Oxalá
Oxalá é o Trono
Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial
é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo
todo suas vibrações estimuladoras da fé individual
e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade.
Fé! Eis o que melhor define
o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé
em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá
irradiador da fé em nível planetário e multidimensional.
Oxalá é sinônimo de fé. Ele é
o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a
fé em todos os sentidos e a todos os seres. Comentar Oxalá
é desnecessário porque ele é a própria
Umbanda. Logo, vamos nos afixar nas suas qualidades, atributos
e atribuições.
QUALIDADES: As qualidades de
Oxalá são, todas elas, mistérios da Fé,
pois ele é o Trono Divino irradiador da Fé. Nada
ou ninguém deixa de ser alcançado por suas irradiações
estimuladoras da fé e da religiosidade. Seu alcance ultrapassa
o culto dos Orixás, pois a religiosidade é comum
a todos os seres pensantes. Jesus Cristo é um Trono da
Fé de nível intermediário dentro da hierarquia
de Oxalá. E o mesmo acontece com Buda e outras divindades
manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários
já se humanizaram para falar aos homens como homens e ,
assim, melhor estimularem a fé em Deus. Todas as divindades
irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá
são mistérios da Fé e irradiam-na o tempo
todo.
ATRIBUTOS: Os atributos de Oxalá
são cristalinos, pois é através da essência
cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos
e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos
de fé. Saibam que a essência cristalina irradiada
pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra quando
irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos,
então o pólo positivo e irradiante é Oxalá
e o pólo negativo e absorvente é Oiá. Oxalá
irradia fé o tempo todo e Oiá absorve as irradiações
religiosas desordenadas vibradas pelos religiosos deseiquilibrados.
Ela se contrapõe a ele porque a atuação dela
é no sentido de absorver os excessos religiosos vibrados
pelos seres que se excedem nos domínios da fé. Já
Oxalá irradia fé e estimula a religiosidade o tempo
todo, a todos.
ATRIBUIÇÕES: As
atribuições de Oxalá são as de não
deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios
da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações
quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado
dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim,
porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina
irradiação do divino Oxalá... e entram nos
gélidos domínios da divina Oiá, a Senhora
do Tempo e dos eguns negativados nos aspectos da fé.
OFERENDAS: Oxalá é
oferendado com velas brancas, frutas, côco verde, mel e
flôres. Os locais para oferendá-lo são aqueles
que mais puros se mostram, tais como: bosques, campinas, praias
limpas, jardins floridos, etc. Já os regentes dos pólos
negativos da linha da Fé não se abrem ao plano material
e não são invocados ou oferendados.
Oxum
Oxum é o Trono irradiador do Amor
Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos.
Como “Mãe da Concepção” ela estimula
a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece
a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.
A Orixá Oxum é
o Trono Regente do pólo magnético irradiante da
linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um
os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Seu elemento é o mineral
e, junto com Oxumaré, forma toda uma linha vertical cujas
vibrações, magnetismo e irradiações
planetárias multidimensionais atuam sobre os seres e os
estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção.
Na Coroa Divina, a Orixá
Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção
do Trono do Amor, que é o regente do sentido do Amor.
Oxum assume os mistérios
relacionados à concepção de vidas porque
o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união
e a concepção.
Todos devem saber que a água
é o melhor condutor das energias minerais e cristalinas.
Por esta sua qualidade única, surgem diversos tipos de
água, sendo que a água “doce” dos rios
é a melhor rede de distribuição de energias
minerais que temos na face da Terra. E o mar é o melhor
irradiador de energias cristalinas.
Saibam que a energia irradiada
pelo mar é cristalina e a energia irradiada pelos rios
é mineral. E justamente neste ponto, surgem confusões
quando confundem a Orixá Oxum com Yemanjá.
A energia mineral está
presente em todos os seres e também em todos os vegetais.
E por isto Oxum também está presente na linha do
Conhecimento, pois sua energia cria a “atração”
entre as células vegetais carregadas de elementos minerais.
Já em nível mental, a atuação pelo
conhecimento é uma irradiação carregada de
essências minerais ou de sentimento típicos de Oxum,
a concepção em si mesma.
Saibam que a Ciência dos
Orixás é tão vasta quanto divina, e está
na raiz do todo o saber, na origem de todas as criações
divinas e na natureza de todos os seres. É na Ciência
dos Orixás que as lendas se fundamentam, e não o
contrário. Leiam e releiam estes comentários até
entenderem esta magnífica ciência divina e apreenderem
suas chaves interpretadoras da ciência dos entrecruzamentos.
Se conseguirem estas duas coisas, temos certeza que daí
por diante entenderão porque a rosa vermelha é usada
como presente pelos namorados e a rosa branca é usada é
usada pelos filhos quando presenteiam suas mães. Ou porque
se oferece rosas vermelhas para oferendar pomba-gira, rosas brancas
para Yemanjá e rosas amarelas para oferendar Oxum, ou rosas
“cor de rosa” para as crianças (Erês).
Saibam que, se todas são
rosas, no entanto os pigmentos que as distinguem são os
condutores de “minerais” e de energias minerais. Para
um leigo, todas são rosas. Mas para um conhecedor, cada
rosa é um mistério em si mesma. E o mesmo acontece
com cada cor, certo?
Logo, o mesmo acontece com cada
Orixá Intermediário, que são mistérios
dos Orixás Maiores.Saibam também que todo jardim
com muitas roseiras é irradiador de essências minerais
que tornam o ambiente um catalisador natural das irradiações
de amor da divindade planetária que, amorosamente, chamamos
de Mamãe Oxum.Outra coisa que recomendo aos Umbandistas
é: por que vocês, ao invés de oferecerem rosas
às suas Oxuns, não plantam perto das cachoeiras
mudas de roseiras? As rosas murcham e logo apodrecem. Mas uma
muda de roseira cresce, floresce, embeleza e vivifica o santuário
natural dessas nossas mães do Amor.
Oferenda: Velas brancas, azuis
e amarelas; flores, frutos e essência de rosas; champagne
e licor de cereja, tudo depositado as pé de uma cachoeira.
OXÓSSI
Oxóssi é o caçador
por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo,
é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé
e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos
da fé quanto do saber religioso.
O Orixá Oxóssi
é tão conhecido que quase dispensa um comentário.
Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento
superior que explica o campo de atuação das hierarquias
deste Orixá regente do pólo positivo da linha do
Conhecimento.
O fato é que o Trono do
Conhecimento é uma divindade assentada na Coroa Divina,
é uma individualização do Trono das Sete
Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois pólos
magnéticos da linha do Conhecimento. O Orixá Oxóssi
rege o pólo positivo e a Orixá Obá rege o
pólo negativo.
Oxóssi irradia o conhecimento
e Obá o concentra.
Oxóssi estimula e Obá
anula.
Oxóssi vibra conhecimento
e Obá absorve as irradiações desordenadas
dos seres regidos pelos mistérios do Conhecimento.
Oxóssi é vegetal
e Obá é telúrica.
Oxóssi é de magnetismo
irradiante e Obá é de magnetismo absorvente.
Oxóssi está nos
vegetais e Obá está em sua raiz, como a terra fértil
onde eles crescem e se multiplicam.
Oxóssi é o raciocínio
hábil e Obá é o racional concentrador.
OFERENDA: Velas brancas, verdes
e rosa; cerveja, vinho doce e licor de caju; flores do campo e
frutas variadas, tudo depositado em bosques e matas
Xangô
Xangô é o Orixá
da Justiça e seu campo preferencial de atuação
é a razão, despertando nos seres o senso de equilibrio
e eqüidade, já que só conscientizando e despertando
para os reais valores da vida a evolução se processa
num fluir contínuo.
O Trono Regente Planetário
se individualiza nos sete Tronos Essenciais, que projetam-se energética,
magnética e vibratoriamente e criam sete linhas de forças
ou irradiações bipolarizadas, pois surgem dois pólos
diferenciados em positivo e negativo, irradiante e absorvente,
ativo e passivo, masculino e feminino, universal e cósmico.
Uma dessas projeções
é a do Trono da Justiça Divina que, ao irradiar-se,
cria a linha de forças da Justiça, pontificada por
Xangô e Egunitá (divindade natural cósmica
do Fogo Divino).
Na linha elemental da Justiça,
ígnea por excelência, Xangô e Egunitá
são os pólos magnéticos opostos. Por isto
eles se polarizam com a linha da Lei, que é eólica
por excelência.
