“Que todo grande amor / Só
é bem grande se for triste
[…]
Assim como o poeta / Só é grande se
sofrer” (JOBIM, 1957)
Foi “Antônio
Brasileiro, Maestro Soberano” (BUARQUE, 1993) quem compôs,
em 1957, aos trinta anos de idade, mais este clássico da Música
Popular Brasileira, cuja pequena estrofe abre este nosso ensaio. Tom
Jobim sabia como poucos encantar, na beleza poética e harmônica,
os sentimentos humanos, a alegria e seu contraponto a tristeza.
Pois dizem que é disto que
é feita a vida, a alternância entre bons e maus momentos,
sucessos e fracassos, sorrisos e lágrimas.
E a obra de ficção (cinema),
embora possa ter respaldo em fatos históricos e em situações
reais, terá sempre a “licença poética”
e, como consta, geralmente dos letreiros finais (que muitos não
leem) sentencia: “esta é uma obra de ficção,
qualquer semelhança com fatos e acontecimentos reais, terá
sido mera coincidência”.
O fato é que o mote deste artigo
é sim, a tristeza…
Acabamos de assistir, via plataforma
Netflix, agora em abril de 2024, o filme “O Predestinado”
(Gustavo Fernández), que é um resultado acima da média
da filmografia dita espírita em nosso país. Consideramos
esta película ao nível de “Kardec, a história
por trás do nome (Wagner de Assis), embora sem toda a riqueza
de figurino e cenário deste último… Vale dizer
que a apresentação da produção, na “telona”
(cinemas de todo o país se deu em setembro de 2022).
Um lindo filme, com uma cenografia
simples, mas um desempenho de primeira dos atores “globais”,
com destaque para Danton Mello, Juliana Paes e Marcos Caruso (o padre
Anselmo). E, embora enquadre fatos que são explicados pela
Filosofia Espírita, a produção não é
panfletária nem proselitista, porque não se destina
ao convencimento do público sobre a vida após a morte,
nem sobre os fundamentos do Espiritismo. E é nesse ponto que
ele é mais válido e contagiante.
O ambiente rural e bucólico
do interior mineiro – pois o personagem principal, José
Pedro de Freitas (1921-1971), o José Arigó ou Zé
Arigó (ou simplesmente Arigó), o médium de operações
espirituais à base de cirurgias com incisões, vivia
em Congonhas (MG), terra onde viveu (1796-1805) e se situa grande
parte do acervo artístico [1] de Antônio Francisco Lisboa,
o Aleijadinho (que, aliás, “aparecem” em várias
cenas da película).
A história, logicamente, gira
em torno dele, Arigó e sua performance (real) como “médico
prático”, sob a influência espiritual do Espírito
Adolph Fritz, um médico cirurgião alemão que
teria atuado na II Guerra Mundial. A mediunidade (inconsciente) resulta
em ações cirúrgicas bem rudimentares, com uso
de materiais não-esterilizados, e cortes e incisões
profundas. Mas, surpreendente (para a medicina da época) é
a inexistência de danos (infecções, generalizações
das doenças, aleijamentos, cegueira ou mortes). Muito pelo
contrário, pelo que se conhece e pelas informações
da imprensa, da polícia e do judiciário da época,
nunca houve um só ser humano prejudicado pela atuação
do médico-médium.
Mas, por que Arigó? José
era operário na Companhia de Mineração de Ferro
e Carvão, até 1942 e o apelido era o nome dado aos trabalhadores
que construíam estradas de ferro e engenhos, como era o seu
caso. Sua formação educacional foi apenas até
a terceira série do antigo primário. Viveu uma vida
normal até próximo a 1950, quando passou a sentir fortíssimas
dores de cabeça, sofria de insônia e passou a ter a vidência
(enxergar Espíritos), assim como ouvia a voz de um personagem
que o acompanhava por onde fosse (e que falava dentro de sua cabeça).
Peregrinou por diversos consultórios médicos, sem obter
qualquer diagnóstico.
Certo dia, em “desdobramento”
(expressão que não consta das obras de Kardec), ou,
mais propriamente, em “emancipação da alma”,
no conceito kardeciano, Arigó teve seus primeiros contatos
com um Espírito (desencarnado) que se identificou como Fritz,
que anunciou sua missão: curar os doentes de diversos males,
operando-os com instrumentos rudimentares, guiado por ele.
