Os dicionários registram
bruxaria e feitiçaria como sendo palavras sinônimas.
Preferimos dizer que elas são afins.
Bruxaria é a prática de rituais para com os chamados
deuses, que nada mais são do que espíritos humanos
desencarnados (deuses pagãos) e encarnados. “Vós
sois deuses.” (Salmo 86: 6; e João
10: 34). Assim, pois, eu e você, que lê esta
matéria, não somos espíritos ou deuses muito
bons, santos, mas graças a Deus, não somos também
diabólicos, como há muitos deles, neste nosso mundo
físico e no mundo dos espíritos, os quais se comunicam
entre si, pois todos estão vivos, os de cá e os de
lá. “Deus não é Deus de mortos, mas de
vivos.” (São Mateus 22: 32).
Por que, então, não se comunicariam?
Já a feitiçaria é uma espécie de simpatia
ou ritual com o objetivo de beneficiar ou prejudicar uma pessoa,
e também ainda para beneficiar a própria pessoa que
a faz.
E, geralmente, por gracejo e gozação, os bruxos são
chamados também de feiticeiros. Mas é igualmente por
gracejo e ironia, que os bruxos e feiticeiros, por devoção
ou feitiçaria, eles próprios se intitulam de bruxos.
Isso acontece porque, no passado, os médiuns e os bruxos
morriam nas fogueiras da Inquisição. E, hoje, essas
pessoas gostam de fazer essa espécie de desabafo, por serem
solidárias aos seus colegas vítimas do passado. É
como se elas de hoje dissessem: Sou médium, sou bruxo, e
daí?
O Espiritismo não é nada de bruxaria, feitiçaria
e magia, embora, falsamente, os pastores evangélicos fundamentalistas
tachem frequentemente os espíritas de bruxos, feiticeiros
e macumbeiros. E até a Igreja, por ter deixado de atacar
o espiritismo, eles têm tachado também de bruxa e feiticeira!
É comum encontrarem-se médiuns entre os bruxos e feiticeiros,
pois a mediunidade não é dom só de espíritas,
umbandistas e adeptos do Candomblé etc. Aliás, o mundo
de hoje está cheio de médiuns de todas as religiões,
e até de médiuns ateus, em cumprimento às profecias
de Joel e de são Pedro. “Vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, vossos jovens terão visões, e
vossos velhos sonharão.” (Joel
2: 28; e Atos 2: 17-18).
Lembrem-se, meus irmãos pastores fundamentalistas, de que
os seus rebanhos e os de outras correntes religiosas seguidoras
do Nazareno, inclusive a dos espíritas, têm como seu
pastor maior o próprio Jesus, que detesta a mentira e a hipocrisia,
e deseja um só rebanho e um só pastor de seres humanos
unidos como irmãos, porque só assim seremos dignos
de chamar Deus de Pai! E lembrem-se também desta frase do
Mestre dos mestres: “Nada ficará oculto.” (São
Marcos 4: 22).
Saiba você, que não conhece o espiritismo, que, de
fato, ele não pratica rituais de veneração
e de adoração nem para com o próprio Deus,
quanto mais para com os diabos!
É que os adeptos da doutrina codificada por Kardec adoram
a Deus somente em espírito e verdade, tal qual Jesus ensinou
à samaritana, à beira do poço de Jacó
(João 4: 23): “Mas vem
a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão
o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que
o Pai procura para seus adoradores.”