Nosso estudo parte da visão biopsicossocial e espiritual do ser
humano. Em dissertação de mestrado desenvolvemos o estudo
da intervenção terapêutica “Relaxamento, Imagens
Mentais e Espiritualidade (RIME)” para pacientes terminais e em
nossa tese de doutorado operacionalizamos um Programa de Treinamento
sobre esta intervenção para profissionais da saúde.
A Intervenção RIME é composta pela integração
das técnicas de Relaxamento Mental e Visualização
de Imagens Mentais com os elementos que compõem a questão
da Espiritualidade. Neste artigo apresentamos as bases teóricas
que compõem a questão da Espiritualidade, na construção
da Intervenção Terapêutica RIME. Desde os primórdios
da humanidade o homem sempre se indagou sobre a questão da Espiritualidade.
Muitos pensadores abordaram esta questão sob os mais diversos
prismas e, por esta razão, é praticamente impossível
abordarmos este tema na sua totalidade. O critério de escolha
das nossas bases teóricas foi o significado da espiritualidade,
necessidade espirituais de doentes terminais, o mundo espiritual, a
morte e o pós-morte, dentro de uma perspectiva acadêmica
e não religiosa, a partir das afinidades conceituais e filosóficas
da autora. Embora tenhamos composto nossas bases teóricas sobre
a questão da Espiritualidade para o trabalho específico
com pacientes terminais, esta questão, na abordagem médica
e psicológica, não se limita ao trabalho com doentes fora
de possibilidade de cura.
I - INTRODUÇÃO
Em Dissertação de Mestrado (ELIAS,
2001; ELIAS, 2002; ELIAS, 2003; ELIAS, 2006; ELIAS e GIGLIO, 2001a;
ELIAS e GIGLIO, 2001b; ELIAS e GIGLIO, 2002a; ELIAS e GIGLIO, 2002b)
estudamos, qualitativamente, a eficácia de intervenção
psicoterapêutica para pacientes terminais, por nós desenvolvida,
através da integração das técnicas de Relaxamento
Mental e Visualização de Imagens Mentais com os elementos
que compõem a natureza da Espiritualidade, colhidos dos dados
empíricos sobre os relatos dos pacientes que passaram por uma
Experiência de Quase Morte (E.Q.M.) e voltaram a viver normalmente.
Nesta dissertação, observamos que foi possível
re–significar a Dor Simbólica da Morte, representada pela
Dor Psíquica e pela Dor Espiritual, durante o processo de morrer,
ou seja, proporcionar melhor Qualidade de Vida no processo de morrer
e morte mais serena aos pacientes terminais (ELIAS,
2001; ELIAS, 2002; ELIAS, 2003; ELIAS, 2006; ELIAS e GIGLIO, 2001a;
ELIAS e GIGLIO, 2001b; ELIAS e GIGLIO, 2002a; ELIAS e GIGLIO, 2002b).
A Dor Psíquica foi entendida, naquele estudo, como medo do sofrimento
e humor depressivo representado pelas tristezas, angústias e
culpas. A Dor Espiritual foi compreendida como medo da morte, medo do
pós-morte, idéias e concepções negativas
em relação ao sentido da vida e à espiritualidade
e culpas perante Deus.
Observamos que, no período final da fase ‘Fora de Possibilidade
de Cura’ até o óbito, a Dor Espiritual foi prevalente
e mais relevante que a Dor Psíquica, principalmente no que se
refere ao medo da morte e ao medo do pós-morte (ELIAS,
2001; ELIAS, 2002; ELIAS, 2003; ELIAS, 2006; ELIAS e GIGLIO, 2001a;
ELIAS e GIGLIO, 2001b; ELIAS e GIGLIO, 2002a; ELIAS e GIGLIO, 2002b).
Observamos também que a re-significação apenas
da Dor Espiritual foi aspecto suficiente para que o paciente pudesse
morrer de forma mais serena, sem medo e sem desespero, vivenciando desta
maneira uma boa Qualidade de Morte (ELIAS, 2001;
ELIAS, 2002; ELIAS, 2003; ELIAS, 2006; ELIAS e GIGLIO, 2001a; ELIAS
e GIGLIO, 2001b; ELIAS e GIGLIO, 2002a; ELIAS e GIGLIO, 2002b).
