Uma pergunta ao leitor: Entre uma
pessoa que pratica o budismo há dez anos e um espírita
que abraça o Espiritismo o mesmo período de tempo,
qual delas tende a ter mais serenidade e paz interior?
Para que a provável resposta do leitor encontre guarida
neste texto, exponho antes um assunto que a substancia.
Os meios de comunicação de
todo o mundo têm noticiado constantemente que o Planeta
tal qual o conhecemos está sendo destruído, conseqüência
da tamanha exploração de seus recursos naturais.
Se não preservarmos esses recursos (água, solo,
vegetação) estaremos fadados à extinção.
Descobrimos que os recursos naturais não são fontes
das quais podemos usufruir indiscriminadamente. É preciso
que haja maior conscientização e mudança
de atitude de nossa parte em relação ao meio ambiente.
Precisamos passar por um processo de reconstrução
desse nosso abençoado lar chamado Terra. E esta reconstrução
do Planeta só se tornará realidade, se houver mudança
na forma de pensar da maioria dos seus habitantes. Como é
fato que mudança de pensamento implica em mudança
interior, este é o caminho: trabalhar nossa mudança
interior. Pois só assim atingiremos a mencionada conscientização,
o que nos estimulará e nos obrigará a reconstruirmos
nosso Planeta.
É em situação de crise que
a oportunidade para nossa transformação interior
se faz ainda mais presente. Como a crise mundial aí está,
aproveitemo-la.
Este artigo tem por base alguns princípios transmitidos
por espíritos superiores, dos quais a ciência já
comprova sua existência. Para constatar a comunicação
com espíritos e a reencarnação, verdades
antigas, registradas até mesmo em passagens bíblicas,
você deve se despir de preconceitos, ter “olhos para
ver” e ousadia para buscar suas incontestáveis provas.
Livros de Allan Kardec e de médiuns renomados internacionalmente
como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco, dentre outros,
mostram essa realidade de forma inequívoca. Há também
pesquisas atuais significativas sobre comunicação
com espíritos, vida após a morte e reencarnação
na literatura norte-americana. Por coincidência, o país
mais afetado pela crise econômica mundial, que ao mostrar
sua fragilidade, tem contribuído sobremaneira para a derrubada
do alicerce materialista que tomou conta do mundo.
A Doutrina Espírita não veio para destruir religiões.
O catolicismo, o protestantismo e tantas outras, não deixarão
de existir quando decidirem ter como substratos o aspecto científico
e filosófico do Espiritismo. Pelo contrário, a lógica
da reencarnação irá enriquecê-las.
Não obstante, nós espíritas
tenhamos a possibilidade do estudo contínuo da profunda
literatura provinda dos livros de Allan Kardec, abraçando
com ênfase o conhecimento espírita, não estamos
fazendo dele a nossa redenção espiritual. Encantamo-nos
com o conhecimento, mas, com honrosas exceções,
esquecemos da prática. A fraternidade ainda não
impera entre os próprios espíritas. Portanto, quem
escreve este artigo não provém de um grupo composto
de indivíduos espiritualmente desenvolvidos. Mas, sim,
de um grupo que tem muito a aprender no quesito “prática”
do que estudou e sabe, no entanto, ainda não incorporou
esses conhecimentos. Fato que me deixa mais a vontade para escrever,
pois faço parte da turma desses “imperfeitos”.
Mas que buscam a melhoria pessoal a cada dia!
NOSSA DIFICULDADE EM EVOLUIR
Retornando a pergunta inicial: Entre uma pessoa
que pratica o budismo há dez anos e um espírita
que abraça o Espiritismo o mesmo período de tempo,
qual delas tende a ter mais serenidade e paz interior? Antes de
continuar a leitura deste texto, pense um pouco mais para responder.
Pelas experiências que fiz em alguns seminários,
é grande a possibilidade de você, caro leitor, ter
respondido que o budista é o que conseguiu maior progresso
no campo da serenidade e da paz interior. E você está
certo.
