A transcendental procura do homem pelos
indícios do "Big Bang" que originou o universo.
A ávida busca do elo perdido, provando definitivamente
teorias que nos tragam a certeza de nossa origem, da passagem macaco/homem.
A conquista do universo em busca de povos mais civilizados,
de galáxias mais evoluídas, de novas e poderosas energias.
O avanço da medicina no controle genético
visando seres mais perfeitos.
Questões relativamente complexas, levando-se
em consideração a nossa intelectualidade científica
incompleta e a nossa atrofiada evolução espiritual.
A natureza não dá saltos, a evolução
é gradual e exige que o conhecimento seja absorvido como o
ar que respiramos: de modo natural; que o conhecimento intelectual
seja perfeitamente equilibrado com a moral como o pássaro que
necessita das duas asas para voar.
É naturalmente lógico que nenhuma indagação
ficará sem resposta, que o homem desvendará tudo o que
ainda se lhe parece como mistério.
Existe o processo natural para se chegar da dúvida
à solução da mesma forma que da semente desabrocha
a flor, sem fugir das leis naturais que regem o universo, deve o homem
desabrochar da ignorância para o saber.
A flor para desfrutar dos raios do sol, já
crescida, se utilizou sem preconceito nenhum de todos os elementos
disponíveis ao seu desenvolvimento.
O homem com sua pseudo-racionalidade, deixa de lado
pontos importantes, que iriam ajudar em seu desenvolvimento, não
por ser racional, mas por ser emocional — como disse
J. Herculano Pires, o homem não é racional e sim emocional,
pois se deixa dominar pelas emoções ao invés
de aplicar a razão.
Estamos oferecendo à Ciência
a Doutrina Espírita que também é ciência.
Gostaríamos que os homens ligados a Ciência
material percebessem o quanto a Doutrina Espírita — como
ciência espiritual — pode lhes ajudar, deixar de lado
o orgulho-emoção e admitirem as evidências.
O Espiritismo não é uma doutrina igrejeira,
mística e rezadora (porém, a oração é
necessária para elevar a alma a Deus), como ainda pensam alguns,
é uma doutrina totalmente baseada na lógica, na razão
e nas leis naturais, as mesmas leis que regem os astros do universo
e as combinações físico-quimicas dos experimentos
científicos.
Com a união da ciência material e espiritual,
chegaremos não a todas as respostas, ainda, mas com certeza
estaremos bem mais próximos delas.
O mesmo conceito aplica-se aos espíritas
que desprezam a ciência material, causando uma estagnação
doentia e prejudicial à Doutrina Espírita.
A Ciência material vem justamente comprovar,
dar o apoio para que a Doutrina Espírita perca o ar de milagre
e de sobrenatural.
Doutrina Espírita e Ciência material,
estamos batendo essas nossas duas asas ainda de forma descompassada.
Estamos voando ainda meio sem jeito como um pássaro
ferido. Basta apenas que nos conscientizemos da importância
que cada segmento possui, para que o vôo possa nos levar as
esferas mais altas e mais distantes.
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A revelação espírita
possui um duplo caráter: ela participa ao mesmo tempo da revelação
divina e da revelação científica.
Allan Kardec
1804-1869
in A GÊNESE, cap. I
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Senhor, deste aos homens leis plenas de sabedoria e que
lhes dariam a felicidade, se eles as cumprissem. Com essas leis, fariam
reinar entre si a paz e a justiça e mutuamente se auxiliariam.
Ao homem, além do instinto, deste a inteligência e a
razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou infringir
aquelas das tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é,
a liberdade de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o
mérito e a responsabilidade das suas ações.
Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois,
com paternal previdência, quiseste que elas se gravassem na
consciência de cada um, sem distinção de cultos,
nem de nações.
Dia virá em que, segundo a tua promessa, todos as praticarão.
Desaparecido terá, então, a incredulidade. Todos te
reconhecerão por soberano Senhor de todas as coisas, e o reinado
das tuas leis será o teu reino na Terra.
Digna-te, Senhor, de apressar-lhe o advento,
outorgando aos homens a luz necessária, que os conduza ao caminho
da verdade.
Allan Kardec in cap. XXVIII do livro O Evangelho
segundo o Espiritismo.