Resumo
As relações entre religiosidade e saúde
têm sido cada dia mais estudadas e as evidências têm
apontado que as práticas religiosas e espirituais podem ser
associadas com melhor saúde física, maior longevidade,
melhor saúde mental e a um maior apoio social. Todavia, ainda
são poucos os estudos que investigam esse fenômeno principalmente
na realidade brasileira.
O objetivo desse estudo foi analisar a associação
entre a religiosidade e as características sociodemográficas
e de saúde das pessoas residentes na cidade de Itajubá-MG.
Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, com abordagem
quantitativa.
A população do estudo foi composta de
600 residentes na cidade de Itajubá, Minas Gerais, de ambos
os sexos, na faixa etária de 20 ou mais. O tipo de amostragem
foi não-probabilístico, estratificado, proporcional
por faixa etária e sexo dos residentes da cidade. As variáveis
utilizadas para o estudo foram as características sociodemográficas
e de saúde. Para a avaliação da religiosidade
foi utilizado o instrumento Índice de Religiosidade da Universidade
de Duke DUREL (alfa de Cronbach 0,75).
Os resultados apontaram que 90,8% dos entrevistados
referiram praticar alguma religião. A filiação
religiosa católica foi a mais frequente com (67,7%), evangélica
(30,8%) e espírita (1,3%). As variáveis sexo feminino
e maior idade se associaram a maiores índices de religiosidade
organizacional, não organizacional e intrínseca. Já
as pessoas com conjuge/companheiro apresentaram maior religiosidade
intrínseca.
Diante dos dados apresentados pode-se concluir que
a população estudada apresenta alto índice de
religiosidade e que esse fenômeno está diretamente associado
ao gênero e à idade.
Ewerton Naves Dias
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem na Saúde
do Adulto da Escola de Enfermagem da Universidade de São
Paulo para obtenção do título de Mestre em
Ciências da Saúde.
Orientadora: Profª
Drª Miako Kimura
>>> texto
disponível em pdf - clique aqui para acessar