Foi por volta de 1854 que Denizard Hippolyte León Rivail
ouviu falar pela primeira vez das mesas girantes ao encontrar-se
com o magnetizador Sr. Fortier, que lhe narrou tais fatos. Não
foi cético ao extremo, pois conhecia o magnetismo e sabia
que o fluído magnético, uma espécie de eletricidade,
podia atuar sobre os corpos inertes. Mas pouco tempo depois, em
outro encontro, ao lhe narrar outros fatos sobre a mesa girante
no intuito de convencer Rivail, este lhe respondeu:
“Só acreditarei vendo,
e quando me provarem que a mesa tem cérebro para pensar,
nervos para sentir e que pode tornar-se sonâmbula.”
(1)
No início de 1855, encontrou-se
com um amigo que o conhecia há 25 anos, o Sr. Carlotti, que
lhe falou, também, desses fenômenos. Como era ardente
e apaixonado, além de possuidor de uma bela alma, não
se deixou de pronto convencer pela exaltação do amigo.
Apenas lhe respondeu:
“Não digo que não.
Veremos mais tarde.” (1)
Em maio de 1855, estando na casa
da sonâmbula Sra. Roger com o Sr. Fortier, magnetizador dela,
encontrou-se com o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemason, que lhe
falaram sobre as mesas girantes, mas agora em outro tom, instrutivo
e sério, convidando-o a assistir às experiências
que se realizavam em casa da Sra. de Planemaison, à rua Grange-Batelière
nº 18. Rivail aceitou solícito em encontro marcado para
uma terça-feira às 8 horas da noite.
Foi ali que Rivail testemunhou pela primeira vez o fenômeno
das mesas girantes que saltavam e corriam em condições
indubitáveis. Inclusive, presenciou ele igualmente alguns
ensaios, ainda imperfeitos, da escrita mediúnica numa ardósia
com o auxílio de uma cesta.
Atento, entreviu no fundo daquela suposta futilidade algo de sério,
um fato que devia ter uma causa, poderia estar ali a revelação
de uma nova lei, e prometeu a si mesmo que iria investigar a fundo
para encontrar a causa desses acontecimentos surpreendentes.
Cesta de bico do século XIX usada na
época em que
Denizard Hippolyte León Rivail presenciou pela primeira vez
alguns ensaios da escrita mediúnica.
Em uma dessas reuniões da Sra. Plaineimaison conheceu a família
Baudin. Foi quando o Sr. Baudin o convidou para assistir às
sessões que aconteciam semanalmente em sua casa, à
Rua Rochechouart. Surgia aí uma oportunidade para estudar
e observar mais atentamente as causas geradoras desses fenômenos.
Rivail passou a ser um frequentador assíduo dessas reuniões
assaz concorridas, já que a entrada era franqueada a todo
e qualquer interessado.
Duas médiuns, filhas do Sr. Baudin, escreviam numa ardósia
com o auxílio da cesta, chamada pião, mostrada na
figura anterior. A cesta nada mais é do que um porta-lápis
e um apêndice da mão ou um intermediário entre
a mão e o lápis (2).
Esse método requer a participação de duas pessoas,
excluindo assim a possibilidade da influência das ideias do
médium. Foi assim que Rivail presenciou comunicações
seguidas de respostas dadas às questões apresentadas,
inclusive às perguntas que eram feitas mentalmente, fazendo
entrever, com evidência, a intervenção de uma
inteligência estranha atuando através do médium.
Com o tempo a cesta pião foi substituída por uma espécie
de mesa em miniatura, com três pés, sendo um deles
o suporte do lápis. Diversos outros dispositivos foram desenvolvidos.
Finalmente, chegou-se à conclusão de que os Espíritos
poderiam agir diretamente na mão do médium (como geralmente
escrevemos), e esse método é usado até os dias
de hoje (ver figuras abaixo) (2).
