão mais protegidas, menos vulneráveis,
pois lá o sentido de família está sempre mais
presente.
A tentativa de suicídio pode ser interpretada como unia conduta
destinada a produzir modificações no ambiente familiar
da pessoa que executa a tentativa. Quando, na realidade, ocorre indiferença,
as tentativas têm possibilidades cada vez maiores de atingir
a auto-eliminação. É pertinente lembrar que a
Doutrina Espírita chama atenção para o problema
da indiferença humana mostrando em "O Evangelho segundo
o Espiritismo" que o homem de bem (capítulo XVII) possuído
do sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo
bem, sem esperança de recompensa, retribui o mal com o bem,
toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seu interesse
à Justiça. E encontra satisfação nos benefícios
que derrama, nos serviços que presta, nas lágrimas que
seca, nas consolações que dá aos aflitos. Reconhecendo-se
com relativa facilidade aqueles que realmente podem ser considerados
como espíritas verdadeiros pela transformação
moral que se lhes operou no âmago do ser, e também pelos
esforços que empreendem no sentido de domar, de dominar, de
vencer suas inclinações más. O verdadeiro espirita
não pode ser indiferente à. dor humana. Essa indiferença
geradora de problemas diversos e que foi recentemente apontada pelos
alunos de uma grande Universidade brasileira, em "enquête"
elaborada pelo Serviço de Orientação ao - Universitário,
como uma das maiores limitações do Professor Universitário.
Como se pode observar não basta o alta saber intelectual e
se o desejo é de vôo mais alto é necessário
lembrar que o Espírito de Verdade ensinou "ama-vos
e Instrui-vos" e o verbo instruir vem em segundo lugar.
Como não se pode falar do tema em questão sem lembrar
o Sociólogo Êmile Durkheim, a Professora Silvia Regina
Pantoja, socióloga, comenta suas conclusões que são
indispensáveis. Durkheim assevera que existem homens capazes
de resistir a desgraças horríveis enquanto outros se
suicidam depois de aborrecimentos ligeiros. Seria importante investigar
a causa desta resistência diversa e o que contribui para essa
estrutura maior ou menor. Interessante anotar que é nas épocas
em que a vida é menos dura que as pessoas a abandonam com mais
facilidade, o que fez o psiquiatra Miguel Chalub, outro entrevistado
por "O Globo", lembrar que em situações altamente
dramáticas, como nos campos de concentração,
o número de suicídios é bem pequeno, o que nos
faz concluir que o amor à vida a tudo supera. Analisando diversos
fatores, Durkheim assevera que a taxa social dos suicídios
só se pode explicar sociologicamente. É a constituição
moral da sociedade que fixa em cada instante o contingente dos mortos
voluntários. Os movimentos que o paciente executa e que à
primeira vista parecem representar exclusivamente o seu temperamento
pessoal constituem, na realidade, a continuação e o
prolongamento de um estado social que manifestam exteriormente. A
Socióloga Sílvia Regina Pantoja nesta oportunidade comentou
que Durkheim fez uma análise do suicídio procurando
desvencilhar-se de todo tipo de proposta que reúne como causas
do suicídio fatores puramente extra-sociais, ou seja, aqueles
que repousam na constituição orgânica e psíquica
dos indivíduos ou nas condições naturais e físicas
do meio ambiente. Assim é que Durkheim abandona as formas como
se apresenta o suicídio nos sujeitos particulares para buscar
suas causas a partir do estado dos diferentes meios sociais: família,
grupos profissionais, confissão religiosa, sociedade política,
etc... E, como medida metodológica, se volta depois aos indivíduos
para explicar como aquelas causas gerais se individualizaram para
produzir os efeitos suicidas. Ao verificar a relação
entre a freqüência de suicídios e a confissão
religiosa, por exemplo, constata que ela é maior entre os protestantes
do que entre os católicos e judeus. Por que no catolicismo
e no judaísmo os crentes estão mais preservados da autodestruição?
Isto não ocorre pela natureza dos argumentos religiosos, mas
pela existência de um certo número de credos e práticas
comuns, tradicionais e obrigatórios a todos os adeptos que
levam à constituição de uma sociedade. Conclui
o pesquisador que quanto mais estes estados coletivos são numerosos
e fortes, tanto mais a comunidade religiosa está fortemente
integrada; tanto mais, também, é dotada de virtude preservadora.
