Vítimas do Hábito
Existem pessoas
que encontram muita dificuldade em fazer pequenas mudanças em
seus hábitos.
Pessoas que têm suas coisas bem arrumadas e nos lugares certos,
sempre na mesma posição e, de preferência, na mesma
ordem.
Seguem sempre pelos mesmos caminhos, frequentam os mesmos restaurantes
e pedem os pratos já conhecidos.
Encontram sempre os mesmos amigos, torcedores do mesmo time, e conversam
com os que trabalham em profissões semelhantes.
Geralmente ouvem a mesma rádio, assistem os mesmos canais de
televisão, e variam pouco a programação.
De certa forma, isso as faz sentirem-se seguras. Arriscar não
é do seu feitio.
Por outro lado, pessoas assim acabam sendo vítimas do hábito
e têm grande dificuldade para resolver problemas. A menos que
sejam problemas já conhecidos.
Isso gera ansiedade, depressão e baixa autoestima quando precisam
encontrar solução para situações inesperadas
e sua criatividade é solicitada
Ah, se esses adultos pudessem se ver quando tinham a desenvoltura dos
seus 5 ou 6 anos de idade...
Era uma idade em que a criatividade brotava por todos os poros.
Não faltava solução para problema algum. Não
havia perigo que não fosse afastado com um disparo de água,
com seu revólver de brinquedo.
Não havia guerra que não pudesse ser vencida com algumas
bolinhas de papel, arremessadas com um elástico esticado na ponta
dos dedos.
Agora são executivos, homens e mulheres de negócio...
Pessoas que precisam mostrar seriedade.
Todavia, esquecem-se de que seriedade não quer dizer sisudez
nem falta de um sorriso nos lábios.
Essas reflexões nos fazem lembrar um garoto de setenta e poucos
anos, homem público, respeitável profissional reconhecido
no mundo inteiro, que se diverte brincando com um bilboquê, ou
andando de balanço.
Podemos até imaginar a felicidade dos seus netos ao ver o avô
brincando como um garoto...
Esse homem é um ilustre professor, psiquiatra, educador e escritor
brasileiro.
Ninguém imagina que um homem desses não seja um profissional
sério só porque não assassinou o menino que corria
pelos quintais, fazia piruetas e despencava dos galhos das árvores
de vez em quando.
Não podemos crer que esse profissional seja menos competente
só porque todas as vezes que se sente inseguro, chama o menino
que habita seu ser, e este vem e lhe dá a mão.
Podemos imaginar justamente o contrário: uma grande capacidade
de resolver conflitos e problemas.
Uma pessoa assim tem grande criatividade, leveza e satisfação
em tudo o que faz.
Seus escritos exalam um suave perfume de jardim em flor. Suas ideias
fluem com a suavidade da brisa das manhãs primaveris.
É de pessoas assim que o mundo precisa.
Homens e mulheres confiantes, alegres, honestos, descomplicados, leves...
Pense nisso!
A seriedade é uma característica do
espírito. Um sorriso não a destrói. Um rosto fechado
não a garante.
Pense nisso, e considere que a criança que habita em você
pode lhe ajudar a encontrar a felicidade que há muito você
vem procurando.
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Texto da Equipe de Redação
do Momento Espírita.
www.momento.com.br
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