Claudio C. Conti

>    Somos o que pensamos

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Claudio C. Conti
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Apesar de não ser disseminada uma ideia definida a respeito do pensamento, é muito comum considerá-lo como algo que ficaria restrito ao crânio apenas, que nenhuma influência teria sobre a circunvizinhança, quanto mais uma ação à distância.

Diante de máximas do tipo "perguntar não ofende?", "olhar não tira pedaço" e outras, não se costuma considerar que para efetuar qualquer ação é essencial elaborar, primeiramente, um processo mental. O ser humano normalmente não despende tempo ponderando acerca das consequências do ato de pensar, relega-o como não tendo ou não sendo merecedor de importância.

A mente humana é permeada por pensamentos dos mais variados e, para o cidadão comum, é impossível manter um estado de atenção sobre determinado assunto, durante algum tempo, sem ter a mente invadida, literalmente, por pensamentos diversos, sem conexão aparente. Como o planeta ainda se encontra em estados iniciais da evolução, a imaginação das pessoas ainda é muito fértil e surgem imagens viciosas com as quais o indivíduo se apraz e as acalenta.

Pelos ensinamentos espíritas, o pensamento possui propriedades muito interessantes. O fluido, matéria sutil base, apresenta fenomenal propriedade plástica, significando que pode ser modelado muito facilmente. Para efeito ilustrativo, pode-se imaginar a massa de modelar comercializada em lojas de produtos infantis, voltada para entretenimento de crianças, esta massa é maleável e facilmente pode tomar a forma que se deseja, com pequeno esforço.

Os fluidos teriam um comportamento similar, facilmente moldável, neste caso, não seria pela utilização das mãos, mas pela ação mental. O pensamento e a vontade são considerados de extrema importância no Espiritismo. Inúmeras são as obras literárias que tratam destas questões.

De acordo com o autor espiritual André Luis, no livro Evolução em Dois Mundos, espíritos de uma ordem extremamente elevada são os responsáveis pelo surgimento dos planetas e galáxias, estes seres seriam prepostos do próprio Deus, trabalhando sob os seus desígnios. O processo de criação seria uma ação puramente mental sobre o fluido, que o condensaria para a formação dos orbes.

Todavia, este processo seguiria leis determinadas, não sendo completamente livre, estas regras predeterminadas estabeleceriam a harmonia e a unidade do cosmo. Ainda no livro citado, André Luis esclarece que pelos mesmos mecanismos, nós, espíritos ainda ombreando num mundo de expiações e provas, formamos o nosso perispírito, e, conseqüentemente, o corpo físico.

Devemos considerar que nosso corpo é formado por células, seres vivos primitivos, sem capacidade de raciocínio embora, é claro, como todo ser vivo, possui uma inteligência. Poderíamos, portanto, formular a seguinte pergunta: Como podem seres tão primitivos exercerem suas funções corretamente, de molde a que possa existir um corpo tão complexo como, por exemplo, o humano?

Esta é uma boa questão, para a qual somente pode existir uma resposta: elas seguem o comando de uma inteligência superior - o espírito. Isto significa que, através do nosso pensamento, nós não apenas "construímos", mas também controlamos, mesmo que inconscientemente, o nosso perispírito e corpo físico. Sendo assim, nossa conduta, que corresponde diretamente ao nosso padrão mental, reflete-se diretamente nos estados de saúde ou de enfermidade. Quem viveria mais satisfeito: uma pessoa com um chefe mal-humorado ou uma outra, com um chefe feliz? Conclui-se que o pensamento tem um imenso poder criador e tudo aquilo que pensamos irá, conseqüentemente, gerar formas que, dependendo da vontade impressa nesta forma, terá duração mais ou menos longa. Por isso, vale lembrar o conselho do Mestre: vigiai e orai.

 


Fonte: http://www.cema.org.br/Artigo13.htm

 

 

 


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