Mais uma vez pode-se observar que o esforço que é feito
por grande parte dos espiritistas no Brasil no sentida de unidade,
além de ser o caminho adequado é antes de mais nada
uma necessidade. Observa-se que a única imposição
é que não haja imposição, mas apela-se
para a unificação. É pertinente lembrar que no
livro "Obras Póstumas" (Allan Kardec) encontramos
que o Espiritismo é uma doutrina filosófica, que tem
conseqüências religiosas, como toda filosofia espiritualista;
pelo que toca forçosamente nas bases fundamentais de todas
as religiões: Deus, a alma, a vida futura. Não é
ele, porém, uma religião constituída, visto que
não tem culto, nem rito, nem templo, e, entre os seus adeptos,
nenhum tomou nem recebeu o título de sacerdote ou papa. Há
uma autoridade coletiva, onde cada qual dispõe de seu voto
e que nada podem sem o concurso uns dos outros. Mas todos estão
de acordo acerca de princípios fundamentais, condição
absoluta para sua admissão e para a de todos os co-participantes
da direção. Comenta Kardec que esta autoridade deverá
ser, em matéria de Espiritismo, o que é urna academia
em matéria de ciência.
Quanto mais integrados os espiritistas mais fortalecida a causa que
procura possibilitar maiores oportunidades de o Indivíduo modificar
o seu comportamento e chegar à harmonia com a sociedade e consigo
mesmo. "O Livro dos Espíritos" - Filosofia Espiritualista
-, contém os princípios da Doutrina Espírita
sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas
relações com os homens, as leis morais, a vida presente,
a vida futura e a futura da Humanidade. Seu codificador Allan Kardec
assevera ("Obras Póstumas") que é um dever
gravar esta crença no espírito das massas e é
um fato que essa crença é inata, pois todas as religiões
a proclamam. Indaga Kardec por que então não tem dado
até hoje os resultados que se deviam esperar? É que,
em geral, tem sido apresentada em condições, que a razão
não pode aceitar. Para que a doutrina da vida futura produza,
de agora em diante, os frutos que podemos esperar, é preciso,
antes de tudo, que satisfaça completamente à, razão
e à, idéia que formamos da sabedoria, da justiça
e da bondade de Deus; que não possa ser desmentida pela ciência;
não deixe no espírito nem a dúvida, nem a incerteza;
que a vida futura seja tão positiva como a presente, de que
é a continuação, corno o dia seguinte o é
da véspera. Na reportagem de "O Globo" o médico
Fernando Marques dos Reis ensina que há vários suicídios
históricos na política de Roma, lembrando o de Bruto,
como está no "Júlio César", de Shakespeare,
e chega até nós com Camillo Castelo Branco, Santos Dumont
e Ge- túlio Vargas. Mas o grande interesse do tema, recorda
o médico, está em que o suicida é, antes de tudo,
o deprimido, e, como diz o Dr. Paul Lüth, estudioso de história
da Medicina, "a depressão é a doença da
época". Na Alemanha Ocidental, que tem 60 milhões
de habitantes, suicidam-se em média 38 pessoas por semana,
ou seja, cerca de 14 mil por ano. A Organização Mundial
de Saúde estima em 150 milhões os deprimidos do mundo.
Merece registro, como é comentado em "O Globo", que
entre os mais acometidos, nesse capítulo das depressões,
se acham os pastores e os psiquiatras, entre os quais as cifras de
suicídio são oito vezes maiores do que no resto da população.
Estas cifras parecem indicar que, em termos bem realistas, "ninguém
salva ninguém e que as religiões salvadoras não
se salvaram sequer".
Pode-se falar em três tipos de suicídio, segundo a visão
de Durkheim. o egoísta, o altruísta e o anômico.
O egoísta é aquele que resultaria de uma individuação
excessiva nas sociedades onde a moral se esforça para Incutir
no indivíduo a idéia de seu grande valor, fazendo que
sua personalidade se sobreponha à coletiva. Deve acompanhar
o processo outro constituinte que é a vaidade que na linguagem
da moda seria a "inflação" da personalidade.
O egoísmo é tema estudado nas obras básicas da
Doutrina Espírita em diversas oportunidades, basta ver o índice
analítico dessas obras. Assim Emmanuel no capitulo XI de "O
Evangelho segundo o Espiritismo" ensina que o egoísmo
é a chaga da Humanidade. Comenta o Instrutor que é o
objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas
armas, suas forças e sua coragem. Coragem porque é preciso
mais coragem para vencer, a si mesmo do que para vencer os outros.
Conclama que cada um, pois, coloque todos os seus cuidados para combatê-lo
em si, porque esse monstro devorador de todas as inteligências,
esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias
deste mundo. É a negação da caridade e, por conseguinte,
o maior obstáculo à. felicidade dos homens. Allan Kardec
em "O Livro dos Espíritos" apresenta-nos diversas
reflexões: como destruí-lo, como obstáculo ao
progresso moral, corno verdadeira chaga da sociedade. Relaciona o
egoísmo à perda de pessoas amadas, à vida de
Isolamento, às desigualdades sociais, às ingratidões,
ao problema da fome e aos laços de família.
A visão de Durkheim nos mostra outro tipo de suicídio
- o altruísta -, praticado nos meios onde o indivíduo
deve abrir mão de sua personalidade e ter espírito de
abnegação e entrega de si às causas coletivas.
Por exemplo, o espírito militar, que exige que o indivíduo
esteja desinteressado de si mesmo em função da defesa
patriótica. Nesse particular a questão no 951 de "O
Livro dos Espíritos" comenta que todo sacrifício
feito à custa de sua própria felicidade é um
ato soberanamente meritório aos olhos de Deus, porque é
a prática da lei de caridade. Ora, a vida sendo o bem terrestre
ao qual o homem atribui maior valor, aquele que a renuncia para o
bem de seus semelhantes não comete um atentado: ele faz um
sacrifício, Mas, antes de o cumprir, ele deve refletir se sua
vida não pode ser mais útil que sua morte. Não
devemos deixar de enfatizar que André Luiz, no livro "Con-
duta Espírita", recomenda que o ser humano, no trabalho,
deve situar em posições distintas as próprias
tarefas diante da família e da profissão, da Doutrina
que abraça e da coletividade a que deve servir, atendendo a
todas as obrigações com o necessário equilíbrio,
porque o dever, lealmente cumprido, mantém a saúde da
consciência.
Finalmente, o terceiro tipo de suicídio - o anômico -,
que vem de ocorrer nos meios onde o progresso é e tem que ser
rápido, levando a ambições e desejos ilimitados,
O dever de progredir tira do homem a capacidade de viver dentro de
situações limitadas, tira-lhe a capacidade de resignação
e, por conseqüência, tem-se o aumento dos descontentes
e irrequietos. Nesse particular a doutrina espírita não
poderia omitir-se e em diversas oportu- nidades as suas obras básicas
discutem o problema da resignação humana. Gostaríamos
de lembrar apenas que no livro "Vinha de Luz", de Emmanuel,
este abnegado Instrutor mais uma vez leciona com propriedade invulgar.
"Jesus forneceu padrões educativos em todas as particularidades
da sua passagem pelo mundo. O Evangelho no-lo apresenta nos mais diversos
quadros, junto ao trabalho, à simplicidade, ao pecado, à
pobreza, à alegria, à, dor, à glorificação
e ao martírio. Sua atitude, em cada posição da
vida, assinalou um traço novo de conduta para os aprendizes."
Assinala Emmanuel que "as marcas do Cristo não são
apenas as da cruz, mas também as de sua atividade na experiência
comum", recordando que "a marca do Cristo é, fundamentalmente,
aquela do sacrifício de si mesmo para o bem de todos".
"Todas as realizações humanas possuem marca própria.
Casas, livros, artigos, medicamentos, tudo exibe um sinal de Identificação
aos olhos atentos. Se medida semelhante é aproveitada na lei
de uso dos objetos transitórios, não se poderia subtrair
o mesmo principio, na catalogação de tudo o que se refira
à vida eterna. Jesus possui Igualmente os sinais dele."
Não seria a resignação um deles?
Durkheim acredita que somente o Estado poderia intervir, o único
capaz de reconstituir as relações indivíduo-sociedade.
Nem mesmo a família, a religião podem fazê-lo.
Para a socióloga Sílvia Regina Pantoja, somente o Estado
que olhasse para os grupos profissionais, e não aquele que
privilegiasse a ênfase econômica. Aqui nos lembramos do
capitulo "As aristocracias" - do livro "Obras Póstumas".