Mesa em miniatura de doze a quinze centímetros
de comprimento por cinco a seis de altura, com três pés,
sendo que num dos pés se adaptava um lápis. Usada
no século XIX para a escrita mediúnica.
Psicografia direta.
O Espírito que habitualmente se manifestava dava o nome de
Zéfiro, completamente de acordo com o seu caráter
e o da reunião, onde os assuntos tratados eram geralmente
frívolos, tratando da vida mundana e do futuro da vida material
de cada um dos presentes que o consultava.
Diz Rivail que, apesar de tudo, o Espírito Zéfiro
era muito bom, e declarava-se protetor da família, sabia
fazer rir os participantes, e, quando era necessário, dava
bons conselhos, muitas vezes, com ditos satíricos e espirituosos.
Em pouco tempo Zéfiro lhe ofereceu provas de grande simpatia,
onde mais tarde, assistido por Espíritos superiores, ajudou-o
significativamente nos seus primeiros trabalhos espíritas.
Foi nessas reuniões, na casa da família Baudin, que
ele desenvolveu seus primeiros trabalhos importantes sobre Espiritismo,
muito mais pela observação do que pelas revelações.
Diz Rivail sobre o seu trabalho iniciático do Espiritismo:
“Apliquei a essa nova
ciência, como o fizera até então, o método
da experimentação; jamais utilizei teorias preconcebidas:
observava atentamente, comparava, deduzia as conseqüências;
dos efeitos procurava remontar às causas, pela dedução
e o encadeamento lógico dos fatos, não admitindo
uma explicação como válida senão quando
podia resolver todas as dificuldades da questão. Foi assim
que sempre procedi em meus trabalhos anteriores, desde os 15 anos
de idade. Compreendi, desde logo, a seriedade da exploração
que iria empreender; entrevi, nesses fenômenos, a chave
do problema, tão obscuro e tão controverso, do passado
e do futuro da Humanidade, a solução do que havia
procurado em toda a minha vida; era, em uma palavra, toda uma
revelação nas idéias e nas crenças;
seria preciso, pois, agir com circunspeção, e não
levianamente; ser positivo e não idealista, para não
se deixar iludir.
Um dos primeiros resultados de minhas observações
foi que os Espíritos, não sendo outros senão
as almas dos homens, não tinham a soberana sabedoria, nem
a soberana ciência; que o seu saber estava limitado ao grau
de seu adiantamento, e que a sua opinião não tinha
senão o valor de uma opinião pessoal. Essa verdade,
reconhecida desde o princípio, me preservou do grande escolho
de crer em sua infalibilidade, e me impediu de formular teorias
prematuras sobre o dizer de um só ou de alguns.”
(1)
O fato da possibilidade da comunicação com os Espíritos,
não importando o que dissessem, provava a existência
de um mundo invisível. Um campo imenso às suas explorações
que indicavam, também, ser a chave de uma multidão
de fenômenos inexplicados. Outro ponto importante é
que ele poderia conhecer o estado desse mundo bem como os seus hábitos
e costumes. Rivail percebeu em pouco tempo que cada Espírito
que se comunicava, pela sua posição pessoal e pelo
seu conhecimento, cada um, lhe desvendava algum aspecto desse mundo
invisível, da mesma maneira que se chega ao conhecimento
de um país entrevistando os habitantes de todas as classes
e condições sociais, com cada um oferecendo uma informação
ou um ensino.
Diz ele sobre isso:
“Cabe ao observador formar
o conjunto com a ajuda de documentos recolhidos de diferentes
lados, colecionados, coordenados e controlados uns pelos outros.
Agi, pois, com os Espíritos, como o teria feito com os
homens; foram para mim, desde o menor ao maior, meios de me informar,
e não reveladores predestinados.” (1)
A disposição adotada pelo professor Rivail em seus
estudos espíritas foi sempre seguir a seguinte regra: observar,
comparar e deduzir.
