Não coloque o dedo na ferida
do outro, se não for pra ajudar a cicatrizar.
Não soletre palavras ríspidas a toa.
Não cutuque o que ainda sangra.
Não oprima com conselhos lotados de julgamentos.
Tente estancar a agonia do outro, é fácil, não
custa tentar.
Pra quê esbofetear o sofrimento alheio com punhal de aço?
Pra quê?
Mãos de seda, um toque com leveza cura. Portanto, abrace quando
quiser esmurrar.
Existem pessoas tão espontâneas e que conseguem driblar
a vida com tanta facilidade, que viver parece brincadeira.
Outros carregam o fardo de suas dores e tudo parece muito difícil.
Há uns é dado a grandeza da resiliência, outros
é dado a sabedoria, a paciência.
Outros possuem inteligência rara.
Uns são simples, outros sofisticados, elegantes.
Uns são da terra, outros são das nuvens.
Todos, absolutamente todos, exercem o seu papel insubstituível
nesta terra e a ninguém deverá ser dado o orgulho de se
achar melhor.
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do Sr. Laurindo
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