Logo, Xangô polariza-se
com a eólica Iansã e Egunitá polariza-se
com o eólico Ogum, criando duas linhas mistas ou linhas
regentes do Ritual de Umbanda Sagrada.
O Orixá Xangô é
o Trono Natural da Justiça e está assentado no pólo
positivo da linha do Fogo Divino, de onde se projeta e faz surgir
sete hierarquias naturais de nível intermediário,
pontificadas pelos Xangôs regentes dos pólos e níveis
vibratórios intermediários da linha de forças
da Justiça Divina.
Estes sete Xangôs são
Orixás Naturais; são regentes de níveis vibratórios;
são multidimensionais e são irradiadores das qualidades,
dos atributos e das atribuições do Orixá
maior Xangô.
Eles aplicam os aspectos positivos
da justiça divina nos níveis vibratórios
positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos,
que são os aplicadores dos aspectos negativos da justiça
divina. Como, na Umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos
são os Exús e as Pomba-Giras.
Os Xangôs intermediários,
tal como todos os Orixás Intermediários, possuem
nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano
material. Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô
Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, etc. Enfim, são
nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos
Orixás Xangôs Intermediários. Só que
quem usa estes nomes simbólicos não são os
regentes dos pólos magnéticos da linha da Justiça,
e sim os seus intermediadores, que foram “humanizados”
e regem linhas de caboclos que manifestam- se no Ritual de Umbanda
Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação
e reação. Eles são os aplicadores “humanos”
dos aspectos positivos da justiça divina.
Logo, se alguém disser:
“Eu incorporo o Xangô tal”, com certeza está
incorporando o seu Xangô individual, que é um ser
natural de 6° grau vibratório, ou um espírito
reintegrado às hierarquias naturais regidas por estes Xangôs.
Nem no Candomblé se incorpora um Xangô de nível
intermediário ou qualquer outro Orixá desta magnitude.
O máximo que se alcança, em nível de incorporação,
é um Orixá de grau intermediador. Mas no geral,
todos incorporam seu Orixá individual natural, ou um espírito
reintegrado às hierarquias naturais e, portanto, um irradiador
de um dos aspectos do seu Orixá maior.
Temos, na Umbanda, os:
Xangôs da Pedra Branca,
Xangôs da Pedra Preta, Xangôs das Sete Pedreiras,
Xangô das Sete Montanhas, etc.
Que são todos eles, Orixás
Intermediadores e regentes de subníveis vibratórios
ou regentes de pólos energo-magnéticos cruzados
por muitas correntes eletromagnéticas, onde atuam como
aplicadores dos mistérios maiores, mas já em pólos
localizados em subníveis vibratórios. E todos estes
Xangôs intermediadores são regentes de imensas linhas
de trabalho, ação e reação. Ou não
é verdade que temos caboclos da Pedra Branca, da Pedra
Preta, do Fogo, etc.?
Meditem muito sobre o que aqui
comentei, pois em se tratando de Orixás, é preciso
conhecê-lo a partir da ciência divina ou nos perdemos
no abstracionismo e na imaginação humana. Reflitam
bastante e depois consultem seus mentores espirituais acerca do
que aqui estou ensinando, irmão em Oxalá.
Oferenda: Velas brancas, vermelhas
e marrom; cerveja escura, vinho tinto e licor de ambrosia; flores
diversas, tudo depositado em uma cachoeira, montanha ou pedreira.
OGUM
Ogum é o Orixá
da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória
entre a razão e a emoção. É o Trono
Regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos
dos seres em todos os sentidos.
Ogum é sinônimo
de lei e ordem e seu campo de atuação é a
ordenação dos processos e dos procedimentos. O Trono
da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha
pura do ar elemental, já com dois pólos magnéticos
ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos.
O pólo magnético positivo é ocupado por Ogum
e o pólo negativo é ocupado por Iansã. Esta
linha eólica pura dá sustentação a
milhões de seres elementais do ar, até que eles
estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns
têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água
seu segundo elemento, etc.
Portanto, na linha pura do “ar
elemental” só temos Ogum e Iansã como regentes.
Mas se estes dois Orixás
são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora),
então eles se projetam e dão início às
suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através
da Umbanda. Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum
e Iansã são Orixás Intermediários
ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças
da Lei.
Saibam que Oxalá tem sete
Orixás Intermediários positivos e tem outros sete
negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás
neutros; Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas
e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi
tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos,
que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma
hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material;
Xangô tem sete Orixás intermediários positivos
e tem sete negativos, que são seus opostos.
E o mesmo acontece com Obaluayê
e Yemanjá. Agora, Ogum e Iansã são os regentes
do mistério “Guardião” e suas hierarquias
não são formadas por Orixás opostos em níveis
vibratórios e pólos magnéticos opostos, como
acontece com outros. Não, senhores! Ogum e Iansã
formam hierarquias verticais retas ou seqüenciais, sem quebra
de “estilo” , pois todos os Oguns, sejam os regentes
dos pólos positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos
negativos, todos atuam da mesma forma e movidos por um único
sentido: aplicadores da Lei!
Todo Ogum é aplicador
natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez
e firmeza, pois mão se permitem uma conduta alternativa.
Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei,
mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às
condutas liberais dos freqüentadores das tendas de Umbanda,
sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos
médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.
Dizemos que Ogum é, em
si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e
pronto para agir onde lhe for ordenado.
OFERENDA: Velas brancas, azuis
e vermelhas; cerveja, vinho tinto licoroso; flores diversas e
cravos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas, etc.
Obaluaiyê
Obaluaiyê é o Orixá
que atua na Evolução e seu campo preferencial é
aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório
ou estágio da evolução para outro.
O Orixá Obaluaiyê
é o regente do pólo magnético masculino da
linha da Evolução, que surge a partir da projeção
do Trono Essencial do Saber ou Trono da Evolução.
O Trono da Evolução
é um dos sete Tronos essenciais que formam a Coroa Divina
regente do planeta, e em sua projeção faz surgir,
na Umbanda, a linha da Evolução, em cujo pólo
magnético positivo, masculino e irradiante, está
assentado o Orixá Natural Obaluaiyê, e em cujo pólo
magnético negativo, feminino e absorvente está assentada
a Orixá Nanã Buruquê. Ambos são Orixás
de magnetismo misto e cuidam das passagens dos estágios
evolutivos.
Ambos são Orixás
terra-água (magneticamente, certo?). Obaluaiyê é
ativo no magnetismo telúrico e passivo no magnetismo aquático.
Nanã é ativa no magnetismo aquático e passiva
no magnetismo telúrico. Mas ambos atuam passivamente, o
outro atua ativamente
Nanã decanta os espíritos
que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão
energético que une o espírito ao corpo (feto), que
será recebido no útero materno assim que alcança
o desenvolvimento celular básico (órgãos
físicos).
É o mistério “Obaluaiyê”
que reduz o corpo plasmático do espírito até
que fique do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno.
Nesta redução, o espírito assume todas as
características e feições do seu novo corpo
carnal, já formado.
Muito associam o divino Obaluaiyê
apenas com o Orixá curador, que ele realmente é,
pois cura mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do que
já o descreveram. Ele é o “Senhor das Passagens”
de um plano para outro, de uma dimensão para a outra, e
mesmo do espírito para a carne e vice-versa.
Espero que os Umbandistas deixem
de temê-lo e passem a amá-lo e adorá-lo pelo
que ele realmente é: um Trono Divino que cuida da evolução
dos seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam
as abstrações dos que se apegaram a alguns de seus
aspectos negativos e os usam para assustar seus semelhantes.
Estes manipuladores dos aspectos
negativos do Orixá Obaluaiyê certamente conhecerão
os Orixás cósmicos que lidam com o negativo dele.
Ao contrário dos tolerantes Exús da Umbanda, estes
Obaluaiyês cósmicos são intolerantes com quem
invoca os aspectos negativos do Orixá maior Obaluaiyê
para atingir seus semelhantes. E o que tem de supostos “pais
de Santo” apodrecendo nos seus pólos magnéticos
negativos só porque deram mau uso aos aspectos negativos
de Obaluaiyê... Bem, deixemos que eles mesmos cuidem de
suas lepras emocionais. Certo?
Oferenda: Velas brancas e brancas/pretas;
vinho rosé licoroso, água potável; coco fatiado
coberto com mel e pipocas; rosas, margaridas e crisântemos,
tudo depositado no cruzeiro do cemitério, á beira-mar
ou á beira de um lago.
