Sabemos todos que o pensamento é onda
de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza
que lhe é própria.
Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num
oceano de energia mental.
Cada um de nós é um centro de princípios atuantes
ou de irradiações que liberamos, consciente ou inconscientemente.
Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos
exprime as ideias e as intenções que nos caracterizem,
mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra
qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno
das vibrações benéficas ou negativas que lançamos
de nós, sem a apreciação imediata dos outros.
Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão
de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades
do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.
Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença
da luz que dissolve as trevas.
Cultivemos a caridade do pensamento.
Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve
de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.
No exercício da compaixão, que é a beneficência
da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que
falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te
inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque
mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas
se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo
que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.