Espiritualidade, religiosidade e psicoterapia
- Peres, J.F.P. et al. / Rev. Psiq. Clín. 34, supl 1; 136-145,
2007
Julio Fernando Prieto Peres
- Doutor em Neurociências e Comportamento pelo Instituto de
Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP) e membro do
Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos (NEPER).
Manoel José Pereira Simão
- Mestre em Neurociências e Comportamento pela USP e membro
do Neper.
Antonia Gladys Nasello
- Doutorado pela Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina,
e pela USP. Professora adjunta do Departamento de Ciências Fisiológicas
da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São
Paulo.
Resumo
Crenças e práticas religiosas/espirituais
constituem uma parte importante da cultura e dos princípios utilizados
para dar forma a julgamentos e ao processamento de informações.
O conhecimento e a valorização de tais sistemas de crenças
colaboram com a aderência do indivíduo à psicoterapia
e promovem melhores resultados. Contudo, nem todas as abordagens encontraram
um ajuste desse tema em suas intervenções e os diversos
conceitos sobre religiosidade/espiritualidade dificultam essa importante
interface.
Neste artigo, trazemos os conceitos mais coerentes e acessíveis
para facilitar o diálogo profissional no âmbito terapêutico.
Discutimos o impacto da subjetividade, dos estados de consciência
e das percepções influenciadas pela religiosidade/espiritualidade
na saúde mental e a importância de a psicoterapia voltar-se
a clientes e respectivos sistemas de crenças, desenvolvendo modelos
que mobilizem esperança e potencializem suas capacidades de superação.
A despeito da atual distância entre estudos controlados e práticas
clínicas, discutimos a integração das dimensões
espirituais/religiosas na psicoterapia com profissionalismo ético,
conhecimento e habilidades para alinhar as informações
coletadas ao benefício do cliente. Considerando que apenas 7,3%
da população brasileira não têm religião
e a escassez de abordagens e psicoterapeutas que contemplem a religiosidade/espiritualidade,
apontamos a relevância de investigações sobre o
tema e que as propostas psicoterápicas sejam testadas em ensaios
clínicos.
Peres, J.F.P. et al. / Rev. Psiq. Clín. 34, supl
1; 136-145, 2007
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Fonte: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista