17/03/2008
- Cleber Pinheiro Costa
Cordenador do Comitê RN do Movimento Nacional em Defesa da Vida
- Brasil Sem Aborto
‘‘Estamos tratando de vidas humanas.
Se ‘‘vivos’’ estamos hoje é porque ‘‘vivos’’
ficamos no momento da concepção”
Você é a favor das pesquisa com
células-tronco embrionárias?
Não. E peço licença aos leitores, visto que não
sou cientista, para fazer algumas citações, que considero
importante, de alguns cientistas, nas quais alicerço o meu ponto
de vista.
O cientista Jerôme Lejeune, professor da Universidade
René Descartes - descobridor da Síndrome de Down - e que
dedicou toda a sua vida ao estudo da genética fundamental, sendo
considerado o Pai de Genética Moderna, assinala: ‘‘Não
quero repetir o óbvio, mas, na verdade, a vida começa
na fecundação. Quando os 23 cromossomos masculinos se
encontram com os 23 cromossomos da mulher, todos os dados genéticos
que definem o novo ser humano estão presentes. A fecundação
é o marco do início da vida. Daí pra frente, qualquer
método artificial para destruí-la é um assassinato’’.
Na página 2 do livro ‘‘Embriologia Humana’’
os embriologistas Keith L. Moore e T. V. N. Persaud afirmam: ‘‘O
desenvolvimento humano é um processo contínuo que começa
quando um ovócito de uma mulher é fertilizado por um espermatozóide
de um homem. O desenvolvimento envolve muitas modificações
que transformam uma única célula, o zigoto (ovo fertilizado),
em um ser humano multicelular’’. A Doutora Líliam
Piñero Eça, pesquisadora da UNIFESP afirma: ‘‘O
futuro da ciência está nas células-tronco adultas
desde 2001, e no estudo dos fatores epigenéticos, pois as células
embrionárias até o momento causam câncer e rejeição’’.
Amigos leitores, quero deixar claro que estamos tratando
de vidas humanas. Se ‘‘vivos’’ estamos hoje
é porque ‘‘vivos’’ ficamos no momento
da concepção e se evoluímos a ponto de não
restar dúvidas de que somos humanos, é porque não
fomos vítimas de interrupção desse processo de
evolução natural. A propósito gostaria de lembrar
um episódio ocorrido com o Gov. Mário Covas, durante uma
entrevista coletiva, após ter se submetido a uma cirurgia para
debelar um câncer. Indagado por um repórter sobre as inconveniências
de ser um colostomizado, ele responde categoricamente: ‘‘Como
posso reclamar disso, se Deus me deu a vida? Isso é que é
o principal’’.
O Dr. Décio Iandoli Júnior, doutor em
medicina pela UNIFESP-EPM lembra-nos que: ‘‘pela visão
da biologia e pela visão legal, até o presente momento,
não há, nenhuma diferenciação entre o embrião
‘‘in vivo’’ e ‘‘in vitro’’,
sendo assim, o que considerarmos para um, devemos considerar para o
outro.
A argumentação utilitarista de que as
pesquisas serão realizadas com embriões inviáveis,
congelados há mais de três anos e, na sua grande maioria,
abandonados pelos doadores (leia-se pais e mães), poderia muito
bem servir e talvez tenha sido esse o caso, para justificar as pesquisas
do Dr. Josef Mengele que proporcionou avanços no campo da neurologia.
O Dr. Mengele se utilizava de pessoas que iriam ‘‘morrer
de qualquer maneira’’, para fazer seus experimentos em seres
humanos. Essa argumentação não se sustenta, pois
a ciência ainda não pode assegurar se um embrião
é viável ou não, se não implantá-lo
no útero de uma mulher; relativamente ao tempo de congelamento
já existem casos concretos de embriões com mais de três
anos que ‘‘vingaram’’ em um útero materno;
na realidade estamos nos deparando com uma situação criada
para resolver problemas de infertilização, quando, para
atender demandas de cunho econômico, a lei autorizou a fertilização
de embriões excedentes - um equívoco para reparar outro.
Na Itália, por exemplo, a lei só autoriza a fertilização
dos embriões que serão efetivamentes implantados no útero
materno, não gerando excedentes - descartáveis - como
no Brasil.
Ademais nós já estamos avançando
na pesquisa das CTAs (células troncos adultas) com resultados
práticos mais auspiciosos do que as CTEs (células troncos
embrionárias), enquanto as CTAs são uma realidade que
não provocam rejeição ou surpresas (cânceres),
as CTEs são uma possibilidade que de concreto nos coloca a necessidade
de - ceifar vidas humanas.
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