Desencarnou em Caracas (Venezuela) no dia 23 de
novembro, Alipio González já octagenário, após
uma enfermidade que se prolongava.
Originário de Canárias, na Espanha,
sempre viveu na Venezuela. Há mais de 40 anos fundou a editora
"Mensaje Fraternal" e utilizou recursos próprios
seus durante todos esses anos para promoção da tradução
e edição em espanhol de cerca de 30 livros psicografados
por Chico Xavier, contando com apoio e parceria do Instituto de
Difusão Espírita de Araras (SP). Era colaborador assíduo
da publicação "Anuário Espírita",
do IDE. Foi fundador de centro espírita em Caracas e era
conferencista.
Ao longo dessas décadas esteve muitas vezes
em Araras (SP), em visitas a Chico Xavier em Uberaba. Mais de 2,5
milhões exemplares dos livros citados ele disponibilizou
gratuitamente a países de idioma hispânico das Américas.
Durante a gestão de Nestor Masotti no Conselho Espírita
Internacional, Alípio juntamente com o IDE colaborou para
a doação de dois containeres de livros em espanhol
para Cuba. Um terceiro container foi doado com esses livros e mais
uma edição especial de "O Evangelho segundo o
Espiritismo", em espanhol editado pela EDICEI, durante o 7º.
Congresso Mundial de Espiritismo, promovido pelo CEI, em Havana
(Cuba), em 2013). Previamente Alípio González esteve
na sede da FEB em diálogo como o então presidente
Cesar Perri, planejando esta e outras ações. Também
como desdobramento, em novembro de 2013, Alípio recepcionou
e apoiou a viagem do citado dirigente, que veio a ser o primeiro
representante da FEB e também do CEI, a visitar a Federação
Espírita e outras instituições da Venezuela.
Depoimento sobre Alípio González:
"Conhecemos Alípio, há muitos
anos, em viagens que ele fazia a São Paulo em função
de compromissos dele junto ao IDE e visitas ao Chico, em Uberaba.
Durante uma viagem profissional nossa, em fevereiro de 1992, ele
gentilmente nos levou para conhecer a sede da "Mensaje Fraternal"
em Caracas, fato que divulgamos na época na revista RIE.
Desde aquela época e depois em visitas a diversos em tarefas
do CEI, sempre encontramos os livros de Chico Xavier que ele editava
e doava para as instituições espíritas latino-americanos.
O nosso roteiro de palestras e visitas à Venezuela, em
2013, somente foi possível pelo seu apoio, cuidados e acompanhamento
diretos, pois a Venezuela já passava por crises e momentos
complexos. Um fato interessante é que Alípio apreciava
contatos diretos com centros espíritas e seus frequentadores,
inclusive muitos simples, e não aceitava convites para
congressos. Consideramos Alípio o principal divulgador
das obras de Chico Xavier nas Américas". por Cesar
Perri

Fonte: http://www.noticiasespiritas.com.br/2018/NOVEMBRO/26-11-2018.htm