Memória
Extra-Cerebral...
É este o termo técnico usado por cientistas e parapsicólogos
para as lembranças espontâneas de crianças que,
geralmente a partir do começo da fala ao redor dos dois anos,
parecem demonstrar recordações referentes a pessoas
e fatos existentes ou ocorridas antes de seu nascimento (STEVENSON,
1995; ANDRADE, 1993; SHRONDER, 2001). As crianças
não dizem lembrar-se que vêem tais pessoas ou fatos,
mas que são estas pessoas e que vivenciaram pessoalmente
estes fatos.
A memória extra-cerebral
traz o incômodo paradoxo de que as lembranças narradas
(e, em vários casos, posteriormente confirmadas através
de documentos, etc.) não foram registradas através
da aparelhagem neuropsicomotora do sujeito que as detêm, mas,
a principio, pelo "cérebro" e demais órgãos
sensoriais de uma outra pessoa, impreterivelmente morta à
época em que a criança espontaneamente narra suas
lembranças, muitas vezes referentes a outras famílias
e em outros locais que não estão em relação
com a família da criança hoje (STEVENSON,
1995; ANDRADE, 1993; SHRODER, 2001). Este fenômeno
faz questionar se o modelo mecanicista da mente dominante na ciência
não será limitado demais... Pois o fenômeno
parece ter um substrato psíquico não necessariamente
associado ao sistema nervoso da criança que recorda.
Hoje, a pesquisa da Memória Extra-Cerebral adentra
os corredores das universidades. Entre estas, temos de
destacar as pesquisas iniciadas pelo Dr. Ian Stevenson na Universidade
de Virgínia, Estados Unidos, onde foi professor de Psiquiatria
e Psicologia e, mas recentemente, chefe da Divisão de Estudos
da Personalidade. A Psychical Research Foundation, da mesma universidade,
possui uma revista própria, científica, dedicada a
todos os aspectos metodológicos da pesquisa que sugiram a
sobrevivência após a morte do corpo físico,
incluindo todos os fenômenos parapsicológicos, além
dos estudos de casos de Memória Extra-Cerebral. A revista
chama-se THETA, não sem razão o nome dado aos prováveis
agentes não-físicos causadores de vários dos
fenômenos paranormais ligados à teoria da sobrevivência
(Poltergeists, Memória Extra-Cerebral, Aparições,
etc.). As pesquisas neste sentido realizadas por pesquisadores da
Universidade de Virgínia ganhou o nome de "Projeto THETA".
Diversos fatores diferenciais são utilizados como métodos
e técnicas de indícios de Reencarnação.
Citemos:
1) Experiências de Regressão de Memória
Artificialmente Provocadas quer
seja através de hipnose ou de relaxamento profundo. Tem o
incoveniente de que a sugestão da regressão possa
provocar lembranças fictícias para atender a expectativa
do hipnólogo, mas, ao mesmo tempo, pode atingir realmente
instâncias profundas do inconsciente (PINCHERLE,
1990);
2) Regressão de Memória
Espontânea. Caso raro em que certas pessoas entram
em transe espontâneo e recordam de eventos prováveis
de vidas passadas;
3) Memórias Espontâneas.
Geralmente ocorrem em crianças e adolescentes que,
em dado momento, começam a recordar nitidamente reminiscências
ligadas a uma personalidade que elas dizem ser em outro tempo e
lugar. Em algumas destas lembranças existem marcas de nascença
que, de alguma forma, estão ligados a traumas físicos
que elas dizem ter causado a morte na sua vida anterior.
Entre os primeiros investigadores
europeus a realizar estudos sobre memórias espontâneas
ligadas a marcas de nascença, está o Dr. Resart
Bayer, psiquiatra e presidente da Sociedade Turca de Parapsicologia.
Fala o Dr. Bayer que "Certos sinais ou marcas
congênitas, muito evidentes, como cicatrizes, etc., que não
têm explicações dentro das leis biológicas
mas que obrigatoriamente têm de ter uma causa" geralmente
associadas às lembranças espontâneas em sua
quase totalidade ligadas a ferimentos e traumas que causaram a morte
em outra vida, e obrigam a ciência a ocupar-se com seriedade
destes fenômenos. O Dr. Stevenson publicou um livro, em dois
volumes, com mais de mil páginas, com casos documentados
de memórias espontâneas ligadas a marcas de nascença
(STEVENSON, 1997).
Estes casos são muito raros, mas o conjunto de casos levantados
por Stevenson e colaboradores não podem ser negligenciados
como as melhores evidências a favor da hipótese da
Reencarnação.