Yemanjá
Yemanjá é o Trono
feminino da Geração e seu campo preferencial de
atuação é no amparo à maternidade.
Yemanjá é por demais
conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la.
O fato é que o Trono Essencial
da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se
e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em
cujo pólo magnético positivo está assentada
a Orixá Natural Yemanjá, e em cujo pólo magnético
negativo está assentado o Orixá Omulu.
Yemanjá, a nossa amada
Mãe da Vida é a água que vivifica e o nosso
amado pai Omulu é a terra que amolda os viventes. Como
dedicamos um comentário extenso ao Orixá Omulu,
vamos nos concentrar em Yemanjá.
Yemanjá rege sobre a geração
e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente.
Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos
ocupados por sete Yemanjás intermediarias, que são
as regentes dos níveis vibratórios positivos e são
as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos, pois Yemanjá
não possui aspectos negativos.
Estas sete Yemanjás são
intermediárias e comandam incontáveis linhas de
trabalho dentro da Umbanda. Suas Orixás intermediadoras
estão espalhadas por todos os níveis vibratórios
positivos, onde atuam como mães da “criação”,
sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou paternais.
Todas atuam a nível multidimensional
e projetam-se também para a dimensão humana, onde
têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm suas
hierarquias de Orixás Yemanjás intermediadoras,
que regem hierarquias de espíritos religados às
hierarquias naturais.
OFERENDA: Velas brancas; azuis e rosas; champagne, calda de ameixa
ou de pêssego, manjar, arroz-doce e melão; rosas
e palmas brancas, tudo depositado à beira-mar.
ORIXÁS CÓSMICOS
Oiá
Oiá é a orixá
do Tempo e seu campo preferencial de atuação é
o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso
O “Tempo” é
a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada
mãe Oiá, porque é na eternidade do tempo
e na infinitude de Deus que todas as evoluções acontecem.
A orixá Oiá forma um pólo magnético
vibratório e energético oposto ao do orixá
Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é
a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete
irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo
de atuação de nossa amada mãe Oiá
é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres,
todos em continua evolução.
Oiá é a regente
cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio
cósmico onde são retidos todos os espíritos
que atentam contra os princípios divinos que sustentam
a religiosidade na vida dos seres.
“Tempo”, eis as qualidades,
atributos e atribuições negativas de Oiá,
de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou
magos negros que recorrem ao “Tempo” para prejudicar
seus semelhantes com seus ebós sujos e suas magias negras.
Oiá é a orixá regente do pólo negativo
da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas
de Umbanda e, com Oxalá assentado em seu pólo positivo,
dão sustentação a todas as manifestações
da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes”
virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores
da evolução religiosa dos seres.
Quando Oiá “vira
no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu
filho indireto (que têm a coroa regida por outros orixás),
então sua vidaentra em parafuso e só deixará
de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela
existia. Isto é Oiá, amados filhos dos orixás!
Mãe religiosa por sua excelência divina, mas mãe
rigorosa por sua natureza cósmica, cujo principal atributo
junto dos espíritos humanos é o de esgotar o lobo
sanguinário que oculta-se por baixo da pele de cordeiro.
Enquanto Oxalá é
irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos
de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são
introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza
forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude”
9já que, das mães divinas, ela é a mais ciumenta
por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos.
Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães
divinas!
Se ela é assim, é
porque ela é a orixá que, junto com Oxalá,
rege a primeira linha de Umbanda, que é a linha da Religiosidade.
Logo, os filhos de Umbanda, que têm em Oxalá o divino
Pai da Fé, também devem cultuar a divina mãe
Oiá. Com ele no pólo positivo e ela no pólo
negativo, forma-se o par dos orixás excelsos que regem
a linha da Fé e estimulam a religiosidade nos seres.
Oxumaré
Oxumaré é o orixá
que rege sobre a sexualidade e seu campo preferencial de atuação
é o da renovação dos seres, em todos os aspectos.
Oxumaré é um dos
orixás mais conhecidos, e no entanto é o mais desconhecido
dos orixás dentro da Umbanda, pois os médiuns só
cultuam a orixá Oxum, que na linha do Amor ou da Concepção
forma com ele a segunda linha de Umbanda. O aspecto positivo de
Oxumaré, que nos chega através das lendas dos orixás,
é que ele simboliza a renovação. Isto é
verdadeiro. E o aspecto mais negativo é que ele é
andrógino, ou parte macho e parte fêmea. Mas isto
não é verdade. É inadmissível que
uma divindade planetária tenha essas qualidades bissexuais,
que só acontecem em seres com disfunções
genéticas que provocam má formação,
ou dupla formação, dos órgãos sexuais,
e em seres com desequilíbrios emocionais ou conscienciais
que fazem com que, psiquicamente, eles troquem seus sinais mentais
e invertam sua sexualidade.
Portanto, não tem sustentação
alguns médiuns, com seus sinais sexuais trocados, alegarem
que são homossexuais porque são filhos de Oxumaré
e que ele é um orixá que por seis meses é
macho e por seis meses é fêmea.
Seres humanos com má-formações
emocionais, mentais, genéticas ou conscienciais, no afã
de se justificarem, passam às divindades suas vicissitudes
humanas e não atentam para um detalhe fundamental: com
seus desequilíbrios, estão desfigurando divindades
planetárias que existem no mundo desde que Deus o criou,
que são imutáveis em sua natureza, seja ela masculina
ou feminina, e que regem alguns sentidos dos seres humanos, mas
também regem outras dimensões planetárias
paralelas à dimensão humana da vida.
Logo, desumanizaram uma divindade
que humanizou algumas de suas qualidades, atributos e atribuições
somente para acelerar nossa evolução e nos conduzir
pelo caminho reto. Bastará um pouco de bom senso para detectar,
nesta caracterização negativa de Oxumaré,
uma justificativa de seres com desequilíbrios emocionais,
mentais, conscienciais ou genéticos, já que uma
divindade é de natureza positiva ou negativa, ativa ou
passiva e masculina ou feminina, mas nunca possui as duas em si
mesma.
Logo, que cultue um Oxumaré
andrógino aquele que é desprovido do bom senso,
certo? “Quem não souber valorizar a religiosidade
que o libertará da terra, então que pague caro pela
religiosidade que o aprisionará num diletantismo materialista!”
Saibam que é isto que tem feito, e muito bem, este nosso
irmão cósmico encarnado que, após ser afastado
da Umbanda, criou todo um culto cuja doutrina, ao invés
de pregar os valores maiores de Jesus Cristo, tem pregado, religiosamente,
os seus próprios valores da “mais valia”. E
também tem cobrado de seus fiéis seguidores o justo
preço que ele estipulou: tudo o que puder tirar deles para
usar em seu próprio benefício, ou de sua “igreja.
Que pague para cultuar Deus quem não aprendeu a amá-Lo
e adorá-Lo de graça! Certo?
Oxumaré, tal como revela
a lenda dos orixás , e a renovação continua,
mas em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um
ser. Sua identificação com Dá, a Serpente
do Arco-íris, não aconteceu por acaso, pois Oxumaré
irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações
divinas que dão origem às Sete Linhas de Umbanda.
E ele atua nas sete irradiações como elemento renovador.
Oxumaré é a renovação do amor na vida
dos seres. E onde o amor cedeu lugar à paixão, ou
foi substituído pelo ciúme, então cessa a
irradiação de Oxum e inicia-se a dele, que é
diluidora tanto da paixão como do ciúme.
Ele dilui a religiosidade já
estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocionalmente, a
outra religião, cuja doutrina o auxiliará a evoluir
no caminho reto. Ou não é comum os testemunhos dados
pelos neo-convictos no púlpito dos pastores mercantilistas,
que dizem quase todos isto:
“Irmãos, quando
eu freqüentava a Umbanda, eu fornicava, traia minha esposa
e irmãos, gastava meu ordenado no jogo e nas bebidas, mentia,
mas desde que me converti e me entreguei a Jesus, tudo em minha
vida mudou. Hoje vivo para minha esposa e filhos, e para Jesus!”.
Sem dúvida, concordamos nós. Mas... porque o mesmo
irmão não ouviu os conselhos recebidos nos centros
de Umbanda, que, se seguidos corretamente, o teriam conduzido
pelo caminho reto? Não, ele não só não
deu ouvidos às orientações dos guias e dos
pais e mães espirituais, como deu vazão ao seu emocional
e deu início ao mau uso do que aprendia dentro de uma religião
magística por excelência, quando solicitava aos exus
que fechassem os caminhos de seus desafetos em todos os campos
da vida, além de pedir outras coisas, tais como: mulher,
dinheiro, posses, etc. E ele não diz que nasceu numa família
católica e cristã, mas porque era um relapso para
as coisas da fé, foi até a Umbanda para ver se nela
se emendava. Como não conseguiu, logo acabou retomando
ao reformatório religioso de Jesus Cristo.