Naquele primeiro momento de contato
espiritual com o médico alemão, ensina a Filosofia Espírita
que, “o sono é a porta que Deus lhes
abriu, para o contato com os seus amigos do céu;
é o recreio após o trabalho, enquanto esperam o grande
livramento, a libertação final que deve restituí-los
ao seu verdadeiro meio” (“O livro dos Espíritos”,
item 402, destacamos).
Depois, é oportuno relembrar o que consta de “O livro
dos Médiuns”, onde Kardec, quando trata das tipologias
mediúnicas, atesta: “O sonambulismo pode ser considerado
como uma variedade da faculdade mediúnica, ou melhor, trata-se
de duas ordens de fenômenos que se encontram frequentemente
reunidos”. E ele prossegue: o Espírito sonâmbulo
“vive por antecipação a vida dos Espíritos”,
desfrutando, assim, da capacidade de desprendimento do corpo físico,
deslocando-se apenas com o perispírito, enquanto o corpo jaz
sonolento. Depois, o Professor francês arremata: “Mas
o Espírito que se comunica através de um médium
comum pode também fazê-lo por um sonâmbulo.
Frequentemente mesmo o estado de emancipação
da alma, no estado sonambúlico, torna fácil essa comunicação”
(Item 172, do Capítulo XIV, da Segunda Parte, sublinhamos).
Finalmente, também são oportunos os conceitos apresentados
na edição não-adulterada de “A Gênese”
(Capítulo XIV, item 23, nossas marcações): quando
o Espírito se liberta, mas continua preso ao corpo pelo perispírito,
e “vive a vida espiritual, ao passo que o corpo
vive apenas a vida vegetativa. Está, parcialmente, no estado
em que ficará após a morte; percorre o espaço,
diverte-se com os amigos e outros Espíritos livres, ou encarnados
como ele”.
Depois, Kardec, ainda neste mesmo item, arremata, demonstrando teoricamente
as cenas em que Arigó se lembra das conversas com Fritz: “ao
despertar, conserva de suas peregrinações uma
lembrança, uma imagem mais ou menos precisa
do que constitui o sonho. Seja como for, guarda em si as intuições
que lhe sugerem ideias e pensamentos novos e justificam o
provérbio: A noite traz bons conselhos; é boa conselheira”
(Salientamos).
Em outras cenas, a situação é diferente. De dia,
estando desperto e deslocando-se fisicamente entre lugares, Arigó
enxerga o Espírito que se vale dele para as cirurgias. Fritz,
então, está sendo visualizado por outro tipo de mediunidade,
a de vidência. Novamente em “O livro dos Médiuns”
(Segunda Parte, Capítulo XIV, Item 167), há a explicação
doutrinária: tais médiuns videntes “são
dotados da faculdade de ver os Espíritos […]
em estado normal, perfeitamente acordados,
guardando lembrança precisa do que viram”, enquanto outros
só a experimentam “em estado sonambúlico
ou aproximado do sonambúlico”, como tratado acima. E
tudo isto é “o resultado de uma crise súbita
e passageira” (negritamos).
Evidentemente, as ações de Arigó-Fritz
causaram – e ainda causam, depois de tantas décadas –
além de perplexidade e curiosidade, inclusive de órgãos
internacionais de imprensa e de pesquisa e ciência, a ira do
“mundo corporativo” (Associação Médica
de Minas Gerais) em face das curas, dos métodos pouco convencionais
e de “risco”, assim como da perda de “clientela”
(tanto para consultas e internações, quanto para a prescrição
de remédios/fármacos).
Uma das cenas mais emblemáticas
da produção é a cura do senador mineiro Carlos
Alberto Lúcio Bittencourt, que tinha câncer no pulmão
e estava com viagem marcada para cirurgia nos Estados Unidos. Arigó,
em transe, relata, depois, que não se lembrava do que fez.
A cirurgia com o canivete e as mãos resultou na cura do político,
causando estupefação em seu médico, que desejava
saber qual a técnica empregada pelo profissional que tinha
atendido Bittencourt, para aperfeiçoar-se. O caso foi manchete
nacional e repercutiu no exterior.
