Silvio Correa
> A Empresa Kirlian
Introdução
A «Empresa Kirlian» poderia ser o modelo de empresa ou
de gestão para o 3° milênio, mas felizmente não
é. Na verdade é um conceito válido para todo
sempre, sem qualquer restrição de uso.
O nome kirlian deve-se à famosa fotografia com a máquina
kirlian, que supostamente fotografa a aura ou a alma de, por exemplo,
um dedo humano. O que não pode ser mais discutido é
que o ser humano desprende uma «energia» que contagia,
que plasma e pode modificar o ambiente onde se encontra.
Quem nunca entrou em um ambiente depressivo e ficou tomado pelo mesmo
estado? E o inverso?
É uma realidade, sem sombra de dúvidas.
Esse é um dos pilares da «empresa kirlian», o alto
astral, a motivação das pessoas . Se pudéssemos
fotografá-la com uma máquina kirlian, a energia emitida
seria o equivalente ao somatório das energias emitidas pelas
pessoas que atuam na empresa. Essa energia, que chamaremos de «energia
empresarial» também tem a capacidade de modificar a realidade.
Para melhor ou para pior.
Um outro pilar da «empresa kirlian» é o uso do
bom senso e da simplicidade. São tantas técnicas e modelos
de gestão existentes, aparecendo à todo momento uma
nova, que fica difícil saber o que, quando, como usar e quanto
vai custar. Via de regra, o modelo não funciona ou funciona
no início e volta-se a estaca zero. Claro que, como boa regra,
tem suas exceções; Mas será devido aos modelos
e técnicas ou ao efeito kirlian ?
Na realidade, se pegarmos as diversas histórias de sucesso
empresarial, veremos que as pessoas, desde à época de
Henry Ford, individualmente e coletivamente tinham um nível
alto de entusiasmo.
Por favor, não vão dizer que uma empresa para ter sucesso,
basta que tenha pessoal com um alto astral. Mas é mais fácil
para um «empresa kirlian» com um produto excelente do
que para uma empresa que tenha um excelente produto, mas um baixo
nível de coletividade.
Por muito tempo, desde que adotei a doutrina espírita de Kardec,
procuro por um modelo de gestão que coadune com a doutrina
espírita ou baseado nela. Nunca encontrei ! Cheguei mesmo a
perguntar, durante uma palestra espírita, como o espiritismo
poderia auxiliar o "business" e recebi a resposta de que
a doutrina não tem qualquer ligação com o mundo
dos negócios.
Depois de estudar durante algum tempo, ler atenciosamente os livros
do nosso irmão André Luiz, pesquisar alguns casos de
sucesso e fracasso, concluí que a doutrina espírita
pode fazer muito pelo mundo dos negócios. Pode contribuir de
forma valiosa nos modelos de gestão. De que forma ? É
exatamente o que vamos ver!
Os Alicerces
Antes mesmo de me aprofundar na doutrina de Kardec, eu já trabalhava
com formas de gestão, qualidade total e conscientização
organizacional. Nessa época, eu chamava a Lei de Causa &
Efeito de Lei de São Francisco de Assis.
Preparando um curso de conscientização, cheguei a um
ponto do projeto em que era necessário determinar uma base
sólida, de modo que as pessoas tivessem em mãos, fundamentos
para alicerçar as decisões que temos de tomar no nosso
dia a dia. Surgiram os 4 Princípios Fundamentais.
Na realidade é um único e imutável Princípio,
enxergado através de ângulos diferentes. "Amai
ao próximo, como a si mesmo". Esse é o Princípio
que norteia os demais.
Os princípios fundamentais são:
Princípio da Honestidade, Princípio da
Humildade, Princípio da Humanidade e Princípio
da Honra.
Outro ponto que foi importante na
minha decisão de projetar uma palestra e um curso de gestão,
baseados na doutrina espírita, foi o reconhecimento de que
em uma comunidade, composta de diversas e variadas individualidades
espirituais, existe uma também uma unidade.
Quando li, pela primeira vez, o Evangelho Segundo o Espiritismo
eu ficava intrigado com o fato de Kardec sempre fazer comparações
com a nossa vida diária para explicar passagens do Evangelho.
Com os livros de André Luiz descobri o óbvio, ainda
que para mim, até aquele momento, não o fosse. Entendi
que nossa vida é única, independente da etapa em que
estamos. Que existe uma relação
direta entre passado, presente e futuro.
Percebi que o nosso aprendizado é necessário para que
possamos subir os degraus da nossa evolução e da humanidade
e não só, para ascender nessa vida.
Comecei a notar, através dos relatos de André Luiz,
que a vida em outras dimensões mantém
uma semelhança direta com a vida na Terra ( na realidade
os habitantes da Terra é que buscam, inconscientemente, aplicar
os conhecimentos adquiridos em esferas superiores) e uma semelhança
muito grande, quando enfocamos o mundo empresarial. A filosofia de
resultados, a parceria, o trabalho em grupo, a descentralização,
o "pagamento" por habilidades; utilização
constante do trabalho de conscientização, resolução
de problemas através de dois enfoques: o bom senso (baseado
no conhecimento adquirido) para as soluções imediatas
e planejamento para soluções não imediatas, aumentando
a produtividade. Hierarquia baseada em
lideranças e estas, baseadas na evolução
espiritual ("profissional"), o sentimento apurado
da importância de cada "profissional" dentro do contexto
maior onde cada um é responsável
pela sua evolução, a filosofia do profissional
generalista mas que detêm alguma especialidade. A conscientização
do eterno reaprendizado.
Existem outros diversos enfoques que podemos explorar, mas o mais
importante é sabermos que o nosso trabalho, e aqui eu me refiro
ao trabalho em todas as áreas da nossa
existência na Terra, tem
sempre um significado na nossa evolução espiritual.
Seja de resgate ou auxílio, na falta ou na abundância
de bens materiais, estaremos sempre evoluindo.
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Pesquisa:
A hierarquia natural e geral do Universo:
....tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo
primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou
pelo átomo. Admirável lei de harmonia, de que o
vosso Espírito limitado ainda não pode abranger
o conjunto! (in O LIVRO DOS ESPÍRITOS, q. 540, obra codificada
por Allan Kardec)
...o Espírito, qualquer que seja o seu grau de adiantamento,
sua situação como reencarnado ou na erraticidade,
está sempre colocado entre um superior que o guia e aperfeiçoa
e um inferior perante o qual tem deveres iguais a cumprir. (SÃO
VICENTE DE PAULO, in O LIVRO DOS ESPÍRITOS, q. 888a, obra
codificada por Allan Kardec)
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Fonte: http://www.geae.inf.br/pt/boletins/geae370.html
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