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Texto apresentado
na mesa-redonda “Ciência: o que é e para que
serve”, I Semana da Física, Instituto de Física
Gleb Wataghin, Unicamp, 10 a 14/9/2001.
Trecho introdutório
O presente texto tem caráter
introdutório, limitando-se a algumas observações
bastante gerais e simplificadas, que objetivam meramente a motivar
estudos e reflexões ulteriores.
Em 1952, o filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994)
publicou um artigo intitulado “A natureza dos problemas filosóficos
e suas raízes na ciência”. A tese principal do
artigo é, como indica o título, a de que os mais importantes
problemas filosóficos, em toda a longa história da
filosofia, foram motivados por preocupações ligadas
à ciência (incluindo-se a matemática). Popper
tinha um alvo claro no texto: uma certa vertente filosófica
que prosperou principalmente no século XIX, mas que subsiste
até hoje, especialmente fora do mundo anglo saxão,
e que se caracteriza, entre outros pontos, por conceber um abismo
profundo entre a filosofia e a ciência, com total despreocupação
com aquilo que fica “do outro lado”.
Não irei aqui examinar esse atraente texto de Popper. Ele
pode com proveito ser lido por pessoas pouco familiarizadas com
a filosofia. Gostaria de explorar um pouco outra tese, associada
à de Popper, mas aparentemente discrepante dela: as origens
da ciência na filosofia. Disse “aparente”, porque
não creio que haja um conflito real aqui, mas apenas a observação
da questão por ângulos diferentes.
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Silvio Seno Chibeni
Departamento de Filosofia – Unicamp – Brasil
– www.unicamp.br/~chibeni