Frente às conclusões acima citadas decidimos aprofundar
nossos estudos sobre a aplicação desta forma de abordagem
ao paciente terminal e viabilizar sua utilização por outros
profissionais da área de saúde. Para alcançar estes
objetivos operacionalizamos, na Tese de Doutorado, um Programa de Treinamento
para a Intervenção que desenvolvemos no Mestrado: “Relaxamento,
Imagens Mentais e Espiritualidade” e que abreviamos como RIME.
Convidamos para participar da pesquisa, profissionais experientes e/ou
estudiosos na área de Cuidados Paliativos, como enfermeiros,
médicos, psicólogos e terapeutas que prestam serviços
espiritualistas (ELIAS, 2005, ARAÚJO ELIAS
et al 2006, ELIAS et al, 2007, ELIAS, GIGLIO, PIMENTA, 2008).
Também, frente às conclusões que obtivemos em nossa
dissertação de mestrado sobre a prevalência e a
relevância da Dor Espiritual em relação à
Dor Psíquica, na Tese de Doutorado passamos a trabalhar apenas
com a Dor Espiritual e, por esta razão, não denominamos
mais a Intervenção de Psicoterapêutica, mas sim
de Terapêutica. A Dor Espiritual, no presente estudo, foi compreendida
do modo acima citado.
O método RIME, ao integrar as técnicas de Relaxamento
Mental e Visualização de Imagens Mentais com os elementos
que compõem a questão da Espiritualidade, com o objetivo
de re-significar a Dor Espiritual de pacientes terminais, parte de uma
visão biopsicossocial e espiritual do ser humano.
II – FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA
ESPIRITUALIDADE PARA A CONSTRUÇÃO DA INTERVENÇÃO
RIME
Desde os primórdios da humanidade o homem sempre se indagou sobre
a questão da espiritualidade. Muitos pensadores abordaram esta
questão sob os mais diversos prismas e, por esta razão,
é praticamente impossível abordarmos este tema na sua
totalidade. O critério para escolha das bases teóricas
adotadas foi o significado da espiritualidade, as necessidades espirituais
de doentes terminais, o mundo espiritual, a morte e o pós-morte,
dentro de uma perspectiva acadêmica e não religiosa, a
partir das afinidades conceituais e filosóficas da pesquisadora
e de seu estudo anterior no mestrado.
A seguir relacionamos os estudos dos autores que compõem nossas
bases teóricas, com breve biografia destes autores, pesquisada
nos livros publicados e no “site” de busca da Internet “www.google.com.br”.
- Carl Gustav Jung.
Nossa primeira base teórica é Carl Gustav Jung, médico
psiquiatra suíço, fundador da Psicologia Analítica,
falecido em 1961. JUNG (2001) afirmou que sua vida é a história
de um inconsciente que cumpriu a própria missão.
As vivências espirituais são muitas vezes entendidas como
vivências religiosas, mas, dentro de uma visão científica
faz–se necessária uma diferenciação entre
ambas. Para JUNG (1986a) a espiritualidade não se refere a uma
determinada profissão de fé religiosa, e sim à
relação transcendental da alma com a divindade e à
mudança que daí resulta; ou seja, espiritualidade está
relacionada a uma atitude, a uma ação interna, a uma ampliação
da consciência, a um contato do indivíduo com sentimentos
e pensamentos superiores e no fortalecimento, amadurecimento, que este
contato pode resultar para a personalidade. Um dos caminhos possíveis
para processar–se esta relação transcendental da
alma com a divindade, segundo JUNG (1986c), é a meditação.
Desta forma, para este autor, a espiritualidade não está
relacionada a crenças e dogmas, os quais pertencem ao campo das
religiões institucionalizadas. Estas sim são confissões
de fé, isto é, são formas codificadas e dogmatizadas
de experiências espirituais originárias. (JUNG, 1986a).
JUNG (1986b), em 1951, trabalhou com o conceito do Arquétipo
do Si Mesmo definindo-o como a sede da identidade subjetiva, o centro
ordenador e unificador da psique, simbolizado por Cristo, e como sede
da identidade objetiva, consciente, o ego. Pontuou que quanto maior
fosse o número de conteúdos coletivos inconscientes assimilados
ao ego consciente, (processo possível através da meditação)
e quanto mais significativos fossem, tanto mais esta instância
psíquica se aproximaria do Si Mesmo ou “Self”, muito
embora esta aproximação possa nunca chegar ao fim.
