Resumo
A história do luteranismo no sul do Brasil
está associada à vinda dos imigrantes alemães
no século XIX. As primeiras comunidades que surgiram em solo
gaúcho tiveram como característica marcante uma profunda
autonomia. Sem vínculos com a Igreja na Alemanha e sem sínodos,
os colonos luteranos construíram suas comunidades com vistas
a atender as necessidades sócio-religiosas. Cada comuna tinha
sua diretoria que era responsável por gerir os negócios
da igreja. Essa relação horizontal de poder, onde
as decisões eram tomadas em assembleia, sempre foi reforçada
como uma característica dos luteranos da igreja da imigração.
O presente artigo discute essa imagem positivada
apresentando um caso exemplar que evidencia que as tensões
e os conflitos eram muito mais comuns do que a historiografia ligada
ao tema tem apontado.
Roberto Radünz
Doutor em História (PUCRS). Professor
da Universidade de Santa Cruz do Sul e do Programa de Pós-Graduação
em História da Universidade de Caxias do Sul.
Olgário Paulo Vogt
Doutor em Desenvolvimento Regional (UNISC).
Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Regional da Universidade de Santa Cruz do Sul
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