
A ATRIZ ELLEN PAGE DURANTE CENA DE ALÉM
DE MORTE, ONDE INTERPRETA PERSONAGEM QUE RESSUSCITA
(FOTO: REPRODUÇÃO)
Você está
deitado em uma cama de hospital e ouve o médico anunciar:
“Horário da morte: 15h.” Segundo cientistas
do departamento de Cuidados Intensivos e Ressuscitação
da Langone School of Medicine, a cena é totalmente possível.
Um estudo conduzido por Sam Parnia, diretor
do departamento, afirma que as pessoas sabem que estão
mortas porque a sua consciência continua a funcionar mesmo
depois que o corpo não mostra sinais de vida.
Parnia e seu time analisaram o comportamento
de pacientes que sofreram ataque do coração, morreram
tecnicamente, mas mais tarde foram reanimados. Esse é
o estudo mais completo já feito sobre o assunto, que
já rendeu até filme em Hollywood (Linha Mortal,
de 1990, e a refilmagem Além da Morte, de 2017).
Alguns dos pacientes estudados afirmaram que, mesmo depois de
ouvir o anúncio de sua morte, continuaram a escutar conversas
e ver coisas que estavam acontecendo a sua volta. Mais tarde,
os depoimentos foram comparados com a versão dos médicos
e enfermeiras presentes, e todos os dados batiam.
A morte é definida como o ponto em que
o coração não bate mais, e o fluxo de sangue
para o coração é interrompido. “Tecnicamente,
é como você obtém o horário da morte.
Tudo é baseado no momento em que o coração
para”, disse Parnia ao The Independent. “Assim que
isso acontece, o sangue não circula mais no cérebro,
o que significa que as funções cerebrais são
interrompidas quase instantaneamente, e você perde todos
os seus reflexos.”
Mas há evidências de que, quando
a pessoa morre, acontece uma descarga de energia no cérebro.
Em 2013, pesquisadores da Universidade de Michigan observaram
atividades elétricas nos cérebros de ratos que
haviam sofrido um ataque do coração induzido,
mesmo depois de sua morte clínica.
“Da mesma maneira que um grupo de pesquisadores
pode estudar a natureza do amor, estamos tentando entender as
características exatas do que as pessoas experimentam
quando experimentam a morte. Entendemos que esse estudo vai
refletir a experiência universal que todos nós
vamos ter quando morrermos.”