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PROJETOS INACABADOS
Faz parte da natureza humana sonhar e
idealizar as mais variadas realizações.
Um hábito muito comum é a lista que se faz no início
de cada ano, as famosas "proposições de ano novo".
Costuma-se relacionar hábitos nocivos a serem abandonados, cursos
a serem iniciados e virtudes a serem adquiridas...
Propostas razoáveis e, na maioria das vezes, necessárias
ao desenvolvimento daquele ser que as relacionou.
No entanto, comumente, antes mesmo da primeira semana do ano acabar,
a lista é abandonada em alguma gaveta, juntamente com a disposição
sincera de mudança que a havia inspirado.
E lá se vão para o esquecimento, mais uma vez, as mudanças
prometidas para si mesmo.
Quem se espera enganar?
Afinal, a proposição de reforma íntima atinge primeiramente
ao próprio interessado.
Propostas como essas abandonadas lembram projetos que se iniciam e não
se realizam.
São barcos que jamais alcançam o mar.
Textos sem ponto final.
Obras que não saem da prancheta de desenho.
Músicas jamais executadas.
Flores que não desabrocharam.
Filhos que não nasceram.
Amores inconfessados.
Desenhos que nunca tocaram um papel.
Promessas não cumpridas.
Sonhos abandonados.
* * *
Os dias passam rápidos.
As folhas brotam, crescem e mais adiante caem das árvores,
enquanto as pessoas passam seus dias adiando partidas, retardando
começos e cancelando mudanças.
E o que poderia acontecer de modo voluntário, acaba se tornando
obrigatório..
A vida, um dia, há de nos cobrar pelas realizações
que nos caberiam e que não levamos a termo.
Que realizações serão essas?
Grandes feitos?
Conquistas retumbantes?
Não.
Por certo, as mais significativas missões que nos foram confiadas
têm o objetivo de domar nossas próprias imperfeições.
"Ah! Mas é tão difícil vencer hábitos
antigos!" – poderíamos argumentar.
No entanto, mais difícil ainda será conviver para sempre
com costumes infelizes que amargam a nossa existência e a daqueles
que nos cercam.
Projetos inacabados, por certo, temos vários.
Qual deles retomar e concluir de uma vez por todas?
Cada um de nós deverá saber qual é o mais urgente
e mais viável, por ora.
Trata-se de uma decisão intransferível e inadiável.
É chegada a hora de realizar e de transformar.
É hora de abandonar as desculpas que nos serviram de muletas
por tantos séculos, retardando-nos, no mesmo compasso de atraso
e de teimosia vã.
Pense nisso!
Que o dia de hoje seja uma marca significativa na linha do tempo de
nossas existências.
Pouco importa que dia da semana seja.
Não interessa em que mês do ano estejamos.
Não há porque esperar por outra oportunidade.
Chances são como brisas que surgem rapidamente e se vão
de igual forma.
Não há motivo real e justo para permanecer estacionados
enquanto a vida nos chama a realizar o bem.
Coragem e disposição hão de ser a inspiração
que nos faltava.
Não amanhã, mas sim, hoje.
Não depois, mas sim, a partir de agora.
* * *
Texto da Equipe de Redação
do Momento Espírita.
www.momento.com.br
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