Pois é isto o que são
as igrejas evangélicas: reformatórios religiosos
onde nosso amado mestre Jesus recolhe os que nasceram sob sua
irradiação luminosa, mas não souberam captá-la
da forma passiva como ela é passada pela Igreja Católica.
Ele, que é bondade, amor e misericórdia, os conduz
às divindades naturais (que são os orixás),
os conduz ao espiritismo e a muitas outras doutrinas para ver
se encontram uma onde suas naturezas ativas absorvam irradiações
luminosas.
Mas, quando vê que eles
não se adaptam em nenhuma delas, ativa seu pólo
cósmico, e um de seus aspectos negativos logo os arrasta
para um de seus reformatórios religiosos, para que eles
voltem a trilhar o caminho reto. E se o aspecto negativo ativado
não conseguir reconduzi-los ainda na carne, não
desistirá, mesmo depois de desencarnar.
Renovação, eis
a palavra chave que bem define o divino Oxumaré que, em
seu aspecto negativo, tem um mistério escuro chamado por
nós de “Sete Cobras” ou “Sete Caminhos
Tortuosos”, que é por onde transitam todos os seres
que saíram do caminho reto e entraram nos desvios da vida,
que sempre conduzem aos caminhos da morte. Bem, já falamos
sobre vários aspectos do nosso pai Oxumaré e de
nossa amada mãe Oxum, que formam um par energético,
magnético, vibratório que dá formação
à segunda linha de Umbanda, que é a linha do Amor
ou da Concepção.
Obá
Obá é a orixá
que aquieta e densifica o racional dos seres, já que seu
campo preferencial de atuação é o esgotamento
dos conhecimentos desvirtuados.
Comentar sobre nossa amada mãe
Obá é motivo de satisfação, pois,
nas lendas, resumem sua existência ao papel de esposa repudiada
por Xangô. Mas, justiça lhe seja feita, as lendas
vêm sendo repetidas a tanto tempo, e às vezes de
forma tão empobrecida pelas transmissões orais que,
até como lendas, deixam a desejar e mostram como é
deficiente o conhecimento sobre o campo de ação
dos orixás.
Saibam que a orixá Obá
que nós conhecemos e aprendemos a amar e reverenciar é
uma divindade regida pelos elementos terra e vegetal, e forma
com Oxóssi a terceira linha de Umbanda Sagrada, que rege
o Conhecimento. Oxóssi está assentado no pólo
positivo e irradiante desta linha e Obá está assentada
em seu pólo negativo ou cósmico, que é absorvente.
Esta lenda, na verdade, refere-se
a um rei que, como herdeiro das qualidades de Xangô, tinha
várias esposas, que também se apresentavam como
herdeiras das qualidades das orixás femininas. E, se o
que esta lenda conta é verdade, no entanto só se
refere a personagens humanos que eram tidos na conta de semideuses.
Mas é só, porque esta história de orixá
disputar pelejas tipicamente humanas e carnais, está mais
para coisas humanas de que mistérios divinos. E, não
tenham dúvidas de que os orixás são mistérios
divinos que foram, em muitos casos, descaracterizados pelas próprias
lendas, que visam eternizá-los na mente e nos corações
humanos.
Saibam que Obá é
uma orixá cósmica cujo elemento original é
a terra, pois ela é orixá telúrica por excelência
e atua nos seres através do terceiro sentido da vida, que
é o Conhecimento, que desenvolve o raciocínio e
a capacidade de assimilação mental da realidade
visível, ou somente perceptível, que influencia
nossa vida e evolução continua. Já o seu
segundo elemento é o vegetal. Enquanto o orixá Oxóssi,
o mitológico caçador, estimula a busca do conhecimento
(evolução), Obá atrai e paralisa o ser que
está se desvirtuando justamente porque assimilou de forma
viciada os conhecimentos puros.
O culto à orixá
Obá iniciou-se a quatro milênios atrás com
a irradiação simultânea de uma de suas qualidades
ou aspectos, a várias partes do mundo, quando, então,
ela se humanizou.
E se nossa amada mãe Obá
já recolheu boa parte de seus filhos encantados que se
espiritualizaram, muitos ainda estão evoluindo nos dois
lados da dimensão humana.
Muitos dos seus filhos são,
hoje e na Umbanda, alguns dos mais silenciosos exus e das mais
discretas pomba-giras, dos mais aguerridos caboclos e caboclas,
resolutos nas suas ações, precisos nos seus conselhos,
e não são de muita conversa quando sentem que o
conhecimento que trazem não é assimilado por seus
médiuns ou pelas pessoas que os consultam.
Agora, deixando os aspectos individuais
ou comentários de apoio, o fato é que nossa amada
mãe Obá é uma divindade planetária,
regente do pólo negativo da linha do Conhecimento, que
é a terceira linha de forças de Umbanda Sagrada.
Ela e Oxóssi formam esta
linha e atuam em pólos opostos: enquanto ele estimula a
busca do conhecimento, ela paralisa os seres que se desvirtuaram
justamente porque adquiriram conhecimentos viciados, distorcidos
ou falsos.
O campo onde Obá mais
atua é o religioso. Como divindade cósmica responsável
por paralisar os excessos cometidos pelas pessoas que dominam
o conhecimento religioso, uma de suas funções é
paralisar os conhecimentos viciados e aquietar os seres antes
que cometam erros irreparáveis.
O ser que está sendo atuado
por Obá começa a desinteressar-se pelo assunto que
tanto o atraia e torna-se meio apático, alguns até
perdendo sua desvirtuada capacidade de raciocinar.
Então, quando o ser já
foi paralisado e teve seu emocional descarregado dos conceitos
falsos, ai ela o conduz ao campo de ação de Oxóssi,
que começará a atuar no sentido de redirecioná-lo
na linha reta do conhecimento.
É certo que esta atuação
que descrevemos é a que Obá realiza através
do seu aspecto positivo ou luminoso, por onde fluem suas qualidades,
atributos e atribuições positivas.
Mas como todo orixá cósmico,
ela também possui seus aspectos negativos, que ativa sempre
que é preciso acelerar a paralisação de um
ser que, com seus conhecimentos, está prejudicando muitas
pessoas e atrapalhando suas evoluções pois está
induzindo-as a seguirem em uma direção contrária
à que a Lei Maior reservou-lhes.
Saibam que todas as doutrinas
religiosas rígidas e rigorosas com seus adeptos têm
a sustentá-las a silenciosa atuação de nossa
amada mãe Obá.
Vasto é o campo de atuação
de nossa amada mãe Obá e aqui não dá
para mostrá-lo todo. Mas acreditamos que os filhos de Umbanda
já entenderam onde e quando ela atua.
E, porque ela atua de forma silenciosa
e vai paralisando os seres que dão mau uso ao dom do raciocino
e aos conhecimentos adquiridos, e atua preferencialmente no campo
religioso, então está na hora de resgatar os aspectos
luminosos dessa amada mãe cósmica e lançar
no lixo religioso a lenda que denigre sua imagem humana, pois
foi por amor a nós, espíritos humanos, que ela se
humanizou e ajudou a acelerar nossa evolução.
Que fiquem propagando sua falsa
humanização os que um dia haverão de conhecer
as verdades sobre Obá, mas nos domínios de seus
aspectos negativos
Egunitá
Egunitá é o Orixá
Cósmico aplicador da Justiça Divina na vida dos
seres racionalmente desequilibrados
Fogo, eis o mistério de
nossa amada mãe Egunitá, regente cósmica
do Fogo e da Justiça Divina que purifica os excessos emocionais
dos seres desequilibrados, desvirtuados e viciados. Os hindus
nos legaram uma divindade cósmica do fogo, punidora das
falhas, dos erros e das paixões humanas por excelência.
Kali, no panteão hindu, é uma divindade temida e
evitada por todos os que desconhecem seu mistério e o porquê
de sua existência em oposição à de
Agni, o Senhor do Fogo Divino, do fogo da Fé.?