Arigó foi estudado, por exemplo,
por uma fundação americana para pesquisa de fenômenos
paranormais, na presença dos pesquisadores Henri Belk e Henry
K. “Andrija” Puharich, em 1963, quando foram acompanhados
por dois intérpretes da Universidade do Rio de Janeiro e pelo
jornalista, escritor e pesquisador espírita brasileiro Jorge
Rizzini (1924-2008). O próprio Puharich foi submetido a uma
cirurgia mediúnica, com Arigó, para a extração
de um lipoma de seu cotovelo esquerdo (um procedimento indolor, em
cinco segundos, utilizando-se um canivete comum, em uma incisão
de menos de 5 centímetros, com pouco sangue, de da qual não
resultou qualquer inchaço, com rápida cicatrização
e sem infecção. Voltando a Rizzini, o jornalista, inclusive,
documentou a operação em um filme a cores, para estudos.
Impressionado com o que presenciou e com a sua própria cura,
Andrija, ao retornar aos EUA, como membro da NASA convenceu seus colegas
a prosseguir e aprofundar as investigações. Foi, então,
formada uma comissão para examinar o caso Arigó, com
seis membros médicos (William Brewster, cientista da The
New York University School of Medicine; Luís Cortes, pesquisador
da mesma instituição; Walter Pahnke, chefe da seção
de pesquisas e psiquiatra no Maryland Psychiatric Research Center;
Robert S. Shaw, cirurgião no General Hospital of Massachusetts;
e o próprio Puharich, que chefiava as pesquisas médicas
para a Intelectron Corporation of New York City), com, ainda,
a colaboração de outros especialistas da Agência,
entre os quais os técnicos Paul Jones e John Laurence (este
especialista em audiogravações).
A “cobertura” e os estudos de Rizzini foram decisivos
para a publicação de uma obra espírita com enfoque
pertinente aos ensinamentos de Kardec. Ele, como amigo pessoal do
filósofo e maior autor espírita brasileiro, J. Herculano
Pires, forneceu precioso material para que o escritor avarense publicasse
“Arigó: vida, mediunidade e martírio”, obra
que sempre recomendamos para a leitura atenta de todo interessado
em Espiritismo e em Mediunidade. Resta salientar que Herculano escreveu
a obra em 1966, em sua edição definitiva (segunda) cerca
de cinco anos antes da desencarnação do médium,
e já falava do “martírio” sofrido pelo personagem.
Imagine se tivesse escrito após a morte de Arigó –
o que, neste caso, aumentaria o drama que envolve o personagem genuinamente
espírita.
Já em 1968, Laurence John e P. Aile Breveter, da Fundação
Psíquica Willians-Banks, americana, vieram observar e analisar
o mineiro e, mesmo sem chegar a um parecer conclusivo, comprovaram
não haver ilusionismo nem feitiçaria.
Em 1971, no célebre programa
da TV Tupi (“Pinga-Fogo”), Chico Xavier atendeu a uma
pergunta jornalística sobre Arigó, quando declarou:
“Conheci pessoalmente José Arigó durante três
anos de convivência muito estreita, de 1954 a 1956. Sempre me
pareceu um apóstolo legitimo da nossa causa espírita
e, sobretudo, da mediunidade a serviço do bem, um pai de família
exemplar, um amigo de todos os sofredores. Depois da nossa mudança
para Uberaba, em 1959, perdemos contato mais direto com Arigó”.
Depois, em 1974, foi a vez do jornalista americano John G. Fuller
escrever e publicar o livro “Surgeon of the Rusty Knife”
(Arigó: o cirurgião da faca enferrujada), que repercutiu
internacionalmente, dada a isenção jornalística
e a não-vinculação do comunicador à Filosofia
Espírita, dando credibilidade aos relatos.
Também Guy Lion Playfair, jornalista e pesquisador britânico,
correspondente e tradutor de várias revistas brasileiras, residindo
no Brasil, interessou-se, em conjunto com Hernâni Guimarães
Andrade, pesquisador, engenheiro e parapsicólogo espírita
brasileiro, produzindo o livro “The Flying Cow”
(A Força Desconhecida), de 1975, relatando seus contatos com
Arigó e Chico.
Mas o que mais repercute é a indignação do Clero
Católico em relação aos “milagres”
do Espiritismo. O pároco local, então, “duela”
com Arigó durante todo o enredo do filme. Faz pregações
nas missas, intimida pessoas que procuram Arigó e “alimenta”
o ódio da classe médica, influenciando na interposição
de ações criminais contra o médium (por exercício
irregular da medicina – curandeirismo).
