Silvio
Seno Chibeni
> Algumas abordagens recentes dos fenômenos
espíritas
-> Questões
acerca da natureza do Espiritismo - VI
Neste artigo analisa-se
brevemente o estatuto científico de algumas abordagens recentes
de investigação de fenômenos espíritas.
[1]
Questão:
A transcomunicação instrumental, o fenômeno
de quase-morte e a terapia de vidas passadas, que surgiram recentemente
como novos campos de estudos, investigam fenômenos que representam
desafios para as concepções cientificas vigentes.
Dentro da filosofia da ciência, qual seria a postura adequada
a ser seguida no seu estudo? Alguns espíritas têm participado
individualmente do desenvolvimento dessas pesquisas. Seria recomendável
um engajamento das instituições espíritas?
Haveria justificativa para algo como um comitê de investigação
patrocinado por uma federação ou um conselho espírita?
Resposta:
Parte 1
A análise do estatuto científico das três áreas
de investigação mencionadas deve ser precedida de
algumas considerações filosóficas gerais, complementares
às tecidas nos artigos anteriores. Na segunda parte do artigo
(que não fez parte da entrevista ao GEAE) farei alguns breves
comentários particulares sobre cada uma delas.
A abordagem científica de qualquer classe de fenômenos
requer o cumprimento de uma série de condições.
Não há espaço aqui para enumerá-las.
Poderia destacar, no entanto, que o desenvolvimento de uma disciplina
científica pressupõe não apenas a observação
rigorosa dos fatos, mas principalmente a formulação
de teorias logicamente consistentes, abrangentes, coerentes, simples
e integradas às teorias estabelecidas de domínios
conexos de fenômenos. Insisto nesse ponto porque a falha metodológica
mais comum nas linhas de investigação que têm
pretendido, sem sucesso, suplantar o Espiritismo em nome da cientificidade
é exatamente a desatenção ao aspecto teórico.
Aliás, como já indiquei em alguns dos artigos mencionados
na lista bibliográfica, isso parece ser uma herança
indesejável das concepções antigas de ciência,
de cunho positivista. (Consultem-se também, a esse respeito,
os textos de Aécio Chagas.)
O que efetivamente tem sido publicado com relação
às aludidas abordagens não alivia a suspeita de que
as falhas de concepção científica que caracterizaram
a metapsíquica e a parapsicologia não foram definitivamente
superadas. Não se pode, evidentemente, generalizar; mas que
há um risco potencial aqui, há. Seria sensato que
os investigadores interessados nesses fatos, ou alegados fatos,
desenvolvessem seus estudos a partir do fértil e seguro
programa científico de pesquisa espírita, pois
que nunca se apontaram razões ponderáveis para a sua
substituição. Ao invés disso, avança-se
explicita ou implicitamente que serão essas e outras linhas
de pesquisa assemelhadas que finalmente colocarão o estudo
do espírito na rota da ciência ...
Quanto ao engajamento de instituições espíritas,
com a constituição de comissões, não
parece recomendável, não apenas em vista das reservas
expressas acima, mas também porque tal prática não
mais condiz com a ciência, devendo ser deixada para partidos
políticos, administradores e seitas hieraquizadas. Na ciência,
e portanto no Espiritismo, a regra do jogo é o livre-exame,
o intercâmbio de idéias, a sujeição de
todas as propostas à mais vigorosa crítica. Que cada
um, pois, investigue o que achar melhor, já que todo fato
tem uma certa importância para o nosso conhecimento do mundo;
previna-se, no entanto, de assumir certas teses filosóficas
sobre a cientificidade desse ou daquele método, dessa ou
daquela disciplina, sem o necessário respaldo em estudos
profissionais.
Parte 2
Sem pretender fazer plena justiça à complexidade do
assunto, indico agora de forma muito sucinta aquilo que me parece
mais importante na análise particular de cada uma das abordagens
mencionadas na questão.
Comecemos pela chamada “transcomunicação
instrumental” (TCI). Relembrando o que foi visto no artigo
anterior, o objeto de estudo do Espiritismo é o elemento
espiritual. Portanto ele não é da alçada das
ciências acadêmicas. Segundo a concepção
contemporânea de ciência, o Espiritismo é científico
devido às características estruturais de sua teoria
e o modo pelo qual se relaciona com os fenômenos: malha teórica
hierarquizada, coerente e simples, em simbiose com a totalidade
dos fenômenos, acoplada a regras metodológicas de preservação
das leis básicas e de desenvolvimento da teoria.
