Espiritualidade e Sociedade





Geraldo Lemos Neto

>   Bicorporeidade em Chico Xavier

Artigos, teses e publicações

Geraldo Lemos Neto
>   Bicorporeidade em Chico Xavier

 

 

 

Na obra “Luz Bendita” consta o testemunho de Maria Philomena Aluotto Berutto sobre curioso caso de bicorporeidade, em que Chico Xavier, com o corpo físico situado em Uberaba-MG, compareceu em cidade do interior do Maranhão para auxiliar um senhor cujo nome foi identificado como de Santinônimo:

“Encontrava-se ali o comandante Santinônimo (assim entendemos o seu nome), que nos relatou singular ocorrência. Aterrissara ele seu avião em pequena cidade do interior do Maranhão, a fim de pernoitar e levantar voo na manhã seguinte.

Como a temperatura estivesse elevada, deixou aberta a janela do quarto, pensando fechá-la mais tarde, antes de adormecer, o que não fez, porque adormeceu profundamente.
Mais ou menos às 4 horas da madrugada, despertando; lembrou-se da janela aberta. Levantou-se, para fechá-la, mas verificou, surpreso, que estava fechada. Estranhou, naturalmente, o fato, mas logo o esqueceu.

Semanas depois foi a Uberaba para visitar o Chico, que o recebeu com as seguintes palavras: ‘Meu caro Santinônimo que susto você me deu, deixando aberta a janela do hotel! Receoso de que algo lhe acontecesse, fui fechá-la, enquanto você dormia!’”[1]


Maria Philomena Aluotto Berutto na mesma obra relata outro caso de bicorporeidade por parte de Chico Xavier, que envolveu maior número de testemunhas:

“Relato, agora, outro episódio revelador da personalidade espiritual de Chico Xavier, ocorrido por ocasião de sua vinda à capital mineira para receber, na Secretaria de Saúde, em 8 de novembro de 1974, o diploma de Cidadão de Belo Horizonte.

Dia seguinte, visitou a União Espírita Mineira. Após 7 horas de atendimento aos que o procuravam, com a bondade de sempre, fomos surpreendidos com ruidosa manifestação em um grupo de pessoas que vinham em nossa direção.
Empunhando uma arma, alguém bradava: ‘Ninguém vai tocar em Chico Xavier: Eu o defenderei de qualquer um. Ele é um santo!’
Notava-se o desequilíbrio da pessoa, o que aumentava a apreensão de todos, especialmente porque em sua mão havia a realidade de uma arma de fogo, de grosso calibre…

A movimentação aumenta no recinto, uns se apavorando, outros procurando correr, e outros, ainda, tentando controlar a pessoa.
O Chico, tranquilo, afasta-se um pouco do grupo e põe-se em silêncio, permanecendo, contudo, no recinto.

Descemos ao andar térreo pensando em providências defensivas, e, para nosso alívio, um jipe com militares da PMMG para junto ao meio-fio e os seus ocupantes, comandados por um distinto sargento, vêm ao nosso encontro, sendo recebidos com as seguintes palavras:

‘Graças a Deus vocês chegaram em boa hora: estamos com problemas lá em cima!’

E antes de qualquer explicação, para surpresa nossa, o Chefe da Patrulha fala:

‘Não tem nada não, vamos subir. O senhor Chico Xavier foi nos chamar na estação rodoviária, onde nos encontrávamos em serviço de ronda. Viemos logo atender ao chamado!’

Fora evidente o fenômeno de bi-locação.
Em poucos minutos a situação normalizava-se. O difícil foi impedir os nossos estarrecidos comentários…”
[2]

 

No livro “Chico Xavier - meus pedaços do espelho”, Marlene Nobre afirma ter ouvido o testemunho de algumas pessoas que presenciaram a bicorporeidade em Chico Xavier. A pesquisadora destaca que o médium se fizera presente por essa via mesmo em Londres. E relata o caso narrado por Gerson Monteiro, presidente da Fundação Cristã Espírita Paulo de Tarso:

“Pude constatar a prova da superioridade moral de Chico Xavier ao participar de uma reunião de efeitos físicos, no Grupo Espírita Dias da Cruz, em Caratinga/MG, no ano de 1975, para tratamento das coronárias. Nessas reuniões, os Espíritos se materializavam por intermédio do ectoplasma fornecido pelo médium Antônio Salles, onde centenas de pessoas foram operadas, tratadas e curadas gratuitamente. Numa delas, fui abraçado por Chico Xavier materializado, constatando que, ao seu lado, se encontrava seu guia espiritual Emmanuel, materializado também. Ao fim de sua visita, ouvimos a voz do Espírito Bezerra de Menezes dizendo: ‘Chico, está na hora de nós irmos embora’. Chico me confirmou esse fato pessoalmente, quando almoçava com ele numa de suas visitas à Fundação Marieta Gaio, nobre instituição espírita do Rio de Janeiro. É importante esclarecer que o corpo de Chico Xavier repousava em Uberaba, no momento de sua aparição tangível em Caratinga, a 700 quilômetros de distância daquela cidade.”[3]

 

 

Notas

[1] GERMINHASI, Rubens Silvio; XAVIER, Francisco Cândido. Luz Bendita. São Paulo: Ed. Ideal, 1977, p. 142.
[2] GERMINHASI, Rubens Silvio; XAVIER, Francisco Cândido. Luz Bendita. São Paulo: Ed. Ideal, 1977, p. 142.
[3] NOBRE, Marlene. Chico Xavier - meus pedaços do espelho. São Paulo: FE Editora Jornalística, Paulo: 2014, p. 54.

 

 

Fonte: https://www.facebook.com/geraldo.lemosneto/posts/10155165989229730

 

 

 

* * *

 

 



topo

 

 

Acessem os Artigos, teses e publicações: ordem pelo sobrenome dos autores :
- A - B - C - D - E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - O - P - Q - R - S - T - U - V - W - X - Y - Z 
  - Allan Kardec
   -   Special Page - Translated Titles
* lembrete - obras psicografadas entram pelo nome do autor espiritual :