Espiritualidade e Sociedade




Emmanuel / Chico Xavier

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Em matéria de oração, não esqueça o ensinamento do Cristo em seu Divino intercâmbio com o Amor Ilimitado de Deus.

Na linha de todos os Seus propósitos, há sempre o bem dos outros, com a bênção imediata do Céu, notando-se que o bem Dele próprio estava sempre aparentemente esquecido.

Começa na Manjedoura, com extensas possibilidades de anunciar a própria vinda, através da Estrela Soberana que desperta reis e pastores para o fulgor de Sua presença, mas não consegue tocar os corações humanos que O relegam à intempérie na estrebaria.

Alcança sucesso espetacular na cura de leprosos e obsedados, cegos e paralíticos que se sentem restituídos à bênção da luz e do movimento, da esperança e do equilíbrio, contudo, não modifica o pensamento suspeitoso dos grandes sacerdotes do seu tempo, com respeito a Si próprio.

Levanta Lázaro do túmulo de lodo para a alegria de Betânia, todavia, não soergue Judas do sepulcro de ilusão, em que Se lhe compromete o apostolado divino.

Plasma a admiração e a amizade no espírito de um Arimatéia, que O segue de longe, no entanto, não pode evitar a fraqueza de Simão que O acompanha de perto.

Retira dos ombros de Seus contemporâneos o madeiro arrasador da loucura e da negação, da enfermidade e da morte, entretanto, não logra escapar ao martírio da cruz, em que Se confia ao sacrifício supremo.

Não te desmandes na exigência indiscriminada, quando te colocares em prece.

Apresenta-te ao Criador, tal qual és, na certeza de que a Sua Infinita Sabedoria nos conhece as necessidades, ao passo que nunca sabemos, em verdade, qual seja a substância real de nossos desejos.
Atendamos ao bem dos outros e Deus proverá nosso próprio bem.

Foi talvez por isso mesmo que o Cristo, ensinando-nos a orar, em abordando o problema de nossas aspirações, declarou, resoluto, diante do Pai Altíssimo:

- “Faça-se a vossa vontade, assim na Terra como no Céu.”




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Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Os Dois Maiores Amores. Lição nº 10. Página 41.




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