Mauro da Silva Costa

>    Ciência e Espiritismo

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Mauro da Silva Costa
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A transcendental procura do homem pelos indícios do "Big Bang" que originou o universo.

A ávida busca do elo perdido, provando definitivamente teorias que nos tragam a certeza de nossa origem, da passagem macaco/homem.

A conquista do universo em busca de povos mais civilizados, de galáxias mais evoluídas, de novas e poderosas energias.

O avanço da medicina no controle genético visando seres mais perfeitos.

Questões relativamente complexas, levando-se em consideração a nossa intelectualidade científica in­completa e a nossa atrofiada evolução espiritual.

A natureza não dá saltos, a evolução é gradual e exige que o conhecimento seja absorvido como o ar que respiramos: de modo natural; que o conhecimento intelectual seja perfeitamente equilibrado com a moral como o pássaro que necessita das duas asas para voar.

É naturalmente lógico que nenhuma indagação ficará sem resposta, que o homem desvendará tudo o que ainda se lhe parece como mistério.

Existe o processo natural para se chegar da dúvida à solução da mesma forma que da semente desabrocha a flor, sem fugir das leis naturais que regem o universo, deve o homem desabrochar da ignorância para o saber.

A flor para desfrutar dos raios do sol, já crescida, se utilizou sem preconceito nenhum de todos os ele­mentos disponíveis ao seu desenvolvimento.

O homem com sua pseudo-racionalidade, deixa de lado pontos importantes, que iriam ajudar em seu desenvolvimento, não por ser racional, mas por ser emocional — como disse J. Herculano Pires, o homem não é racional e sim emocional, pois se deixa dominar pelas emoções ao invés de aplicar a razão.

Estamos oferecendo à Ciência a Doutrina Espírita que também é ciência. Gostaríamos que os homens ligados a Ciência material percebessem o quanto a Doutrina Espírita — como ciência espiritual — pode lhes ajudar, deixar de lado o orgulho-emoção e admitirem as evidências.

O Espiritismo não é uma doutrina igrejeira, mística e rezadora (porém, a oração é necessária para elevar a alma a Deus), como ainda pensam alguns, é uma doutrina totalmente baseada na lógica, na razão e nas leis naturais, as mesmas leis que regem os astros do universo e as combinações físico-quimicas dos experimentos científicos.

Com a união da ciência material e espiritual, chegaremos não a todas as respostas, ainda, mas com certeza estaremos bem mais próximos delas.

O mesmo conceito aplica-se aos espíritas que desprezam a ciência material, causando uma estagnação doentia e prejudicial à Doutrina Espírita.

A Ciência material vem justamente comprovar, dar o apoio para que a Doutrina Espírita perca o ar de milagre e de sobrenatural.

Doutrina Espírita e Ciência material, estamos batendo essas nossas duas asas ainda de forma descompassada.

Estamos voando ainda meio sem jeito como um pássaro ferido. Basta apenas que nos conscientizemos da importância que cada segmento possui, para que o vôo possa nos levar as esferas mais altas e mais distantes.

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A revelação espírita possui um duplo caráter: ela participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica.
Allan Kardec
1804-1869
in A GÊNESE, cap. I

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Senhor, deste aos homens leis plenas de sabedoria e que lhes dariam a felicidade, se eles as cumprissem. Com essas leis, fariam reinar entre si a paz e a justiça e mutuamente se auxiliariam.

Ao homem, além do instinto, deste a inteligência e a razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou infringir aquelas das tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o mérito e a responsabilidade das suas ações.

Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois, com paternal previdência, quiseste que elas se gravassem na consciência de cada um, sem distinção de cultos, nem de nações.
Dia virá em que, segundo a tua promessa, todos as praticarão. Desaparecido terá, então, a incredulidade. Todos te reconhecerão por soberano Senhor de todas as coisas, e o reinado das tuas leis será o teu reino na Terra.

Digna-te, Senhor, de apressar-lhe o advento, outorgando aos homens a luz necessária, que os conduza ao caminho da verdade.

Allan Kardec in cap. XXVIII do livro O Evangelho segundo o Espiritismo.




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