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Kardec já dizia que o Espiritismo
é o maior inimigo do materialismo. E conseqüentemente,
da falta de fé, das filosofias imediatistas, reducionistas
e negativistas
A doutrina espírita possui uma certa delicadeza.
Uma delicadeza que vem do alto, dos planos superiores da vida hiperfísica.
É essa delicadeza, por assim dizer, a expressão
de sua essência. O que toca, definitivamente, as
fibras mais íntimas do coração humano.
Kardec já dizia que o Espiritismo é o maior inimigo
do materialismo. E conseqüentemente, da falta de fé,
das filosofias imediatistas, reducionistas e negativistas.
A delicadeza dessa mensagem — desse moderno espiritualismo
— convida o ser humano a um posicionamento inédito
diante de si mesmo, das grandezas da natureza e do Ser Supremo.
A doutrina espírita também repousa numa fragilidade
encantadora. Essa fragilidade, que confunde os doutos e os prudentes,
está explícita na suavidade de sua mensagem, que ameniza
a truculência materialista do mundo moderno.
É impossível, ao coração atormentado
pela dor ou pelo tédio, não sentir-se comovido, ainda
que por um fugaz momento — talvez o momento necessário
— durante a leitura rápida e casual de alguma mensagem
psicografada, transcrita nalgum pequeno folheto que corre de mão
em mão, sem destinatário predeterminado.
A força da mensagem espírita também está
na fragilidade das abnegadas mãos de luz que, no silêncio
do sacrifício, transcrevem essas pérolas etéreas
em forma de palavras que aquecem os corações desvalidos.
A força da doutrina espírita está na simplicidade
e na emoção das vozes queridas que retornam dos portais
dimensionais da vida e novamente sussurram aos nossos ouvidos, à
semelhança do vento que sopra onde quer, confirmando a certeza
incontestável de que o amor continua sempre no coração
dos que partiram para a grande viagem ultrafísica...
A força de nossa doutrina está no despojamento de
tudo o que aprisiona a mente e o coração — tudo
o que não é essencial para verdadeiramente nos colocar
ante a Presença Divina.
Está na fugidia busca do amor a Deus, “em espírito
e verdade”, sem o frio e ostensivo entorpecimento ritualístico,
livre das estéreis divagações metafísicas,
simplesmente confirmando que é nos esforço pelo auto-aprimoramento
de cada dia e na possível dedicação aos nossos
semelhantes, que alçamos o vôo definitivo para a nossa
iluminação interior.
A força de nossa doutrina, portanto, está em sua delicadeza,
em toda essa sua fragilidade...
A leveza de sua mensagem está nesse seu poder, capaz de difundir
no sombrio mundo dos homens, pacificamente, sem alarde, as luzes
da vida eterna, da única vida que é a do Espírito
imortal, sublime e cristalino reflexo do próprio Criador.