Se até então as sessões na casa do Sr. Baudin
não tinham um objetivo determinado, Rivail, pelo seu jeito
professoral e questionador, mudou naturalmente essa situação,
pois nessas entrevistas com os Espíritos, antes frívolas,
agora se procurava resolver problemas importantes e de grande interesse
sob o ponto de vista da Filosofia, da Psicologia e da natureza do
mundo invisível: ele ia a cada reunião com uma série
de perguntas preparadas e metodicamente dispostas, às quais
os Espíritos lhe respondiam com precisão, profundidade
e lógica. A partir de então, se por algum motivo desse
Rivail a faltar em alguma sessão, os participantes ficavam
sem saber o que fazer.
A princípio, o professor Rivail só tinha por objetivo
instruir-se; contudo, quando percebeu que aquelas informações
formavam um conjunto e que tomavam proporções de uma
Doutrina, resolveu torná-las públicas para a instrução
de todos. Futuramente, essas informações, com questões
e respostas, desenvolvidas e completadas, constituiriam a base de
O Livro dos Espíritos.
“Tudo foi obtido pela escrita, por intermédio de
diversos médiuns.” Os primeiros médiuns
que concorreram para a elaboração desse livro foram
as Srtas. Baudin, cuja boa vontade jamais lhes faltou: “quase
todo o livro foi escrito por intermédio delas em presença
de numeroso publico que assistia às sessões com o
mais vivo interesse.” (3)
Em 25 de março de 1856, na casa do Sr. Baudin, através
da médium Srta. Baudin, teve pela primeira vez contato com
o seu guia espiritual. Dias antes ouviu batidas noturnas repetitivas
no tabique que separava sua casa, situada à Rua dos Mártires,
8, 2ª andar, do cômodo vizinho. Na sessão daquele
dia, então, travou-se a seguinte entrevista:
“– P. ...poderíeis
dizer-me a causa dessas pancadas que se fizeram ouvir com tanta
persistência (em minha casa)?
– R. Era teu Espírito familiar.
– P. Com que objetivo vinha bater assim?
– R. Queria se comunicar contigo.
– P. Poderíeis dizer-me o que é que ele queria
de mim?
– R. Podes perguntar a ele mesmo, porque está
aqui.
(...)
P. – Meu Espírito familiar, quem quer que sejais,
vos agradeço por terdes ido visitar-me; Poderíeis
dizer-me quem sois?
– R. Para ti, me chamarei A Verdade, e todos os
meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.
(...)” (1)
Em 17 de junho de 1856, ainda na
casa do Sr. Baudin e através da sua filha médium,
Rivail pergunta ao Espírito (a Verdade):
“P. – Uma parte
da obra já foi revista. Poderíeis ter a bondade
de dizer o que dela pensais?
R. – O que foi revisto está bem; mas, quando
tudo acabar, será preciso revê-la ainda, a fim de
estendê-la sobre certos pontos, e abreviá-la em outros.”
(1)
Em 11 de setembro de 1856, também,
na casa dos Baudin, depois de haver feito a leitura de alguns capítulos
do futuro Livro dos Espíritos,
referente às leis morais, a médium Srta. Baudin escreveu
espontaneamente:
"Compreendestes bem o
objetivo de teu trabalho; o plano está bem concebido; estamos
contentes contigo. Continua, mas, sobretudo, quando a obra estiver
terminada, lembra-te de que nós te recomendaremos fazê-la
imprimir e propagá-la: é de uma utilidade geral.
Estamos satisfeitos, e não te deixaremos jamais. Crê
em Deus e caminha." Esta mensagem foi assinada assim: “Muitos
Espíritos.” (1)
Nesse ano de 1856, Rivail acompanhou também as reuniões
espíritas que aconteciam na Rua Tiquetone, na casa do Sr.