Em nenhum tempo ou nação, os povos dispensaram chefes,
ainda mesmo no estado de selvageria. É assim porque, em razão
da diversidade de aptidões e de caracteres, que se dão
na espécie humana, há sempre incapazes que precisam
ser dirigidos, fracos que reclamam proteção, paixões
a combater: dai a necessidade de uma autoridade. Sabemos que nas sociedades
primitivas a autoridade foi conferida aos chefes de família,
aos anciãos, aos velhos, aos patriarcas. A força bruta
a segunda aristocracia. Em seguida aaristocracia do nascimento. Elevou-se
novo poder - o do ouro que foi seguido de outra mais justa - a da
Inteligência. Entretanto o homem mais inteligente pode fazer
mau uso das faculdades. Por outro lado, a simples moralidade pode
não ter capacidade. É, pois, necessária a união
da inteligência e da moralidade para haver legítima preponderância,
a que a massa se submeterá, confiada em suas luzes e justiça.
Será esta a última aristocracia, durável porque
será animada por sentimentos de justiça e caridade.
Supremacia que Allan Kardec chamou de aristocracia intelecto-moral.
É por isso que a Doutrina Espírita, que em 1857. Inaugurou
a era do espírito imortal, afirma que é pela educação,
mais ainda do que pela instrução, que se transformará
a Humanidade. O homem, que trabalha seriamente em seu melhoramento,
assegura sua felicidade desde esta vida, além da satisfação
da sua consciência; está livre das misérias materiais
e morais, que são as conseqüências forçadas
de suas imperfeições; terá calma, porque as vicissitudes
não o afetarão senão de leve; terá saúde,
por- que não esgotará o corpo com excessos; será
rico, porque o é quem se satisfaz com o necessário;
terá a paz da alma, porque não terá necessidades
impossíveis; não será atormentado pela sede de
honras e do supérfluo, pela febre de ambição,
da inveja e do ciúme. Nós relembramos - não se
suicidará.
O Psiquiatra Miguel Chalub, em "O Globo", chama a atenção
para o perfil do suicida: homem, com mais de 55 anos, morador de grandes
cidades, AGNÓSTICO (Agnosticismo - doutrina que afirma a impossibilidade
do espírito humano de conhecer as realidades que transcendem
o mundo sensível ou natural), socialmente isolado, fisicamente
doente, sem antecedentes psiquiátricos e alcoólatra
moderado. O perfil dos que tentam o suicídio: mulher, jovem,
de boa saúde corporal, em situação de conflito
evidente com o grupo familiar ou social mais imediato. As estatísticas
sobre suicídio demonstram claramente que se associam positivamente
ao suicídio em ordem decrescente de importância e significação
as pessoas na seguinte situação: sexo masculino, idade
avançada, viuvez, celibato ou divórcio, ausência
de prole, residente em grande cidade, alto padrão de vida,
crise econômica, consumo de álcool e droga, lar desfeito
na infância e doença mental ou física. Inversamente,
isto é, associam-se negativamente ao suicídio: sexo
feminino, juventude, baixa densidade populacional, religião,
casamento, prole numerosa, baixo padrão de vida e situação
de guerra.
Ainda, o Psiquiatra Miguel Chalub acentua que o suicida não
quer matar a si próprio mas alguma coisa que carrega dentro
de si e que sinteticamente pode ser: a) sentimento de culpa e b) a
vontade de querer matar alguém com quem se identifica. Como
as restrições morais o impedem, ele acaba se autodestruindo.
Assim "o suicida mata uma outra pessoa que vive dentro dele e
que o incomoda profundamente". O Psicólogo Adler e o Psicanalista
Ralph fizeram comentários muito pertinentes quando disseram
que todos os fracassados: neuróticos, psicóticos, criminosos,
bêbados, crianças-problema, SUICIDAS, pervertidos e prostitutas
dão à vida um sentido privado. Aninhado nas raízes
inconscientes está sempre o grande fator que influencia a conduta
consciente - o egoísmo. Um fator a mais está sempre
presente, a obsessão, a influência. maléfica,
intencional ou inconsciente, exercida por Espíritos Imperfeitos
sobre a Humanidade encarnada, de modo prolongado. Nesse particular
a Doutrina Espírita lança luz sobre o problema e a Psiquiatria
parece receber essa contribuição, como se pode perceber
consultando-se o "Reformador" ano 99, mês de janeiro
de 1981. Na página 16 vamos encontrar o "Modelo terapêutico
psiquiátrico-espírita" que o Professor Pedro de
Oliveira Mundim apresentou em Mesa-Redonda no I Forum Brasileiro de
Medicina da Pessoa, Presidente Prudente, São Paulo, em 18-10-1980.