O fato é que todas as
irradiações divinas, enquanto são apenas
essências, são neutras. Mas quando se condensam e
dão origem aos elementos, ai se polarizam em todos os sentidos
e assumem naturezas bem distintas. Pois aí, no fogo, surgem
Agni e Kali. Ele é o fogo em seu aspecto positivo e ela
o é em seu aspecto negativo, ou o fogo da purificação
das ilusões humanas. Agni é o fogo da fé
e Kali é o fogo das paixões humanas. Agni é
pólo masculino e Kali é pólo feminino. Agni
é passivo e irradiante e Kali é ativa e atratora.
Agni ilumina o ser e Kali o toma rubro. Agni é o raio dourado
e Kali é o raio rubro. Agni é a serpente flamigea
da Fé e Kali é a serpente rubra da paixão.
Agni é a chama que aquece e Kali é o braseiro que
queima.
Esperamos que tenham entendido
que, se recorremos às divindades hindus Agni e Kali, foi
para mostrar como um mesmo elemento possui dois pólos,
duas naturezas, duas formas de nos alcançar e de nos estimular
ou de nos paralisar; de acelerar ou paralisar nossa evolução;
de estimular nossa fé ou de esgotar nossos emocionais desequilibrados.
Agora, coloquem no lugar de Agni
o nosso amado orixá Xangô e no lugar de Kali a nossa
amada mãe Egunitá e teremos os mesmos aspectos divinos,
mas irradiados por divindades humanizadas em solo africano. Teremos
a linha pura do fogo elemental, cujas energias incandescentes
e flamejantes tanto consomem os vícios quanto estimulam
o sentimento de justiça, que são as qualidades,
atributos e atribuições de Xangô e Egunitá:
aplicar a Justiça Divina em todos os sentidos da vida!
Afinal, ou entendemos as divindades
a partir da ciência ou até o ano 3000 d.C. ainda
estaremos adorando-as somente através dos fenômenos
da natureza. E não é isto que elas desejam de nós,
e não foi para isto que deram inicio à sua renovação
através da Umbanda, certo? Nossa mãe Egunitá
é fogo puro e suas irradiações cósmicas
absorvem o ar pois seu magnetismo é negativo e atrai este
elemento, com o qual se energiza e se irradia até onde
houver ar para dar-lhe esta sustentação energética
e elemental.
Como Egunitá (fogo) é
feminina, ela se polariza com Ogum (ar), que é masculino
e lhe dá a sustentação do elemento que precisa,
mas de forma passiva e ordenada. Só assim suas irradiações
acontecem de forma ordenada e alcançam apenas o objetivo
que ela identificou. Se ela polarizasse com Iansã, suas
energias não seriam irradiadas porque aconteceria uma propagação
delas na forma de labaredas, já que as duas são
de magnetismo e elemento feminino. Eis ai a chave das polarizações,
que obedecem a uma ordenação das irradiações
através dos magnetismos.
O inverso acontece com Ogum,
que é passivo e só se torna ativo em seu segundo
elemento, que é o fogo que o alimenta, aquecendo-o e energizando
suas irradiações. Ogum, enquanto aplicador da Lei,
atua nos campos da justiça como aplicador das sentenças.
Logo, se Ogum absorver o fogo
de Xangô, que também é passivo em seu magnetismo,
este fogo só irá consumir o ar de Ogum e não
irá gerar a energia ígnea que fluiria como calor
através das irradiações retas do seu magnetismo,
que é passivo. Ogum é passivo no magnetismo eólico
e ativo em seu segundo elemento, que é o fogo que energiza
(aquece) o ar. Ogum irradia em linha reta (irradiação
continua). Xangô irradia em linha reta (irradiação
continua). Iansã irradia em espirais (irradiação
circular). Egunitá irradia por propagação
(irradiação propagada). Xangô polariza com
Iansã, e suas irradiações passivas se tornam
ativas no ar (raios); Egunitá polariza com Ogum, e suas
irradiações por propagação magnética
assumem a forma de fachos flamejantes.
Observem que Lei e Justiça
são inseparáveis e para comentarmos Egunitá
temos de envolver Ogum, Xangô e Iansã, que são
os outros três orixás que também se polarizam
e criam campos específicos de duas das Sete Linhas de Umbanda.
Ela é cósmica (negativa) e seu primeiro elemento
é o fogo, que se polariza com seu segundo elemento que
é o ar. Portanto, como o fogo é o elemento da linha
da Justiça, ela é uma divindade que aplica a Justiça
Divina na vida dos seres. E, porque o ar é o seu segundo
elemento, que a alimenta e energiza e é o elemento da linha
da Lei, ela é uma divindade que aplica a justiça
como agente ativa da Lei e consome os vícios emocionais
e os desequilíbrios mentais dos seres.
Os vícios emocionais tornam
os seres insensíveis à dor alheia. Os desequilíbrios
mentais transformam os seres em tormentos para seus semelhantes.
As divindades têm uma função a realizar e
nós sempre seremos beneficiários de sua atuação.
Quando nos paralisam, também estão nos ajudando,
pois estão evitando que continuemos trilhando um caminho
que nos conduzirá a um ponto sem retorno. Ela é
a executora da Justiça Divina nos campos da Lei, regidos
por Ogum no pólo positivo da linha pura da Lei.
Iansã
Iansã é a aplicadora
da Lei na vida dos seres emocionados pelos vícios. Seus
campo preferencial de atuação é o emocional
dos seres: ela os esgota e os redireciona, abrindo-lhes novos
campos por onde evoluirão de forma menos “emocional”.
No comentário sobre o
orixá Egunitá já abordamos nossa amada mãe
lansã. Logo, aqui seremos breves em nosso comentário
sobre ela, que também foi analisada no capitulo reservado
ao orixá Ogum. Como dissemos antes, lansã, em seu
primeiro elemento, e ar e forma com Ogum um par energético
onde ele rege o pólo positivo e é passivo pois suas
irradiações magnéticas são retas.
lansã é negativa e ativa, e suas irradiações
magnéticas são circulares ou espiraladas. Observem
que lansã se irradia de formas diferentes: é cósmica
(ativa) e é o orixá que ocupa o pólo negativo
da linha elemental pura do ar, onde polariza com Ogum. Já
em seu segundo elemento ela polariza com Xangô, e atua como
o pólo ativo da linha da Justiça, que é uma
das sete irradiações divinas.
Na linha da Justiça, lansã
é seu aspecto móvel e Xangô é seu aspecto
assentado ou imutável, pois ela atua na transformação
dos seres através de seus magnetismos negativos.
lansã aplica a Lei nos
campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de
suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei
e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental
e consciência, para, só então, redirecioná-lo
numa outra linha de evolução, que o aquietará
e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.
As energias irradiadas por lansã
densificam o mental, diminuindo seu magnetismo, e estimulam o
emocional, acelerando suas vibrações. Com isso,
o ser se torna mais emotivo e mais facilmente é redirecionado.
Mas quando não é possível reconduzi-lo à
linha reta da evolução, então uma de suas
sete intermediárias cósmicas, que atuam em seus
aspectos negativos, paralisam o ser e o retém em um dos
campos de esgotamento mental, emocional e energético, até
que ele tenha sido esgotado de seu negativismo e tenha descarregado
todo o seu emocional desvirtuado e viciado.
Nossa amada mãe Iansã
possui vinte e uma lansãs intermediárias, que são
assim distribuídas: Sete atuam junto aos pólos magnéticos
irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos
positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios
da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da
orixá planetária Iansã. Sete atuam junto
aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás
regentes dos pólos negativos, onde entram como aplicadoras
da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos
negativos da orixá planetária Iansã. Sete
atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias,
onde, regidas pelos princípios da Lei, ou direcionam os
seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam
para as faixas negativas.
Enfim, são vinte e uma
orixás lansãs intermediárias aplicadoras
da Lei nas Sete Linhas de Umbanda. Como seus campos preferenciais
de atuação são os religiosos, não
é de se estranhar que nossa amada mãe lansã
intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo
seja confundida com a própria Oiá, já que
é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo
da religiosidade. lansã do Tempo, não tenham dúvidas,
tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos
desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde
serão esgotados.
Mas, não tenham dúvidas,
antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los,
só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo
os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os
sete sentidos é necessário. E isto o Tempo faz muito
bem! Já lansã Bale, do Bale, ou das Almas, é
outra intermediária de nossa mãe maior lansã
que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente
sobre os espíritos que desvirtuam os princípios
da Lei que dão sustentação à vida
e, como vida é geração e Omulu atua no pólo
negativo da linha da Geração, então ela envia
aos domínios de Tatá Omulu todos os espíritos
que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem
os princípios da Lei e da Justiça Divina.