Conforme Kardec apropriadamente notou em diversos lugares, o estabelecimento
dos princípios fundamentais do Espiritismo prescinde de análises
quantitativas, e portanto de aparelhos. O mero emprego de aparelhos
não assegura a cientificidade de nenhuma disciplina. Só
são usados nas ciências ordinárias porque não
há outro recurso para a detecção de certas
entidades e aspectos do mundo material. No entanto, deve-se lembrar
que seu uso diminui o grau de confiabilidade epistêmica:
quando possíveis, as observações sem
aparelhos são sempre mais seguras.
Ademais, quando se trata de uma área de investigação
nova o apelo indiscriminado a aparelhos pode encobrir deficiências
metodológicas, dando uma falsa impressão de cientificidade.
Para uma análise um pouco mais extensa desses tópicos
complexos, do âmbito da epistemologia (teoria do conhecimento),
remeto o leitor aos três primeiros textos de minha autoria
da lista bibliográfica, assim como aos artigos de Aécio
Chagas nela citados.
Desse modo, à luz de uma análise epistemológica
rigorosa o cerne da alegada justificativa de se usar aparelhos para
a comprovação da existência do espírito
fica comprometido. Aliás, como também comento no artigo
“Ciência espírita”, a investigação
dessa questão não constitui tópico de pesquisa
propriamente espírita, já que, em boa razão,
quem estiver em dúvida sobre a existência do espírito
ainda não será espírita. O Espiritismo alcançou
a certeza sobre isso nos primórdios de seu desenvolvimento,
e por meios epistêmica e cientificamente irretocáveis.
É claro que aqueles que deixaram de estudar essas origens,
os fatos e a teoria espírita, e ainda não se convenceram,
têm o direito de investigar a questão como melhor lhes
pareça, correndo os riscos peculiares à metodologia
que escolham.
Cumpre agora notar que segundo a teoria espírita os alegados
fenômenos de TCI são possíveis. A se
comprovarem, serão mais uma modalidade de fenômenos
de efeitos físicos. Neste caso, a evidência que poderão
fornecer necessariamente será menos confiável
do que a obtida pelos fenômenos de efeitos físicos
mais simples (sons diretamente perceptíveis, movimentos de
objetos, etc.), que a seu turno são menos confiáveis
do que os fenômenos de efeitos intelectuais, conforme ressaltou
Kardec em diversas de suas obras.
Ainda segundo constatou Kardec, nos fenômenos de efeitos físicos
o Espírito nunca atua diretamente sobre a matéria:
precisa sempre do concurso de um médium (que pode
nem saber que está participando da ocorrência). Kardec
desenvolve interessante teoria acerca das manifestações
físicas no capítulo IV da segunda parte de O Livro
dos Médiuns. Sobre o papel do médium na produção
desses fenômenos, ver também nessa obra os parágrafos
74 (itens 8 e 9) e 223 (questões 9 e 9a). Assim, uma outra
justificação dada para as investigações
de TCI – a possibilidade de se dispensarem
os médiuns – não encontra respaldo doutrinário.
Análise da literatura sobre a TCI em diversas ocasiões
infelizmente evidencia não apenas desatenção
para com os aspectos filosóficos e teóricos apontados
acima, mas também pouco rigor científico. Sons confusos
e imagens grotescas são dados como evidência ou mesmo
prova, expondo os pesquisadores ao ridículo nos meios acadêmicos
(conforme, aliás, se constatou recentemente em programa televisivo
brasileiro). Em um esforço desesperado, até mesmo
prováveis fraudes têm sido produzidas e divulgadas,
num atentado aos princípios éticos que deveriam nortear
tais estudos. Isso tudo parece confirmar as observações
de Kardec de que os fenômenos de efeitos físicos são
mais comumente produzidos por Espíritos inferiores em saber
e moralidade.
Não me alongarei sobre esse tópico, dado que existem
excelentes análises publicadas na imprensa espírita.
Recomendaria, em particular os artigos de Ademir L. Xavier Jr. e
Josué de Freitas incluídos nas referências bibliográficas.
