Uma distinção importante no estudo epistemológico
das teorias científicas é aquela entre teorias construtivas
e teorias fenomenológicas. Essa distinção
diz respeito à natureza das proposições da
teoria, e conseguintemente ao tipo de explicação que
fornecem para os fenômenos.
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Teorias
fenomenológicas.
Classificam-se como tais as teorias cujas proposições
se refiram exclusivamente a propriedades e relações
empiricamente acessíveis entre os fenômenos (fenômeno:
aquilo que aparece aos sentidos). Essas proposições
descrevem, conectam e integram os fenômenos, permitindo a
dedução de conseqüências empiricamente
observáveis. Exemplos importantes de teorias fenomenológicas
são a termodinâmica, a teoria da relatividade especial
e a teoria da seleção natural de Darwin.
Teorias construtivas.
Em contraste com as teorias fenomenológicas, as teorias construtivas
envolvem proposições referentes a entidades e processos
inacessíveis à observação direta, que
são postulados com o objetivo de explicar os fenômenos
por sua “construção” a partir dessa suposta
estrutura fundamental subjacente. Exemplos característicos
desse tipo de teoria são a mecânica quântica,
a mecânica estatística, o eletromagnetismo, a genética
molecular e grande parte das teorias químicas.1
É importante observar que
essas duas categorias de teoria não são conflitantes,
no sentido de que é possível que um mesmo conjunto
de fenômenos seja tratado por duas teorias, uma fenomenológica
e outra construtiva; nesse caso, a última vai além
da primeira no nível explicativo, desse modo complementando-a.
Há de tal situação um exemplo notável
na física, que é a coexistência da termodinâmica
com a mecânica estatística.
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