Espiritualidade e Sociedade



Wiliam César Alves Machado; Nébia Maria Almeida de Figueiredo

>     Tocar para cuidar: um impulso de amor para o cuidado de enfermagem – resgatando uma experiência de ser tocado

Artigos, teses e publicações

Wiliam César Alves Machado; Nébia Maria Almeida de Figueiredo
 >    Tocar para cuidar: um impulso de amor para o cuidado de enfermagem – resgatando uma experiência de ser tocado

 

 


Sobre os Autores:

Wiliam César Alves Machado
- Doutor em Enfermagem pela EEAN – UFRJ, Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAP – UNIRIO e Professor da Faculdade de Enfermagem de juiz de Fora - UNIPAC

Nébia Maria Almeida de Figueiredo
- Doutora em Enfermagem pela EEAN – UFRJ, Professora Titular do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAP – UNIRIO.

 

 

 

(texto inicial)
Abrindo o caminho...

Embora tendenciosamente controvertido por forças do paradigma mecanicista da ciência contemporânea, o TOQUE como instrumento de cura nas intervenções autônomas de cuidar da Enfermagem, cada vez mais, conquista espaço na esfera acadêmica. Resgatado das tradições imemoriais da evolução do conhecimento humano, hoje, delineia o perfil da prática profissional no contexto da ordem do terceiro milênio por contemplar a força e o poder da intuição, do sensível e de toda a subjetividade que envolve a natureza humana. A intuição é para Schulz (1998) a capacidade de fazer uma determinação correta, baseando-se em dados inadequados. Isto é, fazer um diagnóstico dos sinais que o corpo do cliente emite ou dos insights que partem do nosso próprio corpo, freqüentemente passados despercebidos, os quais não registramos, mas que pulsam dentro de nós, nos instigando a buscar uma resposta para algo que nossa consciência, nosso eu interno, nosso coração apontam; por exemplo, podemos intuir que um cliente precisa de ajuda mesmo sem que ele nos relate qualquer queixa, seguindo as pistas em busca da confirmação ou não. Na maioria das vezes acertamos, o que nos parece ser intuição.

O estudo pioneiro que Dolores Krieger (professora da Universidade de Nova York) em seu livro The Therapeutic Touch, que serve de referência para pesquisadores de várias áreas, diferencia-se sobremaneira de outros estudos sobre como compreendemos e implementamos o toque como medida e/ou intervenção para o cuidado de enfermagem, por dois aspectos essenciais. Em primeiro lugar, ela parte de idéias que levantou baseada em seus conhecimentos de neurofisiologia, algumas leituras sobre práticas de saúde da ioga, dos vedas, dos tibetanos, da medicina chinesa, e ainda do prana – termo sânscrito para o sistema de energias que se refere aos fatores organizadores que estão por trás do que chamamos processos de vida e que é responsável, entre outras coisas, por fenômenos tais como regeneração e cura de feridas. A Dra. Krieger parte do princípio de que as funções do corpo humano estão relacionadas a uma corrente elétrica e que cada ser humano tem o seu próprio campo, interno e externo, interagindo com o meio ambiente. Assim, no toque terapêutico, o profissional ou curador direciona o campo energético do cliente, deslocando as suas mãos sobre o corpo a uma distância de 10 a 15 cm, através de gestos semelhantes ao varrer, dotando-os de uma enérgica intenção de curá-lo. Este tipo de procedimento é também chamado de “harmonizar o campo.”

 


- texto completo disponível em pdf - clique aqui para acessar -

 

 

Fonte: http://www.entreamigos.com.br/node/253




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