Em matéria de oração,
não esqueça o ensinamento do Cristo em seu Divino intercâmbio
com o Amor Ilimitado de Deus.
Na linha de todos os Seus propósitos, há sempre o bem
dos outros, com a bênção imediata do Céu,
notando-se que o bem Dele próprio estava sempre aparentemente
esquecido.
Começa na Manjedoura, com extensas possibilidades de anunciar
a própria vinda, através da Estrela Soberana que desperta
reis e pastores para o fulgor de Sua presença, mas não
consegue tocar os corações humanos que O relegam à
intempérie na estrebaria.
Alcança sucesso espetacular na cura de leprosos e obsedados,
cegos e paralíticos que se sentem restituídos à
bênção da luz e do movimento, da esperança
e do equilíbrio, contudo, não modifica o pensamento
suspeitoso dos grandes sacerdotes do seu tempo, com respeito a Si
próprio.
Levanta Lázaro do túmulo de lodo para a alegria de Betânia,
todavia, não soergue Judas do sepulcro de ilusão, em
que Se lhe compromete o apostolado divino.
Plasma a admiração e a amizade no espírito de
um Arimatéia, que O segue de longe, no entanto, não
pode evitar a fraqueza de Simão que O acompanha de perto.
Retira dos ombros de Seus contemporâneos o madeiro arrasador
da loucura e da negação, da enfermidade e da morte,
entretanto, não logra escapar ao martírio da cruz, em
que Se confia ao sacrifício supremo.
Não te desmandes na exigência indiscriminada, quando
te colocares em prece.
Apresenta-te ao Criador, tal qual és, na certeza de que a Sua
Infinita Sabedoria nos conhece as necessidades, ao passo que nunca
sabemos, em verdade, qual seja a substância real de nossos desejos.
Atendamos ao bem dos outros e Deus proverá nosso próprio
bem.
Foi talvez por isso mesmo que o Cristo, ensinando-nos a orar, em abordando
o problema de nossas aspirações, declarou, resoluto,
diante do Pai Altíssimo:
- “Faça-se a vossa vontade,
assim na Terra como no Céu.”