Mas, por que o budista consegue mais progresso do que o espírita,
se o Espiritismo, pelo seu conteúdo ímpar, oferta-nos
todos os ingredientes para também crescermos interiormente?
A resposta é simples: nós espíritas nos especializamos
no conhecimento, enquanto o budista especializou-se
em seguir uma metodologia sustentada em atitudes
de interiorização por meio da prática da
meditação e da atenção
plena. Daí o seu progresso. Todo crescimento exige
método.
Em termos de conhecimento estamos muito bem. Mas nos falta seguir
uma metodologia para vivenciarmos esse conhecimento, nesse ponto
estamos ainda muito longe dos budistas. Como reverter esse quadro?
É justamente o propósito deste artigo: mostrar uma
metodologia altamente eficaz para desenvolvermo-nos interiormente
aproveitando da benção que é o conhecimento
espírita. Metodologia válida também aos que
ainda não abraçaram os princípios espíritas,
mas que estão abertos a novos conhecimentos.
UMA METODOLOGIA EVOLUTIVA QUE “CAIU
DO CÉU”
A metodologia a que faço
referência está no livro Seara Bendita,
dos médiuns Wanderley Soares de Oliveira e Maria José
de Oliveira e espíritos diversos, Editora Dufaux. Metodologia
de caráter excepcional, ditada pelo amoroso espírito
Eurípedes Barsanulfo. Disse o eminente educador: “Pugnemos
por essa linha transformadora: cérebro instruído,
coração sensibilizado, mãos operosas e grupos
afetivos.” Essa metodologia concisa, objetiva e
riquíssima, deveria ser intensamente divulgada, pois ela
é “milagrosa”, sem abuso do termo.
Inseri essa metodologia nos treinamentos empresariais que ministro
e obtive resultados surpreendentes. O processo sabiamente descrito
pelo espírito Eurípedes Barsulfo pede que se trabalhe
quatro itens. Minha dúvida, ao implantar o método,
era entender qual seria a sequência ideal das quatro etapas.
Por onde começar? Por onde terminar?
A primeira constatação que tive é que o indivíduo
que tem o “coração sensibilizado” muito
provavelmente já trabalha bem duas questões: “mãos
operosas” e “grupos afetivos”. A pessoa sensibilizada,
necessariamente, não precisa ter “cérebro
instruído” para atingir essas metas. Quantas pessoas
simples, com pouco nível de educação escolar,
são sensíveis, trabalham em favor do próximo
e são afetivas? Muitas, não?
Partindo desse princípio, percebi que o melhor caminho
para atingirmos nossa evolução interior, seria primeiramente
trabalhar o “coração sensibilizado”,
pois a pessoa sensível estaria mais aberta para percorrer
as outras etapas do processo. Contudo, o tempo ensinou-me que
essa minha dedução era equivocada em termos de resultados
efetivos.
O mestre Allan Kardec concluiu
em seus estudos que a verdadeira aprendizagem precisa partir do
“conhecido para o desconhecido”, pois só assim
a pessoa aceita com mais facilidade dar passos diferentes. Desse
modo, uma metodologia para ser eficaz precisa partir da valoração
do que o educando já sabe.
Colocar como primeiro degrau o “coração sensibilizado”
não seria partir do conhecido, mas, sim, do desconhecido.
Afinal, pouquíssimas pessoas têm o coração
realmente sensibilizado. Então, veio-me a seguinte
reflexão: as pessoas constantemente estão em busca
de conhecimento, seja para ostentar poder, seja realmente para
se instruir, então, concluí que seria necessário
começar o processo pelo item “cérebro instruído”.
Passei a inserir em meus treinamentos a sequência: cérebro
instruído, grupos afetivos, mãos operosas, coração
sensibilizado, que se mostrou acertada.
