Centro
de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo
> Assistência espiritual no momento da
morte
“Quando chegou a sua hora suprema,
notei que duas formas espirituais estavam junto dela, uma à
direita e outra a esquerda do leito. Não me apercebi de
suas entradas no quarto, pois, quando se me tornaram visíveis,
já se achavam nos lados da agonizante"
"Sim, onde quer que estiverdes, vosso anjo
estará convosco: nos cárceres, nos hospitais, nos
antros do vício, na solidão, nada vos separa desse
amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma recebe
os mais doces impulsos e ouve os mais sábios conselhos."
O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Livro II, cap. IX, questão 495.
Certa vez, o jornalista Fernando
Worm perguntou a Chico Xavier por que, na
maioria dos casos, após a morte, a fisionomia dos recém
desencarnados adquire uma expressão de serenidade e paz, ao
que o médium afirmou:
“A maioria das criaturas,
em se desencarnando, de maneira pacífica,
isto é, com a paz de consciência,
quase sempre reencontram entes queridos que as antecederam na viagem
da chamada morte física e deixam no próprio semblante
as derradeiras impressões de paz e alegria que o corpo consegue
estampar”.
Para ilustrar esse comentário
de Chico Xavier, transcrevemos a seguir um interessante relato da
sensitiva inglesa, Sra. Joy Snell, de educação
e cultura superiores e que revezes da fortuna constrangeram-na a ganhar
sua vida exercendo a profissão de enfermeira diplomada.
Sobre esta senhora o respeitado espiritualista
professor e reverendo Heraldur Nielson, que a conheceu pessoalmente,
informa ter sido ela clarividente desde a infância, sem ter
feito profissão de médium. Referindo-se ainda a essa
sensitiva, acrescentou: “Se dado me fosse designar, presentemente,
duas pessoas que eu consideraria como dignas de serem chamadas apóstolos
de Jesus a citaria, assim como ao pastor Vale Owen. Nunca encontrei,
em toda a minha vida, tão verdadeiros discípulos do
Cristo e jamais estive em contato com vidas tão simples e capazes
de amarem todas as coisas.”
Relato da enfermeira Sra.
Joy Snell sobre os últimos momentos de uma jovem de 17 anos
“Achava-me junto ao leito
de morte da Srta. L., graciosa jovem de 17 anos de idade e minha
amiga. Sucumbia à tuberculose, sem sofrimento, porém
o extremo langor do corpo a tornava tão fatigada moralmente
que já desejava entrar no eterno repouso.
“Quando chegou a sua hora suprema, notei que duas formas espirituais
estavam junto dela, uma à direita e outra a esquerda do leito.
Não me apercebi de suas entradas no quarto, pois, quando
se me tornaram visíveis, já se achavam nos lados da
agonizante, mas eu as distinguia tão nitidamente como a pessoas
vivas.
“Chamo anjos a essas luminosas entidades e daqui por diante
sempre as denominarei assim. Logo reconheci nessas visões
angélicas duas mocinhas que, durante a sua curta vida, foram
as melhores amigas da agonizante, falecidas um ano antes com a sua
mesma idade.
“Um momento antes de surgirem, a doente exclamou: ‘Como
escureceu de repente! Não vejo mais nada!’, mas, apesar
disso, ela viu imediatamente as suas duas amigas, belas como anjos.
Supremo sorriso de felicidade iluminou-lhe o rosto e, estendendo
as mãos, lhes disse alegremente: ‘Vieram me receber?
Como isto me torna tão feliz, porque estou tão fatigada!’
“E, enquanto ela estendia as mãos para as visões
angélicas, essas faziam o mesmo: uma tomou-lhe a mão
direita e a outra a esquerda. Via-se no rosto delas um sorriso ainda
mais doce do que aquele que irradiava dos olhos e dos lábios
da enferma, tão feliz por experimentar em breve o repouso
a que aspirava. Ela já não falava e por um minuto
continuou com os braços estendidos no ar, com suas mãos
nas das amigas mortas que ela não deixou sequer um minuto
de contemplar com um ar de infinita ventura. Em dado momento, as
mãos espirituais deixaram as da agonizante, que tombaram
pesadamente sobre a cama. A agonizante suspirou como se fosse adormecer
e, após breves momentos, seu espírito evolou para
sempre de seu corpo, mas no seu semblante permaneceu impresso esse
sorriso tão doce, que o havia iluminado quando ela percebeu
a vinda de suas falecidas amigas, as quais se conservaram à
cabeceira da morta durante o tempo necessário para que o
‘corpo etéreo’ se reconstituísse acima
do cadáver. Isto feito, colocaram o espírito recém-nascido
no meio delas, e ele lhes era semelhante, de modo que já
não eram dois mas realmente três anjos que eu via agora
no quarto. Logo depois, as três formas se elevaram e desapareceram
no alto.”
Conclusão
A enfermeira Snell presenciou inúmeros
outros desenlaces, aos quais relatou em um livro intitulado “The
Ministry of Angels”. Mesmo tendo deixado o hospital para se
dedicar à assistência particular “nem um só
paciente morreu sem que eu percebesse à sua cabeceira uma ou
mais formas angélicas que acorriam para receber o espírito
liberto e o conduzir à sua nova morada em uma nova esfera de
vida”.
Para essa senhora, em tudo que silenciosamente
testemunhou, através de sua clarividência, “a morte,
em que o mundo pensa com horror e que todos consideram o mais espantoso
mistério, torna-se, ao contrário, bela e benfazeja,
assim como a revelação mais demonstrativa do Amor infinito
que o Pai Eterno testemunha às suas criaturas...”
_______________
Obras consultadas e recomendadas:
“Fenômenos de Bilocação
– Desdobramento”, de Ernesto Bozzano, Edições
Correio Fraterno
"A Ponte - Diálogos com Chico Xavier", de Fernando
Worm, Porto Alegre Livraria do Globo
Equipe Consciesp
Consciência Espírita - 2006
Centro de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo
Consciência Espírita
Fonte: http://www.consciesp.org.br/materias2.php?id=3
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