Assim como os fenômenos de ação dos Espíritos
sobre objetos inanimados, os chamados “fenômenos
de quase-morte” apresentam potencial interesse para a
investigação do elemento espiritual do ser humano.
E tanto em um caso como no outro a contribuição experimental
e teórica do Espiritismo não deve ser desconsiderada.
Ele fornece um arsenal de informações e métodos
valiosos para o exame da questão, tendo já podido
penetrar muito além do mero registro e catalogação
dos relatos empíricos. A renúncia em aproveitar suas
contribuições representa prejuízo certo para
a interpretação e controle científicos dos
fatos.
Mais uma vez, é o que infelizmente vem ocorrendo com freqüência.
Nos estudos não-espíritas dos casos notam-se amiúde
limitações diversas, entre as quais destacaria a falta
de recursos rigorosos de avaliação, que permitam separar
de modo seguro as várias causas possíveis dos fenômenos:
fisiológicas, anímicas e espirituais. À luz
do conhecimento espírita, o alto grau de uniformidade dos
relatos (luzes, seres vestidos de branco, “túnel”,
etc.) é indicativo da preponderância de fatores dos
dois primeiros tipos, já que sabemos das lamentáveis
condições em que vive e desencarna a maioria dos habitantes
deste planeta.
Conforme ressaltam os filósofos da ciência contemporâneos,
é somente uma teoria sólida e bem estruturada que
confere fertilidade experimental e interpretativa ao estudo dos
fenômenos. Kardec notou o ponto mesmo em sua época,
conduzindo suas investigações num processo integrado
de teoria e experimentação. Comentando essa questão
filosófica no parágrafo 29 de O Livro dos Médiuns,
observa:
Podemos dizer que, para a maioria
dos que não se preparam pelo raciocínio, os fenômenos
materiais quase nenhum peso têm. Quanto mais extraordinários
são esses fenômenos, quanto mais se afastam das leis
conhecidas, maior oposição encontram e isto por
uma razão muito simples: é que todos somos levados
naturalmente a duvidar de uma coisa que não tem sanção
racional. Cada um a considera de seu ponto de vista e a explica
a seu modo [...].
Essa “sanção
racional” é a que advém da explicação
dos fatos através da teoria. No parágrafo 34, após
ressaltar a importância dos fatos na fundamentação
da teoria, Kardec considera, por outro lado, que de dez pessoas
novatas que assistam a uma sessão de experimentação
espírita “nove sairão sem estar convencidas
e algumas mais incrédulas do que antes, por não terem
as experiências correspondido ao que esperavam”. Prossegue
então Kardec:
O inverso se dará com as
que puderem compreender os fatos, mediante antecipado conhecimento
teórico. Paras estas pessoas, a teoria constitui um meio
de verificação, sem que coisa alguma as surpreenda,
nem mesmo o insucesso, porque sabem em que condições
os fenômenos se produzem e que não se lhes deve pedir
o que não podem dar. Assim, pois, a inteligência
prévia dos fatos não só as coloca em condições
de se aperceberem de todas as anomalias, mas também de
apreenderem um sem número de particularidades, de matizes,
às vezes muito delicados, que escapam ao observador ignorante.
[2]
Em suma, uma apreciação
semelhante pode ser feita da TCI e dos fenômenos de “quase-morte”:
são áreas legítimas de investigação,
mas de importância apenas relativa para o Espiritismo, estando
longe de constituir bases sobre as quais deva apoiar-se, nem mesmo
em nome de uma suposta cientificidade. Ademais, na pesquisa de tão
complexos e delicados fenômenos não se pode prescindir
do conhecimento espírita, arduamente adquirido, sem que se
retroceda científica e filosoficamente.
Passando, por fim, à chamada “terapia de vidas passadas”
(TVP),[3] saliento de início
que as considerações filosóficas que vêm
de ser tecidas acerca das duas outras abordagens aplicam-se, mutatis
mutandis, também a ela. A possibilidade do fenômeno
de regressão de memória está estabelecida há
muito nos anais do Espiritismo, desde a obra de Kardec. Fenômenos
desse tipo podem ser relevantes para a comprovação
da existência do espírito, da reencarnação
e da lei de causa e efeito, entre outros pontos importantes. Não
são, todavia, determinantes, e sua complexidade só
pode ser decifrada à luz da teoria espírita. Mais
uma vez, aquilo que se observa nesse campo é passível
de interpretações múltiplas, e a ausência
de uma teoria sólida pode reduzir seu estudo a um empirismo
anti-científico, propiciador de equívocos e ilusões.