Pude concluir que devemos partir
do conhecimento, do estudo - nesse item nós espíritas
somos craques –, depois devemos incentivar a interação
em equipe, que são os “grupos afetivos”, mas
não somente tendo os seus integrantes lendo bons textos
e dialogando, mas também abraçando uma atividade
prática solidária, por exemplo, a equipe cuidar
de crianças carentes (“mãos operosas”)
e, então, descobri nessas experiências que o último
item (“coração sensibilizado”) não
precisa ser trabalhado de forma específica, pois ele é
a resultante, ou a feliz consequência, da ação
dos três itens anteriores. Em outras palavras, um grupo
que valoriza o conhecimento, que convive pacificamente, que faz
algo prático e benevolente em conjunto, naturalmente desenvolve
a sensibilidade, que é a grande conquista de um espírito
em evolução.
Fiquei muito feliz com essa dedução, pois, conforme
já sabido, nós espíritas infelizmente estacionamos
no primeiro item: cérebro instruído e agora, pelas
palavras de Eurípedes Barsanulfo, sentimo-nos impelidos
a caminhar para bom convívio entre diversas pessoas (grupos
afetivos), tendo um projeto comum sendo trabalhado pela equipe
(mãos operosas), e consequentemente, conquistaremos a sensibilização
(coração sensibilizado).
UMA FELIZ “COINCIDÊNCIA”
O grande poeta e dramaturgo
inglês Willian Shakespeare nos legou uma frase significativa:
“Há mais coisas entre o céu e a terra
do que imagina nossa vã filosofia”. Usando
sua poesia como inspiração, pode-se constatar uma
coincidência relativa à metodologia descrita neste
texto.
No início deste milênio a Unesco determinou os quatro
pilares da educação para o século 21, a saber:
aprender a conhecer; aprender a conviver; aprender a fazer; aprender
a ser.
Pergunto-lhe, caro leitor:
“Aprender a conhecer” não tem a ver com o “cérebro
instruído” que o educador Eurípedes Barsanulfo
nos ensinou?
“Aprender a conviver” não tem a ver com “grupos
afetivos”?
“Aprender a fazer” não tem a ver com “mãos
operosas”?
“Aprender a ser” não tem a ver com “coração
sensibilizado”?
Seria simples coincidência?
MAIS UMA FELIZ “COINCIDÊNCIA”
Teremos ainda mais eficácia
na aplicação dos quatro passos se, tendo o conhecimento
(cérebro instruído), alimentarmo-nos de um profundo
“desejo de melhora”.
Um genuíno desejo de melhora nos estimula à
convivência (grupos afetivos), e também a aceitarmos
o outro, colocando-o em projetos comuns ou incluindo-o em nosso
universo (mãos operosas), o que nos trará, como
natural consequência, o bem-vindo “coração
sensibilizado”. A seqüência “desejo de
melhora – interiorização – transformação”,
mais a frente desenvolvida, representa outra feliz coincidência,
que se enquadra aos quatro itens da metodologia de Eurípedes
Barsanulfo e também aos quatro itens da metodologia da
Unesco.
OUTRA MEDOTOLOGIA
EVOLUTIVA QUE “CAIU DO CÉU”
Caminhos Para Nossa Evolução
O texto a seguir, do espírito
Ermance Dufaux, copiado do capítulo 19, do livro Mereça
Ser Feliz (Dufaux), tem o mérito de explicitar detalhes
de uma metodologia que nos leva a melhor compreensão do
que até agora foi mencionado. Motiva-nos a priorizar o
“desejo de melhora”, processo que alavanca o nosso
desenvolvimento interior. Por fim, este artigo mostra as grandes
“coincidências” que nos cercam, apontando um
caminho sábio e seguro para a grande reconstrução
interior de cada um de nós e, conseqüentemente, a
tão sonhada reconstrução de nosso planeta.
Conforme mencionei, a seguir o texto do espírito Ermance
Dufaux, com o qual finalizo este artigo:
Alteridade, uma palavra que merece
atenção nos programas de educação.
Consideremo-la como sendo a singularidade alheia, o distinto,
aquilo que é “outro”, a diferença que
marca a personalidade de nosso próximo.
