Franklin Santana Santos

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Franklin Santana Santos
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Médico geriatra, doutor em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), pós-doutor em Psicogeriatria pelo Instituto Karolinska, Suécia, com formação complementar em Saúde e Espiritualidade pela Faculdade de Medicina da Duke University, Estados Unidos, e professor da disciplina de Tanatologia – Educação para a Morte na pós-graduação em Ciências Médicas na FMUSP.

 

“É impossível conhecer o homem sem lhe estudar a morte, porque, talvez mais do que na vida, é na morte que o homem se revela. É nas suas atitudes e crenças perante a morte que o homem exprime o que a vida tem de mais fundamental.”
Edgar Morin

 


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Introdução

O historiador David Stannard nos ensina que em sociedades nas quais o indivíduo é único, importante, e irreplicável, a morte não é ignorada, mas é marcada por uma espécie de luto coletivo pela perda social de um de seus membros. Ao contrário, nas sociedades onde as pessoas sentem que pouco dano é causado no tecido social pela perda de um indivíduo, perda essa ocorrida fora do seu círculo imediato, a morte recebe pouca ou nenhuma atenção. O primeiro passo para obter atenção sobre a morte é reconhecer que evitando-a ou negando-a estamos caminhando para a negação de um aspecto integral da vida humana.

O estudo da morte, pois, diz respeito a questões que estão enraizadas no centro da vida humana. Logo, a pessoa que deseja aumentar o seu conhecimento sobre a morte e o morrer está embarcando em uma exploração que nada mais é do que uma viagem à descoberta de si mesma. Pois que o estudo da morte nos leva a uma jornada ao interior do eu e para se conhecer a si mesmo só é possível fazê-lo de maneira interdisciplinar. As contribuições da medicina, das ciências humanas e das ciências sociais se fazem necessárias para analisar a ciência da morte. De todas as experiências humanas, nenhuma é mais importante nas suas implicações do que a morte. A morte mexe com a questão mais fundamental, mais intrigante, mais desafiadora e que mais inquieta a humanidade, a da sobrevivência pós-morte, desde que ela desceu das árvores nas savanas africanas há mais de dois milhões de anos atrás.


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Fonte: http://www.hoje.org.br/site/arq/artigos/Perspectivas_Historico.pdf

 


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