Logo, seu campo escuro localiza-se
nos domínios do orixá Omulu, que rege sobre o lado
de “baixo” do campo santo. Mas também são
muito conhecidas as lansãs intermediárias Sete Pedreiras,
dos Raios, do Mar, das Cachoeiras e dos Ventos (lansã pura).
As outras assumem os nomes dos elementos que lhes chegam através
das irradiações inclinadas dos outros orixás,
quando surgem as Iansãs irradiantes e multicoloridas. Temos:
• uma Iansã do Ar. • uma Iansã Cristalina.
• uma lansã Mineral. • uma Iansã Vegetal.
• uma lansã Ígnea. • uma lansã
Telúrica. • uma lansã Aquática. Bom,
só por esta amostra dos múltiplos aspectos de nossa
amada regente feminina do ar, já deu para se ter uma idéia
do imenso campo de ação do mistério “Iansã”.
O fato é que ela aplica
a Lei nos campos da Justiça Divina e transforma os seres
desequilibrados com suas irradiações espiraladas,
que o fazem girar até que tenham descarregado seus emocionais
desvirtuados e suas consciências desordenadas! Não
vamos nos alongar mais, pois muito já foi dito e escrito
sobre a “Senhora dos Ventos”.
Nanã
A orixá Nanã rege
sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação
é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados
e preparando-os para uma nova “vida”, já mais
equilibrada.
A orixá Nanã Buruquê
rege uma dimensão formada por dois elementos, que são:
terra e água. Ela é de natureza cósmica pois
seu campo preferencial de atuação é o emocional
dos seres que, quando recebem suas irradiações,
aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções
paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado
por uma decantação completa de seus vícios
e desequilíbrios mentais. Nanã forma com Obaluaiyê
a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução.
E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material
(encarnação), ela atua na decantação
emocional e no adormecimento do espírito que irá
encarnar. Saibam que os orixás Obá e Omulu são
regidos por magnetismos “terra pura”, enquanto Nanã
e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos “terra-água”.
Obaluaiyê absorve essência telúrica e irradia
energia elemental telúrica, mas também absorve energia
elemental aquática, fraciona-a em essência aquática
e a mistura à sua irradiação elemental telúrica,
que se torna “úmida”. Já Nanã,
atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática
e a irradia como energia elemental aquática; absorve o
elemento terra e, após fracioná-lo em essência,
irradia-o junto com sua energia aquática.
Estes dois orixás são
únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma
linha de forças e, com processos inversos, regem a evolução
dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito
que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em uma irradiação
especial, que reduz o corpo energético, já adormecido,
até o tamanho do feto já formado dentro do útero
materno onde está sendo gerado .
Este mistério divino que
reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já
está ligado desde que ocorreu a fecundação
do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado
pai Obaluaiyê, que é o “Senhor das Passagens”
de um plano para outro.
Já nossa amada mãe
Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar
em uma irradiação única, que dilui todos
os acúmulos energéticos, assim como adormece sua
memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde
não se lembrará de nada do que já vivenciou.
É por isso que Nanã é associada à
senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa
a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto, um dos campos de atuação de Nanã
é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi
aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos
do espírito para que eles não interfiram com o destino
traçado para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é
encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum
estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá,
estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando
tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.
Nas “linhas da vida”, encontramos os orixás
atuando através dos sentidos e das energias. E cada um
rege uma etapa da vida dos seres.
Logo, quem quiser ser categórico
sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque
onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos.
E o que está visível nem sempre é o principal
aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos
positivos forma pares com todos os outros treze orixás,
mas sem nunca perder suas qualidades “água-terra”.
Já em seus aspectos negativos, bem, como a Umbanda não
lida com eles, que os comente quem lidar, certo?
Omulú
Omulú é o orixá
que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material
para o plano espiritual (desencarne)
É com tristeza que temos
visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado
o nome do nosso amado Pai Omulu. E no entanto descobrimos que
este medo é um dos frutos amargos que nos foram legados
pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro,
pois difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos
orixás, já que Omulu é o guardião
divino dos espíritos caídos. O orixá Omulu
guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante
sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação
de seus vícios emocionais. Mas ele não pune ou castiga
ninguém, pois estas ações são atributos
da Lei Divina, que também não pune ou castiga. Ela
apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne.
E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal,
mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete
domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos,
que são magneticamente negativos. E Tatá Omulu é
um desses guardiões divinos que consagrou a si e à
sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos
caídos perante as leis que dão sustentação
a todas as manifestações da vida..
Esta qualidade divina do nosso
amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e
o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá
Omulu é um dos orixás mais “perigosos”
de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não
o descrevem como implacável nas suas punições.
Ele, na linha da Geração,
que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético,
magnético e vibratório com nossa amada mãe
Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que
atentam contra os princípios que dão sustentação
às manifestações da vida. Em Tatá
Omulu descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que
uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos
caídos. E foi por amor a nós que ele assumiu a incumbência
de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos
a atentar contra os princípios da vida. Enquanto a nossa
mãe Yemanjá estimula em nós a geração,
o nosso pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos
geradores.
Mas esta “geração”
não se restringe só à hereditariedade, já
que temos muitas faculdades além desta, de fundo sexual.
Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimentos,
inventos, doutrinas, religiosidades, anseios, desejos, angústias,
depressões, fobias, leis, preceitos, princípios,
templos, etc. Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se
elas estiverem em acordo com os princípios sustentados
pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o
nome de “linha da Geração” ou “sétima
linha de Umbanda”, então estamos sob a irradiação
da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.
Mas, se em nossas “gerações”,
atentarmos contra os princípios da vida codificados como
os únicos responsáveis pela sua multiplicação,
então já estaremos sob a irradiação
do divino pai Omulu, que nos paralisará e começará
a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender
de nós mesmos, já que sempre que uma ação
nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu,
feriu e nos escureceu, colocando-nos em um de seus sombrios domínios.
Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios
todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo,
pensaram que estavam atingindo seus semelhantes. E, por amor,
ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação,
nós mesmos tenhamos nos curado para retomarmos ao caminho
reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e
multiplicadores de suas benesses.
Todos somos dotados dessa faculdade,
já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós
mesmos, através de nossa sexualidade seja nas idéias,
através de nosso raciocínio, assim como geramos
muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina.
Tatá Omulu, em seu pólo positivo, é o curador
divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente. Se
orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em
nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório
e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto
nos conduzir a um médico que detectará de imediato
a doença e receitaria medicação correta.
O orixá Omulu atua em
todos os seres humanos, independente de qual,. seja a sua religião.
Mas esta atuação geral e planetária processa-se
através de, uma faixa vibratória especifica e exclusiva,
pois é através dela que fluem as irradiações
divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de “Mistério
da Morte”. Tatá Omulu, enquanto força cósmica
e mistério divino, é a energia que se condensa em
torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico,
e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano
para o outro.
Neste caso ele não se
apresenta como o espectro da morte coberto com manto e capuz negro,
empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida. Esta descrição
é apenas uma forma simbólica ou estilizada de se
descrever a força divina que ceifa a vida na carne. Na
verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de
cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a
morte é natural e fulminante, como pode ir se condensando
em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o
espírito, que já entrou em desarmonia vibratória
porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu
desencarne de forma passiva.
O orixá Omulu atua em
todas as religiões e em algumas é nominado de “Anjo
da Morte” e em outras de divindade ou “Senhor dos
Mortos”. No antigo Egito ele foi muito cultuado e difundido
e foi dali que partiram sacerdotes que o divulgaram em muitas
culturas de então. Mas com o advento do Cristianismo seu
culto foi desestimulado já que a religião cristã
recorre aos termos “anjo” e “arcanjo”
para designar as divindades. Logo, nada mais lógico do
que recorrer ao arquétipo tão temido do “Anjo
da Morte”, todo coberto de preto e portando o alfanje da
morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá
ou divindade responsável por este momento tão delicado
na vida dos seres.
O culto a Tatá Omulu surgiu
entre os negros levados como escravos ao antigo Egito, que o identificaram
como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões.
Com o tempo, ele foi, a partir desse sincretismo, assumindo sua
forma definitiva, até que alcançou o grau de divindade
ligada à morte, à medicina e às doenças.