Nas abordagens filosóficas a alteridade tem conotações
de rara beleza e profundidade demonstrando a importância
da diversidade humana. Entretanto, interessa-nos mais de perto,
seu enfoque ético na convivência.
O trato humano com a diferença, da qual o outro é
portador, tem sido motivo para variados graus de conflitos e adversidades.
Frequentemente, a dificuldade em manter a fraternidade com as
diferenças e os diferentes tem ocasionado um lamentável
fenômeno comportamental na sociedade; a indiferença.
A indiferença é a negação da diferença;
o outro não faz diferença nenhuma, é um bloqueio
deliberado ou inconsciente ao distinto, àquilo que não
é o “eu”. Não havendo disposição
ou mesmo possibilidade de compatibilidade entre aptidões
ou no terreno do entendimento, adota-se a exclusão efetiva
como suposta solução para os embates do relacionamento.
Leves agastamentos e decepções arrefecem as expectativas
e as frágeis amizades levando muito facilmente as criaturas
à mágoa e mesmo ao revanchismo.
Conviver é, de fato, um desafio. A humanidade terrena,
nesse início do terceiro milênio, começa a
se preocupar em delinear nos seus projetos educacionais a habilidade
de “aprender a conviver” como um dos quatro magistrais
pilares para todos os conteúdos das escolas do mundo (obs.:
os quatro pilares da educação são “aprender
a ser”, “aprender a fazer”, “aprender
a conhecer” e “aprender a conviver”). Muito
relevante essa medida, tomando por base que esse será o
milênio do homem interior, em contraposição
aos últimos mil anos que fundamentaram a era do homem exterior,
o homem das conquistas para fora, sendo agora o momento das conquistas
e vitórias íntimas: a era do amor falado, sentido
e aplicado.
A indiferença provoca uma quase total ausência de
solidariedade nas relações entre os homens. O egoísmo
é o responsável por essa calamidade da vida humana,
levando ao “esfriamento da sensibilidade” ante tanto
desrespeito e violência.
Compreender as etapas da alteridade
nos mecanismos afetivos, sob o prisma do progresso espiritual,
é fundamental para procedermos a uma auto-avaliação
de nossa posição íntima. Delineemos essas
etapas do crescimento moral e espiritual em três: primeiro
o desejo de melhora, posteriormente a interiorização
e finalmente a transformação. Em
cada uma dessas vivências dilata-se a consciência
para uma concepção mais apurada daqueles que jornadeiam
conosco no carreiro das experiências de cada instante. Em
cada uma, a singularidade “daquele que é outro”
toma uma conotação de conformidade com a maturidade
afetiva e moral de cada um.
Antes de assinalarmos as características pertinentes a
cada passo, deixemos claro que todo processo de mudança
interior obedece a esse espírito de sequência natural.
Sem desejo de melhora não existe motivação
para quaisquer empreendimentos de renovação. Sem
a etapa da interiorização não se
deflagra o conhecimento fidedigno do trabalho a ser efetuado na
intimidade de si mesmo. E a transformação
é o resultado e o objetivo para o qual todos caminhamos
na evolução. Esse dinamismo interior é processual
e ninguém estagia em uma ou outra etapa separadamente.
No entanto, para efeitos didáticos, analisemos o que costuma
suceder-se na vida afetiva ao longo dessa caminhada, dentro da
relação eu e o outro:
Desejo de melhora
Período em que nos ocupamos pelas ações no
bem. Etapa marcada pelo conhecimento espiritual criando conflitos
íntimos, impulsionando novos posicionamentos. A necessidade
de mudança será proporcional ao nível de
maturidade de cada criatura. Nessa fase o outro ainda é
uma referência de incômodo, disputa e ameaça,
quase um adversário para quem são dirigidas cobranças
não suportáveis a si mesmo. Tal estado psicológico
instiga o julgamento inflexível através da análise
para fora. O principal traço afetivo e a simpatia pelos
iguais, aqueles que pensam conforme pensamos, que esposam pontos
de vista idênticos. Embora seja um instante de muita “convulsão”
na meta de propósitos de vida, é quando o homem
se define por uma nova opção de melhora com base
na vida futura, na imortalidade e na ascensão. O convite
ético de novos conhecimentos espirituais chega-lhe como
consolo e também um abalo nas convicções.
