Espiritualidade e Sociedade



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A namoradinha que teve que abortar
- Luiz C. Formiga crítica a defesa do Aborto feita pelo governador do RJ



16/12/2010

No dia 14 de dezembro de 2010, em evento em São Paulo, o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendeu a legalização do aborto com uma frase bem infeliz:

- Quem aqui que não teve uma namoradinha que teve que abortar?


Segundo reportagem de O Globo, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, voltou a defender a legalização do aborto nesta terça-feira durante um evento em São Paulo voltado a empresários de negócios, chamando de "hipocrisia" a falta de discussão sobre o tema que conturbou as eleições presidenciais de 2010. Durante o pleito José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) trouxeram à tona a discussão durante entrevistas e debates eleitorais.

- Quem aqui que não teve uma namoradinha que teve que abortar? - perguntou o governador, depois de afirmar que as clínicas de aborto são comuns no país, que antecipadamente se defendeu: - A gente engravida uma moça... Eu não porque já tenho família e sou bem casado.

Cabral, que foi o convidado do fórum "As novas oportunidades de investimento e negócios no Rio de Janeiro", promovido pela revista "Exame", disse que a hipocrisia impede que o aborto seja encarado como problema de saúde pública. A frase teve enorme repercussão na imprensa, nem tanto pela posição abortista do Governador, mas sim pela forma como foi colocada.

Inconformado com a declaração do governador, o professor Luiz Carlos Formiga escreveu e nos enviou a crônica abaixo

 

A namoradinha que teve que abortar

Luiz Carlos Formiga

Não podemos negar que o governador foi infeliz. Sergio Cabral fazendo política prepara terreno. Livre semeadura, obrigatória colheita. Adversários terão luta difícil. Teses materialistas os deixarão exaustos.

'Quem aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?' diz Cabral (1). Comentou que as clínicas ilegais são comuns no País. Já que governos são incompetentes e incapazes de fazer-lhes frente qual a solução?

Políticos repercutirão a mesma frase. Como se estivessem no confessionário, irão avaliar eleitores por si próprios, como hipócritas.

Cabral defende a prática como método de redução da violência no Rio. Uma violência pode diminuir a outra, conclui (1). “Gentileza gera gentileza” .

A namoradinha engravidou? Não aconteceria se tivesse apelado para a alternativa, não abortiva, do titânio, como contraceptivo (2).

Claro que não se usou o preservativo. Mas, dos males o menor. No entanto, mesmo para as clínicas legais, difícil seria fazer o aborto do vírus da AIDS, se o progenitor irresponsável fosse portador do HIV.

Grávida e soro convertida, seria ainda mais fácil defender a prática “do método de redução de violência no Rio”. Mas, se tivéssemos visão transdisciplinar (educação-terceiro milênio) certamente pensaríamos outros argumentos para usar no Congresso, como em “Ética e Terceiro Milênio”(3).

Comentei, em 93, que para muitas pessoas o carnaval seria lembrado como o período em que se contaminaram com o HIV. A camisinha, de boa qualidade, usada corretamente, é útil, já admitem religiosos. Mas, acreditamos que "sexo seguro" é coisa que se aprende na infância.(4).

Talvez por isso, a mãe, pedagoga, professora de Ensino Fundamental e especialista em Docência de Ensino Superior, tenha se sensibilizado com as questões sobre a “formação da educadora”(5).

Chico Xavier dizia que gravidez é benção. Mas, ele tinha visão holística e é exemplo de Inteligência Espiritual – QS (6)

Sergio Cabral será criticado. Mas, Quem vai atirar a primeira pedra?

Como se comportaria o espírita diante da namora grávida? Na hora da crise seria diferente? Será apenas ele e as suas circunstâncias.

Quando no Núcleo Espírita Universitário tive experiência, Relatei no Panorama Espírita (7).

Foi uma conversa com um acadêmico. Espírita, não ia reunião no NEU, mas me saudava com formalidade.

A lição foi no estacionamento. Disse-me necessitar de ajuda. Quando nos sentimos impotentes para ajudar, boa medida é ouvir com atenção. Estava diante de "grande problema". A namorada estava grávida, mas se recusava a abortar. Aí estão pedras e o governador-alvo.

 

Notas

1. http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,quem-aqui-nao-teve-uma-namoradinha-que-teve-que-abortar--diz-cabral,653615,0.htm

2. http://www.panoramaespirita.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=8092

3. http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=10&texto=524

4. http://meninasespiritas.blogspot.com/2008/02/um-carnaval-inesquecvel.html

5. http://educandooamanha.blogspot.com/

6. http://www.salaemn.hpg.ig.com.br/porqueconsiderointeligente.htm

7. http://www.panoramaespirita.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=5207

 


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