Já em outras regiões da África, este mistério
foi assumindo outras feições e outros orixás
semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram. “Humanizar-se”
significa que o orixá ou a divindade assumiu feições
humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil
assimilação e interpretação. Tatá
Omulu não vibra menos amor por nós do que qualquer
um dos outros orixás e está assentado na Coroa Divina,
pois é um dos Tronos de Olorum, o Divino Criador. Atotô,
meu pai!
OUTROS
OS
PRETOS VELHOS
São espíritos de
velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos
e que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e
da humildade. Seus trabalhos são de ajuda aqueles que estão
em dificuldade material ou emocional, sendo que, o seu trabalho
se desenvolve mais para o lado emocional e físico, das
pessoas que os procuram, sendo chamados, carinhosamente de psicólogos
dos aflitos.
Sua paciência em escutar
os problemas e aflições dos consulentes, fazem deles
as entidades mais procuradas na Umbanda, são chamados de
Vovôs e Vovós da Umbanda.
Também usam ervas em seus
trabalhos de magia e principalmente para rezar pessoas doentes
e crianças que estão com mal olhado, suas rezas
são conhecidas como poderosas, usam também de patuás,
saquinhos que são depositados elementos de magia e que
os consulentes usam no corpo para proteção.
Da mesma forma que os Caboclos,
os Pretos Velhos usam cachimbos para limpeza espiritual, jogando
sua fumaça sobre a pessoa que esta recebendo o passe
BAIANOS:
...Os fundadores da Umbanda são
caboclo e preto-velho, que no astral fizeram escola, com o tempo
se assentaram ao seu lado outros povos de trabalho, vemos hoje
muito bem assentados dentro do contexto Umbandista as figuras
do boiadeiro, marinheiro, baiano e cigano além das crianças,
exú e pomba-gira.
... Todos são excelentes
trabalhadores e cada “grupo de trabalho” tem a sua
maneira de atuar, no astral a linha de trabalho (povo a que pertence)
e o nome que eles carregam representa respectivamente o grau e
a força em que a entidade guia está assentada.
...
No caso os Baianos formam uma corrente de entidades que ao desencarnar,
apesar da afinidade com o culto ao Orixá (muitos foram
sacerdotes), não tinham o grau de preto-velho, estabeleceram
uma egrégora de trabalhadores do astral que com o tempo
reconhecida pela Umbanda passaram a ter a oportunidade do trabalho
ativo e incorporante, acharam por bem batizar como linha dos Baianos
como homenagem a origem dos primeiros formadores desta corrente
e a Terra que tão bem acolheu o Orixá no Brasil.
... São muito ativos, despachados
e descontraídos. Bons orientadores e doutrinadores, tem
facilidade em lidar com o desmanche dos trabalhos de kimbanda
e magia negra. Usam colares de cocos e sementes. Tendo na sua
forma de trabalhar muito das qualidades de Iansã, por serem
movimentadores e irrequietos, combinam esta forma de trabalhar
com sua natureza onde cada um se mostra regido por um Orixá
diferente assim trazendo para a gira a força das sete linhas
da Umbanda.
...Suas oferendas podem ser feitas
ao pé de um coqueiro ou no ponto de força do Orixá
que rege o baiano a ser oferendado. Gostam de festas e comidas
típicas da Bahia e batida de coco.
...Como comprimento dizemos simplesmente:
“É da Bahia meu Pai... Salve a Bahia” ou simplesmente
“Salve os baianos”.
Texto Extraído Do Jus –
Jornal De Umbanda Sagrada
BOIADEIROS
Para algumas correntes de pensamento
umbandista, esses espíritos já foram Exus e, numa
transição dos seus graus evolutivos, hoje se manifestam
como caboclos boiadeiros.
...Essa é a interpretação mais aceitável,
pois muitos desse espíritos que hoje se manifestam nesta
linha de trabalhos espirituais realmente já trabalharam
sob a irradiação do mistério Exu,que os acolheu
e direcionou, pois na Umbanda Sagrada Exu é mais um dos
seus graus evolutivos.
...Mas muitos desses caboclos
boiadeiros nunca foram Exus e sim, atuam nas linhas cósmicas
dos sagrados orixás e são regidos por Ogum e por
Oyá e seus campos de ação são os caminhos
(Ogum) e o tempo ou as Campinas (Oiá).
...São espíritos
hiper-ativos que atuam como refreadores do baixo-astral e são
aguerridos, demandadores e rigorosos quando tratam com espíritos
trevosos.
...O símbolo dos boiadeiros
é o laço e o chicote, que são suas armas
espirituais e são verdadeiros mistérios, tal como
são as espadas, as flechas e outras “armas”
usadas pelos espíritos que atuam como refreadores das investidas
das hostes sombrias formadas por espíritos do baixo-astral.
...É uma linha muito poderosa
e muito numerosa no mundo espiritual e seus caboclos atuam nas
sete linhas de Umbanda.
...Os Orixás que regem
o mistério boiadeiros são Ogum e Oyá.
...Eles são descritos como Caboclos da Lei que atuam no
tempo ou Caboclos do Tempo que atuam na irradiação
da lei.
Os Boiadeiros fazem parte de um
dos “Povos de Umbanda” que se apresentam nos terreiros.
É uma linha de trabalho tão importante quanto caboclos,
pretos-velhos, baianos, ciganos, marinheiros, etc.
...Constituem uma linha intermediária
e uma homenagem ao povo sofrido que vivem nos campos. Muitas entidades
em sua fase de evolução, transitando das linhas
de trabalho da esquerda para a direita, encontram na forma de
atuação como boiadeiros um ótimo recurso
para fazerem essa transição. Podemos assim dizer
que alguns boiadeiros já estiveram atuando como exús
no passado.
...É uma linha muito amparada
pelos Orixás Yansã e Oiá-Tempo, pois, na
sua forma de apresentação os boiadeiros costumam
com seus laços criar verdadeiras espirais nas quais “laçam”
eguns e quiumbas paralisados em seus negativos e que perturbam
a paz dos encarnados.
...Os boiadeiros em geral são
alegres e costumam com seus brados de “ô boi”
trazerem a descontração e fazem poderosos descarregos
enquanto dançam.
...A saudação aos
boiadeiros é “marranbá che tuá”,
ou simplesmente “salve os boiadeiros”.
...Por ser uma linha diversa,
muitos praticantes não obtém o conhecimento de seus
trabalhos e procedimentos pautados no bom senso, conta-se que
em alguns terreiros menos esclarecidos alguns médiuns na
manifestação desta linha “incorporam”
o “boi”, outros o “boiadeiro” e então
o terreiro torna-se um verdadeiro “rodeio” com os
médiuns laçando-se uns aos outros numa verdadeira
pantomima!!!
...O importante é que em
todas as práticas mediúnicas nos pautemos pela ética,
onde as entidades manifestantes como Guias Espirituais sempre
vem para trabalhar prestando a caridade e os médiuns sempre
devem poder se responsabilizar por todo o trabalho que suas entidades
realizam em terra.
...Os Boiadeiros respondem à
todo terreiro que traz uma doutrina voltada para a prática
do amor e da caridade com humildade e devoção, e
o que existir de ruim por aí, boiadeiro aparecerá
apenas para laçar e levar embora...
....Salve todos os Boiadeiros!
Texto Extraído Do Jus –
Jornal De Umbanda Sagrada
(Christiane Pastor E Alexandre Cumino )
AS CRIANÇAS
Estas entidades são a
verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa
forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros
magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força
imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais
procurados para os casos de família e gravidez.
OS EXUS
OS
MISTÉRIOS “EXU” E “POMBAGIRA”:
O MISTÉRIO
EXU
Trazido da África como
Orixá, logo se destacou como o mensageiro dos outros Orixás,
sendo oferendado sempre em primeiro lugar para que não
atrapalhasse e nem criasse confusão durante a engira, tinha
na África como símbolo um falo ereto, representando
o seu vigor, sim esta é a chave da correta interpretação
de seu mistério pois enquanto “elemento” é
ele quem vitaliza os demais, não se assenta exatamente
em uma linha de Umbanda, mas para ela se manifesta em todas dando
a sustentação para as linhas de esquerda masculina
pois todos Orixás e Guias tem seus Exús correspondentes,
Exús de Oxalá , de Oxúm, de Yansã,
de Omulú...., logo são vitalizadores ou desvitalizadores
da fé , do amor, da ordem, da geração......e
pasmem não trabalham por “desejo” ou “vontade
própria” e sim pela vontade da lei maior e de seus
consulentes, e é aí que entra seu par natural Pomba-Gira
esbanjando desejos e vontades, que por si só não
se realizam sem a vitalidade. Elas trazem este elemento do desejo
para nossas vidas, desejo de viver, trabalhar, estudar....