Assim, a obsessão poderia ser definida como um constrangimento
que um indivíduo, suicida em potencial ou não, sente,
graças à presença perturbadora de um ser espiritual.
Vale a pena ler a descrição feita por Allan Kardec,
em "O Livro dos Médiuns", capítulo 23.
Pergunta que nos assalta é como se sente o suicida após
a desencarnação. Diversas são as obras que comentam
o assunto, assim temos como exem- plo "O Martírio dos
Suicidas", de Almerindo Martins de Castro, e "Memórias
de um Suicida", de Yvonne A. Pereira. Por outro lado não
podemos esquecer que Allan Kardec, no livro "O Céu e o
Inferno" ou "A Justiça Divina segundo o Espiritismo",
deixa enorme contribuição em exame comparado das doutrinas
sobre a passagem da vida corporal à, vida espiritual e especificamente
no capítulo V da segunda parte, onde cuida dos suicidas.
Parece interessante resumir que após a desencarnação,
não há tribunal nem juízes para condenar o espírito,
ainda que seja o mais culpado. Fica ele simplesmente diante da própria
consciência, nu perante si mesmo e todos os demais, pois nada
pode ser escondido no mundo espiritual, tendo o indivíduo de
enfrentar suas próprias criações mentais.
Parte II
Pelo exposto podemos verificar que
parece raro o encontro de suicídio em crianças. Mas
ele existe? Como a criança encara o problema da morte?
Entramos num terreno que se me parece
extremamente complexo e o melhor é deixar o especialista, o
mestre no assunto, assumir as rédeas do pensamento. Sem sombra
de dúvidas é o psicólogo o mais capacitado para
esclarecer nossas dúvidas e à Psicologia Infantil está
reservado importante papel no futuro da: Humanidade e é por
isso que ela funciona como cadeira básica de qualquer Faculdade
de Educação.
Artigo, recentemente publicado pela Psicóloga Wilma da Costa
Torres, Professora Assistente do Instituto de Psicologia da UFRJ,
destaca a abordagem desenvolvimentista da compreensão da morte
pela criança. Apresenta e discute os resultados de pesquisas
realizadas para Investigar a Influência de fatores maturacionais,
cognitivos, sociais e afetivos nas etapas de conceituação
da morte. Seu título - "O tema da morte na psicologia
Infantil: uma revisão da literatura" - demonstra que,
dentro do nossa espaço disponível, não poderemos
explorá-lo adequadamente. Entretanto, é parte extraída
dos capítulos 2 e 5 da tese "O conceito de morte em diferentes
níveis de desenvolvimento cognitivo: uma abordagem preliminar,
apresentada para a obtenção do grau de mestre em Psicologia
Aplicada e merece portanto mais tarde ser examinado com carinho. Por
ora achamos pertinente anotar algumas conclusões. A primeira,
que é apoiada em autores estrangeiros, é que "as
diferenças de nível sócio-econômico têm
grande importância na aquisição do conceito de
morte. Segundo resultados encontrados pelos autores estrangeiros,
as crianças urbanas de nível sócio-econômico
mais baixo adquirem conhecimentos conceituais acerca da morte mais
rapidamente do que as da classe média. O estudo da psicóloga
brasileira representa o ponto de partida para a instalação
da área de investigação em Tanatologia (*) no
Brasil. A equipe de que faz parte prossegue na realização
de uma série de investigações visando, através
da obtenção de dados extraídos da realidade brasileira,
prover psicólogos da área clínica, do desenvolvimento
e da educação, de embasamentos teórico-práticos
para a abordagem adequada do tema da morte com a criança.
Sumariando de forma muito imperfeita o assunto poderíamos dizer
que a pesquisa clássica publicada sobre o assunto tinha uma
casuística de 378 criança húngaras e para examinar
como as crianças conceituam e lidam com a morte nas várias
idades. Interpretava as idéias de morte expressas pelas crianças
através de palavras ou desenhos. O autor encontrou evidências
para a existência de três etapas diversas. Até
5 anos, não há noção de morte definitiva,
a criança não reconhece que a morte envolve total cessação
da vida e não compreende a não reversibilidade da morte.
