ORAÇÃO PARA NÃO
INCOMODAR
Oração é louvor, pedido e agradecimento.
Assim aprendemos.
De um modo geral, nós mais pedimos do que louvamos
ao Senhor da vida ou lhe agradecemos pela generosidade, que nos alcança
diariamente.
E, quando pedimos, às vezes somos assaltados
por dúvidas acerca do que pedir, ou como pedir.
O Sábio de Nazaré, quando interrogado
a respeito, legou à humanidade a oração que ficou
conhecida como Pai Nosso.
Reconhece e exalta a grandeza do pai de todas as criaturas,
traduz humildade e prega a fraternidade.
As rogativas são para as necessidades mais
essenciais das pessoas, o pão da alma e do corpo, o perdão
das ofensas.
Quem pode viver sem alimento físico e sem combustível
que lhe preencha os anseios do espírito, sem tolerância
e perdão das próprias faltas?
Roga o socorro para evitar a queda e propõe
reflexões em torno do perdoar ao outro, na medida em que almeja
o mesmo para si.
Uma oração completa. Perfeita.
Depois dele, muitos espíritos igualmente deram
suas sugestões, nesse nobre intuito de nos ensinar a orar.
Uma dessas sugestões chama-se oração
para não incomodar, e diz assim:
"Senhor!
Concede-me, por misericórdia, o dom de
me contentar com o que tenho, a fim de fazer o melhor que posso.
Ensina-me a executar uma tarefa de cada vez,
no campo de minhas obrigações, para que eu não
venha a estragar o valor do tempo.
Livra-me da precipitação e da
insegurança, de modo que não busque aflições
desnecessárias ante o futuro, nem me entregue à inutilidade
do presente.
Dá-me a força de esperar com paciência
a solução dos problemas que me digam respeito sem tumultuar
o caminho dos que me cercam.
Ajuda-me a praticar o esquecimento de mim mesmo,
auxiliando-me a fazer pelo menos um benefício aos outros, cada
dia, sem contar isso a ninguém.
Se este ou aquele companheiro me aborrece, induze-me
a olvidar o que se passou, sem dar conhecimento do assunto aos que
me rodeiam.
Ensina-me a não condenar seja a quem
for e, quando algum apontamento injurioso ou alguma nota de crítica
malévola vierem-me à cabeça, ampara-me a fim
de que tenha recursos de dissipá-los em silêncio.
Impele-me a calar toda queixa, em torno das
provas e empecilhos da vida, para que eu não perturbe os que
me compartilham a estrada.
Auxilia-me a conservar boa aparência tanto
quanto o espírito isento de culpa; A falar com voz calma, a
sustentar bons modos; A perder o hábito de impor minhas idéias
ou de contradizer as dos outros sem necessidade.
E ajuda-me, Senhor, a viver na obediência
aos meus deveres e compromissos, trabalhando e servindo, para não
incomodar a ninguém."
* * *
A prece constitui também momento
de reflexão, oportunidade de refazer caminhos e renovar atitudes.
Prece é vivência. Os lábios
falam do que se encontra repleta a alma.
Pense nisso!
* * *
Texto da Equipe de Redação
Momento Espírita, com base no cap. 11, do Espírito André
Luiz, do livro Diálogo dos Vivos, de autoria de Espíritos
diversos, pela mediunidade de Francisco Cândido Cavier, ed.
Geem.
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1208&let=O&stat=0