O terreno para os adversários do Espiritismo ficaria, assim,
aplainado.
O que singulariza a proposta da TVP são suas implicações
éticas. Constatada a possibilidade do fato, Kardec tratou
de aprofundar esse aspecto, como costumava fazer em todas as suas
investigações científicas. Assim é que
encontramos seções com o título “Esquecimento
do passado” tanto em O Livro dos Espíritos
(cap. 7 da segunda parte, questões 392 a 399) como em O
Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. 5, n. 11). A leitura
a reflexão sobre o rico conteúdo desses textos é
indispensável a quem quer que se interesse pelo assunto e
se preocupe em evitar passos em falso.
Tentando uma difícil síntese, diria que, embora possível
enquanto fenômeno, a recordação explícita
do passado foi providencialmente velada por um mecanismo natural
relativo à encarnação. Interferir deliberadamente
nesse mecanismo pode significar a violação de uma
lei natural, e isso não se faz sem as correspondentes conseqüências.
Vejamos estas palavras de Kardec na citada seção de
O Evangelho Segundo o Espiritismo: [4]
Em vão se objeta que o
esquecimento constitui obstáculo a que se possa aproveitar
da experiência de vidas anteriores. Havendo Deus entendido
de lançar um véu sobre o passado, é que
há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança
traria gravíssimos inconvenientes. Poderia, em
certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos
o orgulho e, assim, entravar o nosso livre-arbítrio. Em
todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação
nas relações sociais.
Freqüentemente, o Espírito
renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de
novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar
o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a quem odiara,
quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez
no íntimo. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença
daquelas a quem houvesse ofendido.
Para nos melhorarmos, outorgou-nos
Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da
consciência e as tendências instintivas. Priva-nos
do que nos seria prejudicial.
Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual
se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida.
Pouco lhe importa saber o que foi
antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas
atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir
em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda
a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido
completamente, nenhum traço mais conservará. As boas
resoluções que tomou são a voz da consciência,
advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe
forças para resistir às tentações.
Diversos autores espíritas, tanto encarnados como desencarnados,
têm escrito sobre o tema ao longo dessas mesmas linhas. Entre
eles inclui-se Emmanuel, que, em conhecida página psicografada
em 1991 por Chico Xavier, desenvolve graves considerações
relativas à recordação induzida do passado
(ver referências).
Quando a recordação ocorra espontaneamente,
obedecerá por certo a uma determinação útil,
sendo freqüentemente controlada por Espíritos superiores.
(Ver O Livro dos Espíritos, comentário à
questão 399.) Tais Espíritos têm o poder de
penetrar minuciosamente o passado das pessoas envolvidas num determinado
problema e, avaliando com segurança a conveniência
de uma recordação mais explícita por parte
dessa ou daquela, podem promovê-la por recursos que lhes são
próprios. No entanto, isso se dá em geral durante
o sono (se a pessoa estiver encarnada), como se relata em algumas
obras mediúnicas confiáveis. (Aliás, na seqüência
do texto supracitado Kardec alude à naturalidade com que
a recordação ocorre durante o sono.) Ao despertar,
o ser guardará intuição mais ou menos vaga
do que se passou, podendo aproveitar a experiência em seu
benefício.
Ora, parece temerário adaptar esses procedimentos levados
a efeito no mundo espiritual para o nosso plano de ação.
Primeiro, em geral não dispomos das necessárias informações
prévias acerca do passado do “paciente”. Depois,
nem sempre teríamos o discernimento suficiente para processar
essas informações e decidir o melhor curso a seguir.
Além disso, poderemos não ter as técnicas adequadas
para promover a regressão na medida e nas condições
certas. E, por fim, não contamos com a proteção
natural do esquecimento parcial que o retorno ao corpo denso propicia.
Em conclusão, parece sensato a nós espíritas
acatarmos as recomendações de Kardec e Emmanuel, entre
outros Espíritos lúcidos que se manifestaram sobre
o tema. Enquanto não ascendermos a mundos superiores, nos
quais a recordação do passado se apresente sem inconvenientes
(ver questões 394 e 397 do Livro dos Espíritos),
substituamos essa prática pela terapia espírita: aquela
que se baseia na observação de nossas tendências
instintivas, na aplicação da receita evangélica
para a superação do homem velho e viciado que existe
em nós, e para a edificação de um homem capaz
de viver e distribuir o amor, o equilíbrio e a paz em suas
múltiplas expressões.
* * *
Encerrando esta série, o próximo
artigo ressaltará a necessidade de se prosseguir no desenvolvimento
das pesquisas científicas espíritas ao longo das linhas
traçadas pelo próprio programa espírita de investigação
iniciado por Kardec, em integração com os outros aspectos
do Espiritismo.
Referências:
CHAGAS, A. P. “O que é
a Ciência?”, Reformador, março de 1984, p. 80-83
e 93-95.
––. “O Espiritismo na Academia?”, Revista Internacional
de Espiritismo, fevereiro de 1994, p. 20-22 e março de 1994,
p. 41-43 .
––. “A ciência confirma o Espiritismo?”,
Reformador, julho de 1995, p. 208-11.
CHIBENI, S. S. “Espiritismo e ciência”, Reformador,
maio de 1984, p. 144-47 e 157-59.
––. “A excelência metodológica do Espiritismo”,
Reformador, novembro de 1988, p. 328-333, e dezembro de 1988, p. 373-378.
––. “Ciência espírita”, Revista
Internacional de Espiritismo, março 1991, p. 45-52.
––. “O paradigma espírita”, Reformador,
junho de 1994, p. 176-80.
EMMANUEL. Regressão de memória. Texto psicografado por
F. C. Xavier em 30/6/1991. Publicado em A Voz do Espírito, setembro
de 1991, p. 1.
FREITAS, J. “Transcomunicação: De volta às
mesas girantes”. A Voz do Espírito, novembro 1990, p. 1-2.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 43a
ed., Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira,
s.d.
––. Le Livre des Médiums. Paris, Dervy-Livres, 1972.
(O Livro dos Médiuns. Trad. Guillon Ribeiro, 46a ed., Rio de
Janeiro, Federação Espírita Brasileira, s.d.)
––. O Evangelho Segundo o Espiritismo. (Trad. Guillon Ribeiro.)
113a ed., Rio, FEB.
XAVIER Jr., A. L. Será que algum dia os aparelhos eletrônicos
vão substituir os médiuns? A Voz do Espírito, ano
9, n. 90, março/abril 1998, p. 5.
Notas
[1] O conteúdo
da primeira parte deste texto corresponde, com algumas adaptações,
a parte de entrevista concedida por mim ao GEAE (Grupo de Estudos Avançados
de Espiritismo), pioneiro na divulgação do Espiritismo
pela Internet. A entrevista foi publicada no Boletim n. 300 (edição
extra), que circulou em 7/7/1998, podendo ser encontrado no site http://www.geae.org.
Gostaria de agradecer ao GEAE a anuência para o aproveitamento
desse material nesta série de artigos. Sou especialmente grato
a Ademir L. Xavier Jr., pela iniciativa da entrevista e por haver lido
uma versão preliminar deste artigo. Sou grato ainda a Carlos
A. Iglesia Bernardo, que reuniu as relevantes e oportunas questões.
[2] Essas passagens e outras correlacionadas são analisadas na
seção 2 do artigo “A excelência metodológica
do Espiritismo”, citado nas referências bibliográficas.
[3] Alguns adeptos preferem dizer “terapia de vivências
passadas”, na tentativa de evitarem o compromisso com a tese da
reencarnação. Abrigam-se, assim, sob uma perspectiva demasiadamente
genérica, que contribui, malgrado sua intenção,
para distanciar ainda mais seus estudos de uma legítima cientificidade.
[4] Os destaques são meus. É interessante notar que este
trecho foi adaptado do comentário à questão 394
do Livro dos Espíritos.
Artigo publicado em Reformador, dezembro de 1999,
pp. 380-383.
Fonte: http://portalespirito.com/geeu/algumas-abordagens.htm
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