A segunda (entre 5 e 9 anos), caracteriza-se por uma forte tendência
a personificar a morte. É compreendida como irreversível,
porém não como Inevitável. Somente na terceira
etapa (9 e 10 anos), a criança reconhece a morte como cessação
elas atividades do corpo e como inevitável. E, somente na adolescência,
estes são verdadeiramente capazes de apreenderem o conceito
de morte bem como o significado da vida.
Trabalhos posteriores trouxeram novas divisões segundo a faixa
etária e um autor de língua inglesa coloca crianças
entre 9 e 10 anos numa terceira fase, onde a morte é definitiva,
mas a morte funciona biologicamente, acreditando que podem ver, ouvir
ou sentir. Na quarta categoria (entre 6 e 12 anos), a morte é
definitiva e implica a cessação de todas as funções
biológicas; as crianças classificadas nesta categoria
expressam conceitos realistas sobre a morte. Assim, é possível
entre 5 e 12 anos perceber a morte como final e irreversível.
Muito interessante as conclusões de Gessei e colaboradores
que descrevem as crianças de 10 anos como mais positivas e
práticas na abordagem da morte. Sabem que depois da morte,
com o tempo, o corpo se desintegra ou se mumifica, mas não
dedicam maior reflexão a este assunto. Aos 11 anos "teorizam"
sobre o que sucede depois da morte. Aos 12 anos revelam preocupação
sobre a natureza da outra vida. Aos 13 anos a especulação
cresce, mas a sua morte é vista como distante de um futuro
imediato. Aos 14 anos, unia das tendências mais fortes é
a de assinalar a inevitabilidade da morte, o que, entretanto, é
acompanhada de uma aceitação positiva; nesta fase a
vida é mais importante que a morte e as crianças revelam
o desejo de viver uma vida plena antes de morrer.
Noutro trabalho, de não menos importância, realizado
com crianças inglesas podem identificar-se5 (cinco) categorias
para o significado da morte. O nível mais baixo, categoria
A - revela ignorância completa, B - algum grau de compreensão,
C - compreensão (define morto como negação de
vivo), D - compreensão dos aspectos mais abstratos, E (nível
mais alto) - compreensão dos aspectos lógicos ou biológicos
da morte. A idade de 7 e 8 anos aparece, nessa investigação,
como um marco de mudança (categoria C). A idade média
das crianças na categoria B foi de 5 anos e meio, e, a assimilação
completa (nível E) só surgiu em torno dos 12 anos.
Piaget considera que a partir do momento em que a criança se
torna consciente da diferença entre vida e morte, a idéia
de morte incentiva a curiosidade da criança, pois, se tudo
é acasalado a um motivo, a morte exige uma explicação
especial. Sylvia Anthony, aprofundando as considerações
de Piaget, assevera que ao estabelecer a relação entre
morte e Humanidade como uma categoria na qual ela própria está
logicamente Incluída, atinge o máximo de desenvolvimento.
No Brasil, Rio de Janeiro, a Psicóloga Wilma Torres e colaboradores
examinaram 183 crianças entre 4 e 13 anos de idade e seus resultados
parecem confirmar e ampliar os de pesquisadores estrangeiros. Permitiram,
seus resultados, identificar três níveis do conceito
de morte descritivos do pensamento das crianças dos diferentes
períodos de desenvolvimento cognitivo. No nível 1, característico
do subperíodo pré-operacional, atribuem vida ao morto.
No nível 2, característico do sub-período operacional
concreto, já compreendem a morte como definitiva e no nível
3, característico do período formal, reconhecem a morte
como processo interno, implicando a cessação da vida
do corpo.
É pertinente relembrar que as crianças urbanas de nível
sócio-econômico mais baixo adquirem conhecimentos conceituais
acerca da morte mais rapidamente do que as da classe média.
Gostaríamos de perguntar se esta mesma criança é
a que procura o suicídio. Quais as causas? Talvez aqui devêssemos
procurar um Professor Titular de Pediatria de uma Faculdade de Medicina,
no Brasil. O "Jornal de Pediatria", em seu volume 43 em
1977, publicou trabalho do Professor Samuel Schvartsman. Na sua casuística
e métodos observamos que foram estudados 21 casos de tentativas
de suicídio em crianças de 9 a 14 anos de idade, por
ingestão de produtos químicos. Após o atendimento
médico eram feitos um estudo das condições e
circunstâncias sócio-familiares do paciente, que pudessem
estar relacionadas direta ou indiretamente com o evento, e uma análise
dos fatores que pudessem permitir a distinção entre
a encenação suicida e a verdadeira tentativa de suicídio.
