Espiritualidade e Sociedade



Gismair Martins Teixeira; Maria do Socorro Pereira Lima

>   O quadricentenário da morte de William Shakespeare e uma pergunta de Denizard Rivail

Artigos, teses e publicações

Gismair Martins Teixeira; Maria do Socorro Pereira Lima
>   O quadricentenário da morte de William Shakespeare e uma pergunta de Denizard Rivail

 

 

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(trecho inicial)

 

1. Introdução

Em seu tratado acerca do imaginário, intitulado As estruturas antropológicas do imaginário, o pesquisador francês Gilbert Durand (2012, p.18) conceitua que o imaginário representaria “o conjunto das relações de imagens que constituem o capital pensado do
homo-sapiens”. Assim, o imaginário abrangeria praticamente todas as instâncias culturais da humanidade. Ainda conforme Durand (2012, p.25), a religião e a poesia, bem como por inferência a literatura em geral, guardam íntima correspondência entre si no âmbito do imaginário.

Surgido bibliograficamente a partir de 18 de abril de 1857, com a publicação de O livro dos espíritos, por Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec, o espiritismo possui um riquíssimo imaginário que desde o seu surgimento vem expandindo-se de forma exponencial em sua representatividade. Com pouco mais de século e meio de existência, a doutrina sistematizada por Kardec desenvolveu toda uma literatura, de diversos gêneros, representativa e compósita de seu conjunto de imagens.

No amplo espectro da literatura universal, e numa perspectiva cartográfica, nomes diversos e fundamentais compuseram peças literárias em que o imaginário espírita comparece em suas efabulações. Isto, após o surgimento do espiritismo na segunda metade
do século XIX. Todavia, o imaginário espírita poderia ter aparecido antes e de forma bastante delineada em algum grande autor pré-espiritista?

Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo de caso que enfrenta essa questão com base no instigante diálogo entre duas perspectivas imaginárias distintas: a do imaginário dramatúrgico-literário e a do imaginário espírita. Como representante do primeiro grupo, tomaremos a peça Hamlet, de William Shakespeare, cujo quarto centenário de morte transcorre no ano de 2016; como representatividade do segundo grupo, será recortada uma interrogação de Allan Kardec, constante de O livro dos espíritos (1995), obra
composta de pouco mais de mil perguntas dirigidas aos espíritos sobre os mais variados temas.

O dialogismo entre a citada peça shakespeariana e o paradigma espírita constituirá, assim, a problemática de que passaremos a tratar neste estudo, cujo objetivo é o de apresentar uma contribuição aos imaginários da religiosidade e da literatura, explorando no âmbito da metodologia da pesquisa qualitativa (SEVERINO, 2016, p.125) um campo ainda bastante amplo de possibilidades investigativas, representado pelo diálogo espírita-literário.

 


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Gismair Martins Teixeira
Doutor em Letras e Linguística pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás. Professor do
Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte de Goiás.
http://cirandadaarte.com.br/portal/


Maria do Socorro Pereira Lima
Mestranda em Performances Culturais pela Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de
Goiás; graduada em Licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de
Goiás; graduada em Comunicação Social, Habilitação em Relações Públicas pela Faculdade de Informação e
Comunicação da Universidade Federal de Goiás.

 

 

Fonte: 2° Simpósio Internacional de História das Religiões / XV Simpósio Nacional de História das Religiões - ABHR 2016
- http://www.simposio.abhr.org.br/resources/anais/6/1471443969_ARQUIVO_OquadricentenariodamortedeWilliamShakespeareeumaperguntadeDenizardRivail.pdf

 

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