Mudando de Ideia
(...) Assim trabalhando, é necessário
socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor Jesus (...) ele
mesmo disse:
Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber"
(Atos 20.35).
O trabalho honesto dignifica e enobrece quando o seu
alvo principal é o de compartilhar e não o da ganância
de acumular apenas!
Ninguém deseja ser explorado por ninguém,
mas qualquer pessoa pode se sentir
recompensada, repartindo voluntariamente, com aqueles que necessitam
e sofrem privações, um pouco daquilo que representa o
fruto do seu trabalho.
O ato de socorrer produz um sentimento agradável
de realização íntima, bem maior do que aquele que
sentimos quando socorridos por alguém.
Isto porque quando somos ajudados, ainda que reconhecidos
pela nobreza do gesto demonstrado pelo nosso benfeitor, sentimo-nos
sempre colocados na condição de devedores, enquanto que
aquele que socorre o próximo despretensiosamente jamais se considera
um credor.
Uma pobre viúva, muito enferma, trabalhava
muito mais do que suas forças permitiam.
Para dar conta do enorme amontoado de tarefas, ela
não podia dispensar a ajuda do filho de dez anos.
Porém, acontecia que a cada novo dia o garoto
demonstrava sempre uma insatisfação crescente por causa
do tempo despendido naquela ajuda insignificante até.
Por mais que a mãe procurasse fazê-lo
entender a real situação econômica da família,
ele menos aceitava o fato de precisar prestar-lhe alguma ajuda.
Certa manhã ele estava mais revoltado ainda
e, de repente, deixando cair algumas lágrimas, implorou para
que a mãe o deixasse encontrar-se com um colega que iria ajudá-lo
no preparo dos deveres escolares.
Obtida a permissão, saiu feliz por haver enganado
a pobre mãe com a história que
soube simular tão bem.
Antes de chegar no lugar onde os companheiros estavam
brincando, ele passou em frente a um casebre quase em ruínas
e ali viu sentado um menino menor do que ele.
Trazia ao colo uma cesta e tinha a mão direita
enfaixada e metida numa tipóia.
Curioso, ele indagou:
- O que é que você está fazendo?
- Oh, estou vendendo fósforos, botões
e agulhas para ajudar um pouco a minha mãe.
- Coitada, está doente mas assim mesmo tem
de trabalhar para o sustento da casa, porque não tenho mais meu
pai respondeu a criança.
- Mas você só trabalha com a mão
esquerda? - continuou o menino.
- Tem que ser-respondeu. Eu escorreguei, quando ajudava
mamãe a estender a roupa, e fraturei um dedo.
- Mas continuo ajudando agora, vendendo estas miudezas.
- É duro não ter pai. Você tem
pai?
- Não - respondeu envergonhado o curioso. Minha
mãe também é lavadeira e como a sua também
trabalha doente. Preciso voltar agora mesmo para casa e ajudá-la
a estender a roupa...
Virando-se, correu em direção à
casa.
Limpava agora as lágrimas sinceras que rolavam
pelas faces e cabisbaixo entrou pegando a caixa de prendedores, para
começar a estender as peças já lavadas.
A partir daí, o menino aprendeu a ajudar a
mãe com alegria e compreensão.
Autor Desconhecido
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