Os fenômenos espíritas constituem
uma parte importante do estudo e da pesquisa do Espiritismo. Eles
representam a possibilidade de comprovação dos princípios
da Doutrina.
A reencarnação, por exemplo, é revelada pelas
lembranças de vidas passadas e por aqueles talentos da alma
que não foram adquiridos na presente encarnação.
A imortalidade e a evolução podem ser melhor observadas
e compreendidas através da mediunidade.
A ação dos fluidos está presente na telepatia
e nas curas, à distância ou pela imposição
de mãos.
Mas Kardec deixa muito claro que, acima de tudo isto, é a filosofia
que se depreende do estudo destes fenômenos que deveria nos
interessar. Que eles são uma espécie de "porta
de entrada" para pesquisas e reflexões mais profundas
e conseqüentes.
É natural que muitas pessoas sejam despertadas para o estudo
da realidade espiritual pelos fatos que não conseguem explicar,
como efeitos físicos, psicografia, vidências, dejà
vu, conhecimento de um assunto ou arte sem nenhuma dedicação
prévia nesta existência, e tantos outros.
Porém, com o tempo e as reflexões, emergem conceitos
e idéias que oferecem as verdadeiras explicações
para eles e, também, para muitas outras indagações
que os seres humanos de todas as épocas fizeram a si mesmos:
quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Após o compreensível espanto e o deslumbramento do primeiro
impacto, aquele que presencia um fenômeno assim, pode ter dois
tipos de comportamento. Pode guardar o assunto numa pasta da memória,
onde ele ficará à espera de outras situações
que o despertem. Ou pode dar um outro passo intelectual: estudar,
pesquisar, investigar as verdadeiras causas por trás da realidade
visível, que o conduzirão ao conhecimento mais completo
de si mesmo e do Universo onde vive.
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