Este trabalho se reveste de grande importância para diversos
profissionais uma vez que as tentativas de suicídio representam
atualmente urna situação preocupante nas estatísticas
de morbidade e mortalidade. Nos Estados Unidos - cita como exemplo
o pediatra de São Paulo - o suicídio é considerado
como a 4a causa mais frequente de óbitos entre os
adolescentes.
O trabalho brasileiro examina os principais dados relativos ao paciente
e suas condições sócio-familiares: nome, idade,
sexo, cor, maturidade, local do acidente, escolaridade, profissão
do pai e da mãe, número de irmãos, tentativas
anteriores, comunicação do intento, comunicação
com outros, planejamento, objetivo primordial, ambiente reativo, repetição
se possível, perfil psicológico e religião.
Vamos começar pelo fim apenas porque no trabalho original o
autor não o discute. Foram encontradas 9 crianças católicas,
2 adventistas, 2 crentes e em 8 oportunidades não se pôde
determinar a religião. Estes resultados estão em aparente
contradição aos referidos anteriormente onde discutimos
a prevalência maior entre os protestantes, embora aqueles dados
tenham sido retirados de casos de suicídio entre adultos. Por
outro lado merece investigação o fato de em 8 oportunidades
não ter sido possível definir a religião do paciente
ou de seu grupo familiar, uma vez que os sociólogos afirmam
que tanto mais a comunidade religiosa está fortemente integrada,
tanto mais, também, está dotada de virtude preservadora.
O perfil psicológico das crianças revela na grande maioria
- INSEGURANÇA. O objetivo primordial - a MORTE. A maioria repetiria
a tentativa, embora esta não tenha sido planejada. Não
comunicaram o intento, o ambiente não era reativo, não
houve tentativas anteriores e o local principal foi o quarto. Dentre
os fatores sócio-familiares relacionados de algum modo com
a tentativa e as circunstâncias que poderiam ser consideradas
como precipitantes, destacam-se o alcoolismo dos pais em 6 oportunidades,
o seu mau relacionamento em 5 e sua ausência em 3. A circunstância
mais relacionada como precipitante foi a desavença familiar.
Os autores discutem a infreqüência de suicídios
em crianças com menos de 14 anos de idade em outras localidades,
achando de difícil explicação o fato de 19 (90,5%)
das crianças em São Paulo estarem entre 9 e 12 anos.
Admitem os pesquisadores brasileiros que a intensidade e persistência
de condições sócio-familiares desfavoráveis
geraram uma precocidade do amadurecimento no sentido depressivo ou
da necessidade de atenção ou afeto. Na amostragem cerca
de 62% das mães (13 casos) tinham atividades profissionais
diurnas fora de casa e, usualmente, seus filhos menores ficavam apenas
sob vigilância do mais velho. Ressaltam os autores que existe
a possibilidade de amostragem falseada, uma vez que em famílias
de nível sócio-econômico superior estes casos
são geralmente, e na medida do possível, pouco divulgados
ou diagnosticados de maneira confusa ou inadequada. Ao contrário
do que pudemos observar em adultos, em outros trabalhos, houve preponderância
do sexo feminino. Aqui merece atenção a observação
de que se precocemente reconhecidos pela família ou diagnosticados
pelo pediatra é possível alterar evidentemente a seqüência
de eventos. São os seguintes: tédio, inquietude, fadiga,
preocupação corporal, dificuldades de concentração,
dificuldades escolares e comportamento agressivo. Conclusão
que parece discutível é a do fato de a criança
não procurar a morte como diz fazê-lo. O que se reflete
na dificuldade em definir ou caracterizá-la, o que não
ocorreria com o adulto.
