Ninguém vive só.
Nossa alma é sempre núcleo de influência para os
demais.
Nossos atos possuem linguagem positiva.
Nossas palavras influenciam à distância.
Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.
Ações e reações caracterizam-nos a marcha.
Assim, é necessário saber que espécie de forças
projetamos naqueles que nos cercam.
Nossa conduta é um livro aberto que denuncia nossa condição
interior.
Muitos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo,
gerando inesperadas resoluções.
Quantas frases, aparentemente inexpressivas, que saem da nossa boca
e estabelecem grandes acontecimentos.
A cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal.
Dirigentes arrastam dirigidos.
Administrados inspiram administradores.
Qual caminho nossa atitude está indicando?
Um pouco de fermento leveda toda a massa.
Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa
influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial. Cuidado,
pois, com o alimento invisível que você fornece às
vidas que o rodeiam.
Em momentos de indignação, uma palavra mal colocada pode
ser o estopim para induzir o próximo ao cometimento de desatinos
de conseqüências irreversíveis.
Um comentário maldoso talvez se multiplique ao infinito, causando
na vida alheia dores e humilhações intensas.
O pai que não cumpre os compromissos assumidos com os filhos
pode suscitar nestes a idéia de que não é importante
manter a palavra dada.
Esse exemplo negativo pode multiplicar-se por gerações.
O chefe que não assume a responsabilidade pela orientação
que dá aos subordinados instala a desconfiança em sua
equipe.
Em momentos de crise, a ausência de coesão no ambiente
de trabalho pode levar uma empresa à falência, em prejuízo
de toda a coletividade.
Por outro lado, comentar as virtudes de alguém que cometeu um
pequeno deslize talvez faça cessar a maledicência.
Em momentos de distúrbio, quem consegue manter o equilíbrio
e a paz, exteriorizando isso mediante atos e palavras, faz murchar a
insânia dos demais.
Não raro tal conduta provoca um generalizado constrangimento,
pela imediata e coletiva percepção do equívoco
em que se incidia.
Não há nada como a grandeza alheia para fazer o homem
perceber sua própria pequenez.
Defender corajosamente os mais fracos quiçá tenha o condão
de motivar outras pessoas a também protegerem os desvalidos.
Manter-se honesto e íntegro, mesmo em face das maiores tentações,
talvez seduza outros para a causa do bem.
A visão da generosidade em franca atividade é um grande
consolo, em um mundo onde o egoísmo grassa.
Por se afigurar admirável a prática de virtudes, há
tendência de alguém genuinamente virtuoso ser admirado
e imitado.
Nosso destino se desdobra em correntes de fluxo e refluxo.
As forças que exteriorizamos hoje, potencializadas pelos atos
que inspiramos, voltarão a nossa vida amanhã.
Desse modo, nunca é demais prestar atenção no testemunho
que damos.
Será nossa presença um fator de equilíbrio no mundo?
Por força da lei de causa e efeito, que opera no universo, recebemos
o que damos.
Se desejamos paz, compreensão e conforto, devemos oferecê-los
ao próximo, por meio de nossos sentimentos, atos e palavras.
Pensemos nisso.
* * *
Equipe de Redação do Momento
Espírita, com base no capítulo XIII do livro Segue-me!...,
do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier.
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