Resumo:
Das muitas pessoas que participaram
do nascimento do Espiritismo na França de Allan Kardec, ou
mesmo os que estiveram à frente de sociedades espíritas,
pouquíssimas foram as personalidades femininas que se destacaram.
Dessas, vale ressaltar as atuações e contribuições
espíritas de um importante trio, que desempenhou trabalhos
originais e pouco reconhecidos na atualidade. São mulheres
intelectuais, perscrutadoras e independentes, que deixaram seus legados
às futuras gerações, especialmente na defesa
da coerência doutrinária.
Amélie-Gabrielle Boudet
ou Madame Kardec (1795-1883) contribuiu à preservação
das obras fundamentais da Doutrina, como também à memória
de Allan Kardec, além de ter inaugurado sociedades espíritas
e sido precursora na criação do que hoje conhecemos
por comunicação social espírita.
Bertha-Victoire-Alexandrine Thierry
de Maugras ou Madame Berthe Fropo (1821-1898), por ter sido
amiga íntima do casal Kardec, publicou importantes documentos
e dezenas de artigos com denúncias de corrupção
e desvio de bens no meio espírita parisiense, além de
ter contribuído à historiografia espírita deixando,
documentados, dados biográficos inéditos sobre a vida
e a obra da viúva Kardec e do movimento espírita francês.
Senhorita Anna Blackwell
(1816-1900) fora proficiente tradutora inglesa das obras fundamentais
da Doutrina Espírita. Deixou um legado profissional impecável,
colaborando também com a pesquisa historiográfica espírita,
por meio de novas notas biográficas de Allan Kardec, que ela
pesquisou in loco e publicou em seus trabalhos.