Esta última revista Reformador
(Editora FEB - outubro/06) traz excelente
texto do espírito Vianna de Carvalho, psicografia
de Divaldo Franco, que - se bem assimilado por nós
- abre uma enorme clareira em nosso modo de vivência na
liderança espírita. O texto denomina-se CAMPEONATO
DA INSENSATEZ (mais
abaixo transcrevo parte).
Todos sabemos da lucidez, da lógica e da
retórica desse grande espírito Vianna de Carvalho.
Mais uma vez ele nos orienta de forma soberba e simples.
Verificamos que dirigentes espíritas bem
intencionados, grandes trabalhadores, criaram uma estrutura
pedagógica nos Centros Espíritas que, pela
sua sistemática e duração, impedem que jovens
que já "nasceram" médiuns não possam
prontamente exercer essa faculdade. Antes é preciso passar
alguns anos pela Escola de Médiuns. Não penso que
as Escolas de Médiuns precisam ser abolidas. Muito pelo
contrário, são importantes. Mas a rigidez em relação
à duração e ao método, precisam sofrer
a influência da FLEXIBILIZAÇÃO!
Há médiuns que chegam prontos na
Casa Espírita. Por que adiar o seu trabalho e atuação
forçando a aprenderem o que já sabem (mesmo
que seja intuitivamente)?
Não somos adeptos de uma doutrina reencarnacionista?
Se somos, por que não crer que estão
reencarnando espíritos que conhecem o Espiritismo mais
do que nós, que já estudamos todas as obras básicas?
Abaixo reproduzo parte do mencionado artigo
de Vianna de Carvalho, que traz luzes sobre o tema acima e outros:
Sobre o exercício da mediunidade, Vianna
de Carvalho esclarece que há Centros Espiritas que "substituem
a simplicidade e espontaneidade dos fenômenos mediúnicos
por constrições e diretrizes escolares que culminam,
lamentavelmente, com a diplomação de médiuns
e de doutrinadores, que também alcançam os patamares
teológicos da auto fascinação. Exigências
descabidas e vaidosas agridem a simplicidade que deve viger nas
Sociedades espíritas, antes desvestidas de atavios ditos
tecnológicos e atuais, que eram vivenciados pela tolerância
e bondade entre seus membros".
Sobre a atuação espírita
em relação aos desafios do momento, diz Vianna de
Carvalho:
"(...) O excesso de discussões
em torno de questões secundárias toma o tempo
para análise e reflexão em relação
aos momentosos desafios sociais e humanos aos quais o Espiritismo
tem muito a oferecer. (...) Não se dispõe de tempo,
consumido pelo vazio exterior, para a assistência aos
sofredores e necessitados que aportam às casas espíritas,
relegados a segundo plano, nem para a convivência com
os pobres e desconhecedores da Doutrina, que são
encaminhados a cursos, quando necessitam de uma palavra de conforto
moral urgente..."
Nos alerta Vianna de Carvalho:
"(...) 'Bons espíritas,meus bem-amados,
sois todos obreiros da última hora' , conforme proclamou
o Espírito protetor Constantino, em o Evangelho Segundo
o Espiritismo.
Não vos esqueçais!"
E insiste Vianna de Carvalho:
"Estais comprometidos, desde antes da reencarnação,
com o Espiritismo que agora conheceis e vos fascina a mente
e o coração.
Tende cuidado!
Evitai conspurcá-lo com atitudes antagônicas
aos seus ensinamentos e imposições não compatíveis
com o seu corpo doutrinário.
Retornar às bases e vivê-las qual
o fizeram Allan Kardec e todos aqueles que o seguiram desde o
primeiro momento, é dever de todo espírita que travou
contato com a Terceira Revelação judaico-cristã
porque o tempo urge e a hora é esta, sem lugar para o campeonato
da insensatez".
Caro(a) amigo(a) a leitura completa do texto de
emérito espírito Vianna de Carvalho (revista Reformador
de outubro/06) traz luzes na direção da simplicidade
e da humanização que precisamos adotar nos Centros
Espíritas. Sobre o tema humanização, envio
anexo um texto - já conhecido de muitos - que é
também uma referência no assunto.
Fraternalmente,
Alkíndar de Oliveira