Magia
Inicialmente,
o que é magia? Entre tantas interpretações,
magia é o ato de evocar poderes e mistérios
de Deus e colocá-los em ação. Do mesmo
jeito que a ciência evoca os “poderes” da física
– que é um mistério da natureza – e os põe
em ação através da engenharia. Da teoria elétrica
sai a engenharia que fabrica computadores. Analogamente, da teoria
divina sai a magia.
Assim, percebemos que a magia, contrariamente
à religião, não obriga os seus adeptos a crerem
em determinados dogmas para serem aceitos como magos. Ninguém
é obrigado a crer na – ou mesmo entender - física
para utilizar de seus benefícios : quantos de nós usamos
telefones celulares sem sequer saber o que se passa por trás
de todo esse mecanismo? E só por causa disso, a física
deixaria de funcionar? É claro que não! A física
funciona independente de nossa crença ou entendimento. Assim
também o é com a magia.
Deste modo, a magia “x”
não é rival nem se acha dona da verdade em relação
à magia “y”. Apenas abordam conceitos diferentes
mas não obrigatoriamente divergentes.
No entanto, a magia trabalha com
o íntimo de cada ser, com suas faculdades mentais a saber :
fé, ou força de vontade, e moralidade – ou polarização.
Quanto maior a sua fé na magia,
mais ela se intensifica.
Quanto maior a sua moralidade, mais
ela se polariza.
Talvez me perguntem : “mas
você não disse agora há pouco que magia não
é religião?” Exatamente! Eu posso ser um mago
umbandista, um mago católico (como Eliphas Levi), um mago muçulmano,
um mago judeu (os cabalistas) ou até mesmo – pasmem!
– um mago ateu. Se bem que os magos ateus são aqueles
magos inconscientes de seu próprio poder de realização.
A magia não te obriga a crer,
você crê por si mesmo na magia.
Ora, então o que é
fé? Fé é a crença ou certeza de que algo
agirá conforme suas aspirações mesmo sem ter
como provar o fato.
Moralidade, ou polarização, é a tendência
a um dos grandes pólos universais : yin ou yang, luz ou trevas,
bem ou mal.
Assim temos várias combinações
: uma pessoa com muita fé, porém negativa, acaba se
tornando um poderoso mago das trevas. Uma pessoa com pouca fé,
porém positiva, acaba se tornando um medíocre mago da
luz. E por aí vai.
Chegamos então ao divisor
de águas, pois o mago de verdade - ou seja, aquele sintonizado
com as Forças Supremas - é aquele que utiliza a sua
fé poderosa conforme os desígnios da Lei Maior e da
Justiça Divina.
O que diz a Lei Maior? “Cada
um pode semear o que quiser, mas com certeza colherá os frutos
de suas semeaduras, sejam doces ou amargos.”
O que diz a Justiça Divina?
“Quem deve paga, quem merece recebe.”
Como não é nosso
propósito ensinar a polaridade negativa – pois o mundo
já está cheio dela e por causa dela o mundo já
está de “saco cheio” – ensinaremos então
um pouco da Magia Divina em um outro artigo.