Cada um de nós médiuns
tem pelo menos três Exús , um Guardião da
nossa esquerda que raramente se manifesta e tem relação
com nosso Orixá Ancestral, um Exú de trabalho que
normalmente incorporamos com relação ao Orixá
de Juntó , e um natural que nunca incorporamos relacionado
ao Orixá de Frente.
Já quem não trabalha
tem apenas o natural que não incorpora e atua através
de terceiros pela lei maior . Campo de atuação de
Exú é vasto, visto que responde religiosamente e
magisticamente.
“Sem Exú na Umbanda
não se faz nada” uma vez que não aprendemos
a lidar com as forças das trevas, para o nosso próprio
bem, por vez quem as manipula é Exú e Pomba-gira
através da Lei Maior .
Respondem por nomes simbólicos,
das suas linhas de trabalho, os quais revela seu campo de atuação
e a qual Orixá respondem através da Lei onde:
Exú 7montanhas, 7= sete
linhas, montanha = xangô, trabalha nos sete sentidos da
vida pela justiça de xangô.
Exú corta-fogo, corta =
espada, fogo = xangô, ordenando os campos da justiça.
Exú sete encruzilhadas,
sete encruzilhadas é fator de oxalá para as sete
linhas, logo é um Exú que trabalha nos sete sentidos
da vida através da sua fé e convicções.
Todos eles atuando no sentido
de vitalizar ou desvitalizar o que se encontra em seu campo de
atuação.
Texto Extraído Do Jus –
Alexandre Cumino
O MISTÉRIO POMBAGIRA
Com a permissão da Divina
Mahor-yê, Trono Guardião do Mistério Pomba-Gira
no Ritual de Umbanda Sagrada.
O mistério Pomba-Gira
é regido por uma divindade cósmica que tanto gera
quanto irradia o fator desejo.
Saibam que esses fatores, vigor
(Exu) e desejo (Pomba-Gira), se completam e criam as condições
ideais para que a Umbanda tenham seus recursos mágicos
e cármicos, também eles, atuando através
de linhas de força horizontais ou inclinadas, e dispensa
a ativação direta dos Tronos Cósmicos ou
dos aspectos negativos dos regentes das linhas de Umbanda.
Saibam também que nem
Exu natural nem Pomba-Gira Natural seguem a mesma linha de direção
evolutiva dos espíritos, pois eles seguem outra orientação
e direcionamento.
Pomba-Gira natural é um
ser cuja presença desperta o desejo, porque é irradiadora
natural desse fator divino. Só que esse fator não
se limita ao sexo, e destina-se a todos os sentidos da vida, pois
só desejando, um ser empreende alguma coisa ou toma alguma
iniciativa em algum sentido.
Portanto, o desejo, é
um fator divino fundamental em nossa vida, pois nós o absorvemos
por todos os setes chacras principais e também pelos secundários.
O desejo só existe porque
Deus assim quis e ele não se manifesta só através
do sexo, pois sentimos o desejo de aprender, de viajar, de conversar,
de nos divertir, de comer determinado alimento ou de vestir determinada
roupa, etc.
O mistério Pomba-Gira
se manifesta na Umbanda através de seres naturais ou de
espíritos incorporados às suas hierarquias ativas,
pois são elementos mágicos que podem ser ativados
por qualquer pessoa, desde que o faça dentro de um ritual
codificado como correto pelo Ritual de Umbanda Sagrada, assim
como são agentes cármicas, pois podem ser ativadas
pela Lei Maior.
O mistério Pomba-Gira
é em si neutro, e pode ser ativada com oferenda ritual,
pois é elemento mágico, assim como pode ser ativada
pela Lei Maior porque é agente cármica, esgotadora
de emocionais apassionados ou despertadora de desejo em seres
apáticos.
Entendam que Deus criou tudo,
também gerou o desejo como uma de suas qualidades ou fatores,
pois sem vibrarmos o desejo, nada desejaremos e nos tornaremos
apáticos, desinteressados e nos paralisaremos.
Logo, Deus, que tudo sabe, cuidou
deste aspecto de nossa vida e gerou o desejo como um de seus fatores,
assim como gerou uma divindade cósmica que tanto o gera
como o irradia a tudo e a todos.
Essa divindade de Deus também
formou sua hierarquia divina, que chega até nós
no nosso nível terra como as exuberantes Pomba-Giras, que
são regidas por um Trono Cósmico feminino cujo nome
mântrico é Ma-hor-iim-yê, ou Mahór yê,
Senhora Guardiã dos Mistérios do desejo, que polariza
horizontalmente com o Trono Cósmico Guardião dos
Mistérios do Vigor.
Logo Pomba-Gira polariza com
Exu. E o desejo, unindo-se com o vigor, cria nos seres as condições
ideais que os ativarão em todos os sentidos e os induzirão
a assumir com vigor e paixão as empreitadas mais temerárias.]
Mas, caso sejam ativados e usados
indevidamente, ai perdem suas grandezas e se tornam paixões
devastadoras e vigores atormentadores para quem der uso a eles,
pois são em si mistérios, e, como tal, voltam-se
contra quem lhes der mau uso. Aí subjugam essa pessoa,
induzem-na aos maiores destinos e aberrações até
lançá-la num tormento alucinante, delirante e bestificante,
cuja finalidade é levá-la à loucura em todos
os sentidos.
Saibam que muitas pessoas que
abandonaram a Umbanda e o Candomblé e, todos confusos,
atrapalhados e perseguidos por hordas de espíritos obsessores,
estão entre as que achavam que Pomba-Gira e Exu eram seus
escravos e os atenderiam inconseqüentemente. Mas como começaram
a pagar o preço ainda aqui, correram para o abrigo das
seitas salvacionistas, e dali se voltam contra estes mistérios
cósmicos, acusando-os de “demônios”.
Pomba-Gira não se auto
ativa contra ninguém, ou alguém a ativa ou isso
quem faz é a Lei Maior.
E tanto pode ser ativada para
ajudar quanto para esgotar o desejo em todos os sentidos da vida
de uma pessoa, quanto só num sentido onde está se
excedendo e se desviando de sua evolução reta e
contínua.
Não foi aberto para a
dimensão material o mistério Exu feminino. Logo,
quem descreve Pomba-Gira como Exu fêmea não sabe
nada sobre este outro mistério da Umbanda.
Parte do texto retirado do Livro:
“ UMBANDA SAGRADA” - Rubens Saraceni.
São entidades em evolução,
seu trabalho é dirigido, principalmente a defesa dos seus
médiuns e a defesa do terreiro, porém, são
muito procurados para resolver os problemas da vida sentimental
e material.
Costumam trabalhar com velas,
charutos, cigarros, bebidas fortes, punhais em seus pontos riscados,
pembas brancas, pretas e vermelhas . Devido ao seu temperamento
forte e alegre costumam atrair bastante os consulentes , principalmente
pôr que quando falam que vão ajudar certamente o
farão.
Ciganos
Os mistérios desse povo
nômade, ronda também as Giras de Umbanda. A presença
dessas entidades é rara, mas quando chegam trazem com eles
todos os mistérios da magia. Mas não uma magia trabalhada
apenas nas ervas e sim na destreza com que lidam com o astral,
com seus punhais, suas cartas, bola de cristal, adivinhações,
são verdadeiramente os "mágicos" da Umbanda,
que em seus atendimentos conseguem hipnotizar seu consulente.
São sutis, delicados, amorosos, práticos.
Gostam da dança embaladas pelos Banjos, da comida farta,
gostam de reunir sua "Compania" em volta de suas fogueiras,
ou seja, gostam da fartura e da liberdade.
Não criam raiz, vão
onde está a fortuna.
Por não criar raízes, o povo cigano existe inclusive
nos dias de hoje, em diversas partes do mundo. Na Umbanda, se
manifestam ciganos que são de origem oriental, como também
ciganos de outras partes do mundo, inclusive brasileiros.
São especialistas em resolver
problemas financeiros e também amorosos.
Uma dica para que sempre haja fartura. : Pegue uma taça
grande, e preencha ela com grãos de arroz, milho, sementes
de gira sol, folhas de louro, moedas douradas. Depois de enfeitado
acenda uma vela amarela ao lado do copo, e batize o copo com o
nome de um (a) cigano(a), e peça que haja sempre muita
fartura e muita riqueza em sua vida. E sempre que tiver moedas
douradas, complete o copo.