Quando o mal te visite o caminho, golpeando-te
o coração ou assoprando-te à alma sugestões
infelizes, lembra-te daquela caridade simples ao alcance de todos.
À maneira de um anjo mudo, não somente cicatriza as chagas
abertas em nossos melhores sonhos pelas farpas da realidade, mas consegue
também refazer-nos a esperança e devolver-nos a alegria.
Não apenas apaga o incêndio da rebeldia começante,
como igualmente improvisa recursos para que a tranqüilidade retorne
ao governo das consciências.
Não só atende à ventura e à beleza do lar
em que estagias no mundo, como também te assegura harmonia e
consolo permanentes, ainda mesmo quando tragas os próprios pés
enrodilhados no espinheiro das provações.
Dela depende o nosso triunfo nas lides a que nos empenhamos, na reconstrução
do futuro melhor.
Nela jazem consubstanciadas a segurança dos pais e a bênção
dos filhos.
Através dela perpetua-se a amizade, cresce a paz em torno de
nossos dias, ergue-se nos a prece nobre e viva, purificam-se nos os
sentimentos, eleva-se nos o padrão de serviço e estabiliza-se
ao redor de nossa experiência com a respeitabilidade de que não
podemos prescindir na execução de nossas mínimas
tarefas.
Por ela, toda a nossa vida, a cada minuto, se faz mais digna e preciosa.
Cultivemo-la, sem repouso, com o devotamento e a confiança de
quem encontrou um guia imperturbável, porque essa caridade ao
alcance de todas as criaturas, é "a caridade do perdão",
a única força capaz de encaminhar-nos à vitória
do Bem.
* * *
Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Tocando o Barco. Lição nº 15. Página
52.
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