Eduardo O. C. Chaves
> Milagres, a Historia e a Ciência: Uma Análise
do Argumento de Hume
(trecho inicial)
I
Geralmente se pensa que o problema de milagres tenha interesse puramente
teológico e religioso. Isso tem levado vários intérpretes
de Hume a considerar sua discussão de milagres como algo que
só tem significado no contexto da crítica Humeana à
teologia e à religião. Que a questão de milagres
tenha alto interesse epistemológico no campo da teologia parece
indiscutível. Grandes correntes da teologia Cristã contemporânea
afirmam só fazer sentido falar-se de Deus como um Deus que age
e se revela na história - um Deus que se faz conhecido, portanto,
através de eventos históricos. Embora esta ação
divina seja vista, principalmente por teólogos de tendências
existencialistas, na dimensão existencial do curso normal e natural
da história e também da natureza, por outros é
vista primariamente nos portentos e prodígios que se crê
Deus tenha realizado como sinais para o seu povo. Esta é uma
questão, porém, que não nos interessará
diretamente neste trabalho. O problema de milagres tem ramificações
epistemológicas de razoável interesse para a filosofia
e da ciência, e são estas ramificações que
nos interessarão mais de perto em nossa análise do argumento
de Hume.
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