Mesmo o próximo não sendo ainda respeitado na sua
diferença, trata-se do início da morte da indiferença.
Apesar de não aceitar os diferentes, já se incomoda
com eles, querendo modificá-los: um efetivo sinal de mutação
na forma de sentir. Afetivamente não é uma postura
ajustada, mas é uma estrada que se abre para superar a
tendência de marginalização e impulso para
repensarmos a nossa individualidade, até alcançarmos
a interiorização.
Interiorização
Se na fase anterior a prioridade era a ação, aqui
o aprendiz das questões do espírito volta-se para
estudar suas reações íntimas. O conhecimento
sai da esfera puramente intelectiva para o campo das reflexões
sentidas, motivando a busca de estados mentais de harmonia. O
“outro” promove-se à condição
de espelho das necessidades de nosso aperfeiçoamento, uma
extensão de nós próprios que deflagra o processo
educativo; afetivamente toma a conotação daquele
que nos leva a novos e mais elevados sentimentos. Esse é
o estado psicológico da busca de entendimento e do autoconhecimento,
uma análise para dentro. Há uma dilatação
da sensibilidade para com a diferença alheia, seguida de
mais intensa aceitação, disposição
para o perdão e a concórdia. Começa-se assim
a compreensão da importância que tem a diversidade
de aptidões. O desigual passa a ser visto como alguém
importante para o nosso crescimento pessoal. A maleabilidade,
a assertividade, a empatia e outras habilidades emocionais passam
a ser usadas com mais intensidade. Todas essas posturas sedimentam
valores novos no rumo da transformação.
Transformação
Os valores interiorizados atingem o campo dos sentimentos, é
a mudança real. O outro é alteridade, distinção;
é o estado psicológico do amor em que a diferença
do outro passa a ser incondicionalmente aprovada, mais que isso,
compreendida com indispensável lição de complementaridade.
Nessa etapa aprende-se não só a aceitar os diferentes
como se consegue aprender com eles, amá-los na sua maneira
de ser. É a etapa da felicidade. O outro jamais poderá
ser motivo para decepções e mágoas. Ainda
que as tenhamos saberemos como lidar bem com essas emoções.
A autonomia e a liberdade não permitem amarras e dependência,
opressão e sentimentalismo. Aprende-se o auto-amor e por
consequência ama-se sem sofrimento, sem sacrifícios;
ama-se porque o amor é preenchedor e isso, definitivamente,
basta.
Jesus na Parábola do Semeador, quando fala dos vários
terrenos em que foram distribuídas as sementes, deixa-nos
um tratado sobre a alteridade e suas etapas. Os solos da narrativa
correspondem aos níveis evolutivos em que cada qual dará
frutos, conforme suas possibilidades.
O aprendizado da reforma íntima, inevitavelmente, percorre
esses degraus de aprimoramento. A análise sincera dos sentimentos
que se movimentam na esfera dos corações nessa marcha
de crescimento nos permitirá proceder ao conhecimento de
si próprio com mais êxito.
Não esqueçamos, em nosso favor, que em qualquer
tempo e lugar, diferenças não são defeitos,
os diferentes necessariamente não são oponentes,
e a indiferença é o recolhimento egoísta
do afeto na escura masmorra do desamor. Nossa harmonia é
construída no cultivo das virtudes da indulgência,
da fraternidade e do acolhimento.
Ação, reação, transformação:
caminhos da alteridade.
Morte da indiferença, autoconhecimento, amor: caminhos
da felicidade.
Em quaisquer etapas: sempre alteridade na erradicação
do personalismo.
Hosanas às diferenças e aos diferentes!