Na no final da década de 1990,
uma menina foi a óbito por causa da difteria. Tinha sido competentemente
medicada num Hospital Universitário. Como aceitar e explicar
a ocorrência? Esse agente etiológico é muito sensível
a uma dezena de quimioterápicos.
Hoje estamos esperando drogas que possam ser adequadas para o tratamento
da infecção pelo “vírus chinês”.
Poderemos em breve ganhar o jogo contra o COVID 19.
Brasileiros não vão esmorecer. Nossos profissionais
da saúde e da economia são muito competentes e tentarão
marcar o gol, nem que seja no último segundo.
Como trabalhei com micróbios poderiam pensar que me é
fácil manter o otimismo. Ainda que meu sofrimento é
menor. Não, não é.
Perto dos oitenta anos, com hipertensão e herdeiro da atopia
de meu avô português, faço parte do grupo de risco.
Não pude abraçar minha filha, nem minha neta mais nova,
que me jogou beijos do carro chorando.
Apesar disso, vovô “ficar em casa” é conduta
adequada para a maioria das cidades brasileiras.
Nesta hora, a separação de avós e netos protegerá
o primeiro, porque não sabemos se o segundo está na
condição de portador assintomático contagiante.
(1)
“As pessoas prudentes sabem tirar proveito dos atos que
a necessidade os constrangeu”, disse-nos Nicolau Maquiavel.
Por isso, lembrei agora de mensagem psicografada por José Salomão
Mizrahy, “O Bem de Hansen”, do Espírito Leda Amaral.
(*)
Cega por causa do Mal de Hansen por que Leda o chamou de “Bem”?
(2)
O vírus desta pandemia poderá ser assim chamado por
alguém, lá adiante?
Uma coisa parece certa, o momento pode nos fazer perceber as sutilezas
da parábola “O Bom Samaritano”.
Um homem caiu nas mãos de salteadores, que o deixaram quase
morto. Mas, um samaritano, descendo de seu cavalo, atou-lhe as feridas
e o levou para lugar seguro.
Nesta pandemia pessoas “descerão do cavalo”, duplo
sentido. Alguns cuidarão dos ferimentos físicos, emocionais,
espirituais, aplicando “óleo e vinho”. Outros irão
torcer pela vitória do micróbio, por causa de seus interesses
não confessáveis.
Podemos ampliar as reflexões observando detalhes desse acolhimento,
da renúncia ao acompanhamento. (3)
Algum idoso que já foi infectado pode estar se sentindo diante
da morte anunciada, como na AIDS, década de 1980. Morrer num
acidente de avião é diferente, a morte acontece, uma
fatalidade.
Tanto no assalto feito pelo vírus, quanto no assalto praticado
pelo traficante de drogas, acreditamos que seja importante refletir
sobre a possibilidade da alma ser imortal. (4)
Quantos usuários de drogas endovenosas irão desencarnar
numa overdose? Por isso, convido o leitor a examinar as explicações
produzidas em linguagem simples, com vídeos de apenas quatro
minutos. (5)
O Centro Espírita Irmão Samaritano, parceiro do Movimento
de Amor ao Próximo, esta trabalhando pela construção
da “casa do caminho” Cristo Consolador (6).
Essa casa está se propondo a anestesiar as dores da alma, aquela
que nasce, quando percebemos a dependência química.
O leitor já estará colaborando conosco examinando o
conteúdo desse material filmado e, mais ainda, quando o compartilhar
com os amigos. Agradecemos antecipadamente essa generosidade. Finalizando,
quero enfatizar e depois fazer uma pergunta ao o leitor.
“Vovô ficar em casa”
é conduta adequada para a maioria das cidades brasileiras,
mas como explicar crianças e jovens fora das escolas?