Como tentativas de suicídio são relacionadas a certos
tipos de estruturas familiares e condições ambientais,
que, em geral os pais ou parentes são hostis à criança
ou entre si, sua finalidade seria a modificação destas
situações. O suicida visa não apenas recuperar
o objeto perdido, como recuperar o afeto e a atenção
das pessoas significativas de seu meio ambiente. A procura de afeto
é também, de certa forma, enfatizada pela freqüência
relativamente pequena de tentativas de suicídio no filho único,
possivelmente porque a capacidade afetiva dos pais seja suficientemente
grande para compensar outras dificuldades. Dos casos estudados pelos
autores brasileiros apenas um era filho único, enquanto 14
tinham de 4 a 8 irmãos.
O espiritista não pode ficar indiferente a essa problemática.
No momento em que temos uma Campanha Permanente de Evangelização
Espírita Infanto-Juvenil é necessário que debates
sobre problemas diversos da criança sejam realizados de forma
a que possamos melhor adequar essa atividade pedagógica. Muito
se poderá fazer, entretanto, nessa hora de decisão "é
impraticável" o aprimoramento das almas sem educação,
e educação exige legiões de cooperadores. Esquecer
a infância e a juventude será desprezar o futuro".
É por isso que Bezerra de Menezes ("Reformador" -
junho/1978) afirma que "ninguém pode empreender tarefas
nobilitantes, com as vistas voltadas para a Era Melhor da Humanidade,
sem vigoroso empenho de educação evangélica da
criança". E Francisco Spineli, no livro "Crestomatia
da Imortalidade", assevera que a criança ainda é
o sorriso do futuro na face do presente. Evangelizá-la é,
pois, espiritualizar o porvir, legando-lhe a lição clara
e pura do ensinamento cristão, a fim de que, verdadeiramente,
viva o Cristo nas gerações de amanhã. Evangelizá-la
de modo que a sua fé, a fé raciocinada, possa apoiar-se
nos fatos e na lógica, sem deixar nenhuma obscuridade. Só
dessa forma a criatura terá certeza. E ninguém terá
certeza se não atingir, pelo menos, o 2.0 nível da taxonomia
dos objetivos educacionais segundo Bloom. Porque "a fé
necessita de uma base, base que é a Inteligência perfeita
daquilo em que se deve crer. E para crer não basta ver, é
preciso, sobretudo compreender". Os estudos realizados, pelos
pesquisadores das causas do suicídio adulto e infantil, revelam
a propriedade e atualidade das palavras de Marta da Anunciação
(Depoimentos Vivos):
"Acima de todas as coisas, o amor que observa e corrige, que
acompanha e educa, que disciplina e consola, porquanto, sem dúvida
alguma, não há método pedagógico de educação
melhor do que o AMOR honrado, constante e firme."
Textos correlatos
podem ser encontrados em artigos do NEURJ
Referencias Bibliográficas
Evangelização. Apostila
do Departamento de Infância. Federação Espírita
do Estado do Rio de Janeiro, RJ, 1979.
Kardec, A. O Livro dos Espíritos, 54a ed. FEB, RJ, 1981.
Kardec, A. O Livro dos Médiuns, 44a, ed. FEB, RJ, 1981.
Kardec, A. Obras Póstumas, 18a ed. FEB, RJ, 1981.
Kardec, A. O Evangelho segundo o Espiritismo, 82a ed. FEB, RJ, 1981.
Kardec, A. O Céu e o Inferno, 26a ed. FEB, RJ, 1979.
Schwartsmam, S.; Fonseca, M.E.Q.; Manissadjian, A. & Unti, M.
Aspectos médico-sociais das tentativas de suicídio de
crianças por ingestão de produtos químicos, J.
Ped., 43: 152-156, 1977.
Suicídio - uma doença social de muitas causas. O Globo,
12-5-1979.
Mundim, P. O Modelo Terapéutico psiquiátrico-Espírita,
Reformador, 1.822 (janeiro): 16-21, 1981
Torres, W.C. O tema da morte na psicologia lnfantil: uma revisão
da literatura,Arq. Bras. Psic., 32: 59-71, 1980. (Tese de Mestrado)
Vieira, W. Conduta Espírita, pelo Espírito André
Luiz, 8a ed. FEB, RJ, 1981.
Xavier, F. C. Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, 6a ed.
FEB, RJ, 1981.
Fonte: http://orebate-jorgehessen.blogspot.com/2012/02/por-que-as-criancas-se-suicidam-parte-i.html
Reformador, 99(1833): 387-392, dezembro, 1981
Republicado no Jornal espírita (SP), novembro, 1984,
com o título: por que as crianças se suicidam?
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