Roustan; a Srta. Japhet era a médium sonâmbula. Aqui,
as reuniões eram sérias e ordeiras. Como o trabalho
de Rivail estava quase acabado, pronto para um livro, ele resolveu
revê-lo entrevistando outros Espíritos mediante outros
médiuns. Inicialmente teve a idéia de fazer objeto
de estudo, mas no fim de algumas sessões os Espíritos
preferiram vê-lo na intimidade e, para esse efeito, marcaram
certos dias, em que trabalhariam com a Srta. Japhet, a fim de o
fazerem com mais calma, objetivando também evitar indiscrições
e comentários prematuros do público. Contudo, Rivail
não se contentou com essa verificação que os
próprios Espíritos lhe recomendaram.
Assim, Rivail procurou se relacionar com outros médiuns e
sempre que surgia uma ocasião, aproveitava para propor algumas
das perguntas, principalmente as que lhe pareciam mais espinhosas.
Foi assim que, nesse trabalho de revisão, mais de dez médiuns
lhe prestaram assistência. Isso aconteceu através da
comparação e da fusão de todas as respostas,
coordenadas, classificadas e muitas vezes refeitas no silêncio
da meditação; Assim se formou a primeira edição
de O Livro dos Espíritos, que apareceria
para o público a 18 de abril de 1857.
A parte essencial do trabalho de revisão foi feita com o
concurso da senhorita Japhet que se prestou, com a maior complacência
e o mais completo desinteresse, a todas as exigências dos
Espíritos. A Sta. Japhet, que também era uma sonâmbula
muito notável, tinha o tempo da sua vida particular completamente
empregado, mas compreendeu a necessidade da utilidade desse trabalho
em favor da propagação da Doutrina e dedicou-se de
boa vontade a essa tarefa. (3)
Nessa obra Rivail usou o pseudônimo de Allan Kardec, sugerido
por um Espírito que se denominava Z (como vimos anteriormente,
Zéfiro), que lhe revelou haverem sido amigos vivendo entre
os druidas numa vida pretérita, e que seu nome naquela encarnação
era Allan Kardec. E com esse pseudônimo assinou todas as suas
obras espíritas.
Em janeiro de 1857, quando já havia enviado para a editora
imprimir O Livro dos Espíritos,
o Espírito Z havia prometido escrever-lhe uma carta por ocasião
do Ano Novo. Nesse dia, na casa do Sr. Baudin, Z tinha algo de particular
a dizer-lhe. Eis o que escreveu pela médium Srta. Baudin,
na intimidade, para o agora Allan Kardec:
“Caro amigo, não
quis te escrever, na última terça-feira, diante
de todo o mundo, porque há certas coisas que não
se podem dizer senão entre nós.
Queria primeiro te falar de tua obra, a que fazes imprimir (O
Livro dos Espíritos estava no prelo.) Não
te canses tanto noite e dia; terás mais resultado, e a
obra não perderá por esperar.
Segundo o que vejo, és muito capaz de levar a bom termo
a tua empresa e tens que fazer grandes coisas. Nada, porém,
de exagero em coisa alguma. Observa e aprecia tudo judiciosa e
friamente. Não te deixes arrastar pelos entusiastas, nem
pelos muito apressados. Mede todos os teus passos, a fim de chegares
ao fim com segurança. Não creias em mais do que
aquilo que vejas; não desvies a atenção de
tudo o que te pareça incompreensível; virás
a saber a respeito mais do que qualquer outro, porque os assuntos
de estudo serão postos sob as tuas vistas.
Mas, ai! a verdade não será ainda conhecida, nem
acreditada, por todos, antes de muito tempo! Não verás,
nesta existência, senão a aurora do sucesso de tua
obra; será necessário que retornes, reencarnado
num outro corpo, para completar o que tiveres começado,
e, então, terás a satisfação de ver,
em plena frutificação, a semente que tiveres difundido
sobre a Terra.
Terás invejosos e ciumentos que procurarão te denegrir
e contrariar; não te desencorajes; não te inquietes
com o que se dirá ou se fará contra ti; prossegue
tua obra; trabalha sempre pelo progresso da Humanidade, e serás
sustentado pelos bons Espíritos, enquanto perseverares
no bom caminho.