Arigó foi preso e processado duas vezes. A primeira em 1958
(mas, em face de pedidos da população e das curas realizadas,
comprovadamente, inclusive da filha do Presidente Juscelino Kubitschek,
o JK, deste recebeu o indulto do Presidente, que também era
mineiro. Continuando a prodigalizar “milagres”, curas,
e sob vigilância atenta da entidade dos médicos e da
Igreja, Zé voltou a ser processado e condenado, sendo recolhido
a estabelecimento penal. No presídio, Arigó causa uma
grande revolução, seja por atender alguns presos doentes
e a mãe do próprio Diretor da repartição
e os moradores da região foram permitidos para que Arigó
operasse dentro da cadeia. Uma cena marcante desse tempo encarcerado
é a ação de defesa do carcereiro que sofreu uma
emboscada dos detentos, em razão de sua “carreira”
de rigidez e violência no trato dos internos. O médium
se posiciona entre o funcionário e a turba ensandecida, convencendo-os
a não continuarem o linchamento, porque isto prejudicaria seriamente
a cada um deles. Tempos depois, o carcereiro abandona o trabalho e
se integra ao grupo do Centro Espírita fundado pelo médium.
O advogado de Arigó consegue a soltura,
pela falta de provas de danos ou prejuízos aos atendidos –
pois ninguém jamais reclamou dos atendimentos, dos cortes e
cirurgias ou da conduta do médium – levando a cidade
a uma apoteose, com Arigó de volta ao Centro Espírita,
prosseguindo os atendimentos, com a ressalva de evitar “aglomerações”
e “publicidade” para seus feitos.
É neste momento que a história triste
e de sofrimento tem o seu ápice, com um desfecho trágico.
Naturalmente, não iremos dar “spoiler”, porque
estamos sugerindo aos estudiosos espíritas – mesmo os
que conhecem, em parte, por leituras e palestras, ou por documentários
televisivos, a trajetória deste importante personagem que ajudou
a popularizar – junto com Chico Xavier – as ideias espíritas
em nosso país, ainda que nesta fase de “Espiritismo Primitivo
e Religioso”.
Resta destacar que o contexto da atividade
mediúnica (faculdade natural dos seres humanos, encarnados,
uma vez que todos a possuímos “em maior ou menor grau”,
como destacou Allan Kardec em suas obras), tanto a de Arigó
como a do próprio Chico, devem ser submetidas a análise
espírita sensatas. Os dois médiuns foram submetidos
a um regime praticamente escravagista, em relação a
seus mentores, Fritz e Emmanuel – e isto consta das entrevistas,
dos relatos e das reportagens que seguidamente foram feitas, por veículos
leigos ou espíritas. A Mediunidade jamais deve decorrer de
elementos como a subserviência, a dependência cega, o
aprisionamento do encarnado às vontades e deliberações
do desencarnado, ou a concordância com as ameaças da
entidade espiritual que lhe acompanhe e com quem celebre a parceria
(seja a da psicografia ou a de curas).
Um adendo: é surpreendente o “descaso” reiterado
do “Espiritismo oficial” – que não se dispôs
a enviar seus representantes, da sede do Rio de Janeiro (RJ), ou,
mesmo, mais proximamente, os dirigentes da federativa mineira, filiada
à Federação Espírita Brasileira (FEB)
– e o silêncio “sepulcral” de sua centenária
publicação oficial, a revista “Reformador”
em relação aos fatos mediúnicos existentes em
Congonhas (MG) e a condição de médium inconsciente
de efeitos físicos. Nenhum estudo, nenhuma reportagem, nenhuma
menção em documentos expedidos pela federativa e –
o que é de estarrecer – nenhuma análise, segundo
as diretrizes das obras kardecianas, em especial “O livro dos
Médiuns”, para demonstração do que consta
na teoria espírita. Perdeu-se, à época, uma excelente
oportunidade para a difusão do Espiritismo. Por que não
o fizeram? Fica a grande dúvida… Será que foi
pelo reiterado elitismo no meio espírita? Ou a costumeira postura
de distanciamento de intervenções efetivas dos Espíritos
em questões materiais, especialmente no segmento dos atendimentos
mediúnicos e cirurgias espirituais (até hoje, uma tônica
da instituição federativa nacional)? Ou teria sido por
receio, em anos “chumbo” de sofrer represálias
ou ações de fiscalização e coerção
dos poderes constituídos, por algum “vínculo”
com a mediunidade arigoniana? Afinal, grande parte do “boom”
das cirurgias ocorreu nos anos de ditadura militar (especificamente
entre 1964 e 1971), embora as curas tivessem iniciado antes.