JUNG (2001), embora não tenha considerado a realidade espiritual
apenas uma representação simbólica do mundo físico,
interpretou o mito e as imagens simbólicas como mediadores entre
o inconsciente e o consciente e entre o mundo espiritual e o mundo físico
porque observou que não conseguimos com os elementos tridimensionais
do mundo material, compreender a realidade espiritual em sua forma pura.
Em outra obra, este autor, JUNG (1993) afirmou que quando a mente explora
um símbolo, ela é conduzida a idéias que estão
fora do alcance da nossa razão.
- Celso Charuri
Nossa segunda base teórica é Celso Charuri, médico,
cirurgião, psicanalista e filósofo brasileiro, falecido
na década de 1980. CHARURI (2001) afirmou que a Amizade deu razão
à sua vida.
CHARURI (2001), à semelhança de Jung, referiu–se
ao mundo espiritual também de forma simbólica. Ensinou
que a dimensão espiritual é composta por elementos relacionados
aos sentimentos e que, por esta razão, não pode ser racionalizada.
Segundo CHARURI (2001) a Espiritualidade está relacionada à
vivência do "Amor Maior", que é um sentimento
absoluto para o qual não há doses, é um estado
de plenitude que se manifesta independente das circunstâncias.
O “Amor Maior” se expressa como “Luz” porque
não está vinculado aos aspectos materiais da existência
e sim às virtudes universais, que se manifestam na personalidade
através da ampliação da consciência sobre
o sentido e a razão da vida.
Entre as virtudes universais que permitem a integração
com a Espiritualidade, CHARURI (2001) destacou o Respeito. Segundo este
médico e filósofo, o Respeito deve estar relacionado a
todos os acontecimentos, porque há um significado e uma possibilidade
de crescimento em todas as expressões da vida de um ser humano.
O Respeito, quando vivenciado, resulta em atitudes de docilidade, meiguice
e pureza, que em ultima instância, sempre estarão a serviço
do desenvolvimento positivo da personalidade, da re-significação
do sofrimento e da conexão com a sabedoria interna.
- Experiências de Quase Morte (E.Q.M.).
Como terceira base teórica desenvolvemos os elementos que compõem
a questão da Espiritualidade a partir dos estudos de autores
médicos sobre as E.Q.M., relacionados a seguir: Raymond Moody
Jr, Elisabeth Kübler-Ross, Melvin Morse, Pin Van Lommel, Bruce
Greyson, Peter Fenwick, Sam Parnia, Brian
Weiss.
E.Q.M. é uma expressão cunhada por MOODY JR (1989, 1992)
para conceituar a vivência de indivíduos que foram dados
como clinicamente mortos, voltaram a viver normalmente e lembram-se
de terem experimentado todos ou alguns dos eventos abaixo descritos.
Segundo os autores médicos que estão estudando a E.Q.M.
(GREYSON, 2000, 2003; KÜBLER–ROSS, 1998, 2003; MOODY JR,
1989, 1992; MORSE e PERRY, 1997; PARNIA e FENWICK, 2001; VAN LOMMEL,
2004; VAN LOMMEL et al, 2001; WEISS, 1998, 1999), os principais eventos
descritos por estes pacientes são:
Sensação de estar morto.
Sensação de flutuar para fora do corpo.
Paz e ausência de dor.
Emoções positivas.
Capacidade de se deslocarem na velocidade do
pensamento, para o local que desejassem.
Capacidade de ouvir o que os médicos
e os familiares estavam falando de uma perspectiva que não
teriam, se estivessem em seus corpos, deitados.
Mover-se em um túnel e ser atraído
por uma luz brilhante branca, dourada, azul ou visualização
de bonitas pontes ou portas ornamentadas e belas, por onde atravessavam
para uma outra dimensão, para o mundo espiritual.
Encontro com parentes ou amigos já falecidos.
Contato com Seres Espirituais, denominados
por estes pacientes como Seres de Luz (Comunicação com
a Luz) que irradiam amor incondicional, amparo, conforto, proteção.
Entrada em lugares muito bonitos, como jardins
floridos, bosques, lagos e envolvidos por uma luz muito brilhante.
Recapitulação da própria
vida não como julgamento, mas sim como forma de compreensão
do que cada um verdadeiramente é, e compreensão do verdadeiro
sentido da vida, que é o aprendizado do amor incondicional
e a aquisição de conhecimento, principalmente auto–conhecimento.
Reestruturação positiva da personalidade
através do contato com a “Luz” (Comunicação
com a Luz).
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