Lembra-te de que, há um ano, prometi a minha amizade àqueles
que, durante o ano, fossem convenientes em toda a sua conduta?
Pois bem! anuncio-te que és um daqueles que escolhi entre
todos.
Teu amigo que te ama e te protege, Z.” (1)
Como vimos, Rivail havia dito que Z não era um Espírito
superior, mas muito bom e benevolente. Diz Allan Kardec sobre ele:
“Talvez fosse mais avançado
do que o nome que tomou poderia fazer supor; pode-se supô-lo
a julgar pelo caráter sério e a sabedoria de suas
comunicações, segundo as circunstâncias. Em
favor de seu nome, poderia se permitir uma linguagem familiar,
própria ao meio onde se manifestava, e dizer, o que lhe
acontecia freqüentemente, duras verdades sob a forma alegórica
do epigrama. Seja como for, sempre conservei dele uma boa lembrança
e o reconhecimento pelos bons conselhos que me deu e a amizade
que me testemunhou. Desapareceu com a dispersão da família
Baudin, dizendo que logo deveria reencarnar.”
(1)
Em 18 de abril de 1857, na Galeria D'Orleans, local da Livraria
Dentu, era lançado ao público a primeira edição
de O Livro dos Espíritos. Que trazia em
seu frontispício os seguintes dizeres:
“O Livro dos Espíritos,
contendo os princípios da doutrina espírita acerca
da natureza, manifestação e relações
dos espíritos com os homens; das leis morais; da vida presente,
vida futura e porvir da humanidade. Escrito e publicado conforme
o ditado e a ordem de espíritos superiores por Allan Kardec.”
(4)
A Galeria D'Orleans foi local da Livraria
Dentu
e do lançamento de O Livro dos Espíritos.
Escreveu Allan Kardec na Revista Espírita de janeiro de 1858:
"...declaramos desde o princípio, e temos a satisfação
de reafirmar agora, jamais pensamos em fazer de O Livro dos Espíritos
objeto de especulação: Seu produto será aplicado
nas coisas de utilidade geral."
(3)
Em março de 1860, quando do lançamento da segunda
edição, através da Revista Espírita
de nº. 3 desse ano, escreveu Allan Kardec sobre esta nova edição:
“Inteiramente refundida
e consideravelmente aumentada.
Na primeira edição desta obra, anunciamos uma parte
suplementar. Devia compor-se de todas as questões que ali
não puderam entrar, ou que circunstâncias ulteriores
e novos estudos deveriam originar. Mas como todas se referem a
alguma das partes já tratadas, e das quais são o
desenvolvimento, sua publicação isolada não
teria apresentado nenhuma continuidade. Preferimos aguardar a
reimpressão do livro para incorporar todo o conjunto, e
aproveitamos para dar à distribuição das
matérias uma ordem muito mais metódica, suprimindo
ao mesmo tempo tudo quanto tivesse duplo sentido. Esta reimpressão
pode, pois, ser considerada como obra nova, embora não
tenham os princípios sofrido nenhuma alteração,
salvo pouquíssimas exceções, que são
antes complementos e esclarecimentos do que verdadeiras modificações.
Esta conformidade com os princípios emitidos, malgrado
a diversidade das fontes em que foram hauridos, é um fato
importante para o estabelecimento da ciência espírita.
Prova nossa própria correspondência que comunicações
em tudo idênticas, se não quanto à forma,
ao menos quanto ao fundo, foram obtidas em diferentes localidades,
e isso muito antes da publicação do nosso livro,
o que veio confirmá-las e dar-lhes um corpo regular. Por
seu lado, a História atesta que a maioria desses princípios
tem sido professada pelos homens mais eminentes, dos tempos antigos
e modernos, assim trazendo a sua sanção.”
(5)
Assim temos, resumidamente, a História de O Livro
dos Espíritos.