Que bom que Jorge Rizzini e José Herculano
Pires seguiram – como de costume – outra “toada”,
sem formalismos, sem institucionalização, sem pedantismo,
sem atributo de censura ou dominação. Foram eles aqueles
que documentaram para a posteridade, no chamado segmento espiritista
a natureza dos fenômenos mediúnicos realizados por Arigó-Fritz
e deixaram, com isso, não só importante material de
pesquisa para os espíritas (da época e de hoje), como
realizaram a investigação sob criteriosos métodos
inspirados em Allan Kardec.
É essencial frisar, no caso
de Arigó, a simplicidade do médium, que reconhece seu
papel e a grandiosidade de sua missão de serviço, por
meio das cirurgias espirituais, mas não se converteu em nenhuma
celebridade ou popstar e nem aceitou as bajulações de
praxe nessas situações.
Para nós, espíritas
conscientes, que sabemos observar os fenômenos e submetê-los,
todos, à análise lógico-racional, com suporte
na Filosofia e na Ciência Espíritas, observando, neste
corte da história, o trabalho e a missão de Arigó,
mesmo com o seu final trágico, podemos repetir com Moraes e
Powell (1967):
“É melhor ser alegre
que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não”.
O “samba” de Arigó foi alegre e
foi triste, mas o bocado de tristeza não ofuscou a grandeza
da sua atividade mediúnica, servindo para chamar a atenção
de inúmeras pessoas, no Brasil e em países estrangeiros,
sobre a realidade da continuidade da vida e da possibilidade de comunicação
e interação (a favor do bem) entre “mortos”
e “vivos”, ou melhor, entre desencarnados e encarnados,
porque ninguém morre!
Notas dos Autores:
[1] O acervo do artista na cidade reúne 64
esculturas em cedro expostas nas capelas dos Passos da Paixão,
seis relicários no interior da Basílica do Senhor Bom
Jesus de Matosinhos e os 12 profetas talhados em pedra-sabão,
no adro da basílica.
Referências
BRASIL. Código Penal Brasileiro.
Decreto-Lei n. 2.848/1940. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm>.
Acesso em 6. Abr. 2024.
BUARQUE, C. Paratodos. 1993. Chico Buarque.
Disponível em: <https://www.chicobuarque.com.br/obra/cancao/443>.
Acesso em 6. Abr. 2024.
CLUBE DE ARTE. Pinga-Fogo com Chico Xavier.
1971. 2 de Dezembro de 2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=6anM2o_-Li0>.
Acesso em 6. Abr. 2024.
JOBIM, T. Eu não existo sem você.
Partitura. 1957. Instituto Tom Jobim. Disponível em: <https://musicabrasilis.org.br/partituras/tom-jobim-eu-nao-existo-sem-voce>.
Acesso em 6. Abr. 2024.
KARDEC, A. O livro dos Espíritos.
Trad. J. Herculano Pires. 64. Ed. São Paulo: LAKE, 2004.
_____. O livro dos Médiuns.
Trad. J. Herculano Pires. 20. Ed. São Paulo: LAKE, 1998.
_____. A Gênese: os milagres e as predições
segundo o Espiritismo. Trad. Carlos de Brito Imbassahy. Guarulhos:
FEAL, 2018.
MORAES, V.; POWELL, B. Samba da Bênção.
1967. Instituto Antônio Carlos Jobim. Disponível em:
<https://www.jobim.org/gil/handle/2010.4/1314>. Acesso em 6.
Abr. 2024.
PIRES, J. H. Arigó: vida, mediunidade
e martírio. 2. Ed. São Paulo: EDICEL, 1966.
Ficha Técnica
Direção: Gustavo Fernández
Roteiro: Jaqueline Vargas
Produtores: Fábio Golombek e Roberto D’Ávila
Elenco (atores mais destacados):
Arigó – Danton Mello
Arlete – Juliana Paes
Padre Anselmo – Marcos Caruso
Senador Lucio Bittencourt – Alexandre Borges
Cícero (Diretor da Penitenciária) –
Cássio Gabus Mendes
Juiz Barros – Marcos Bicca
Juiz Felipe – Antonio Sabóia
Dr. Fritz – James Faulkner
Carcereiro – Ravel Cabral
Preto – José Trassi
Jorge – Aldo Bueno
Orlandinho – Carlos Meceni
Dr. Jair (advogado de Arigó) – Maurício
de Barros
Tarcísio – Matheus Fagundes