14/02/2008
Jader Sampaio
As Universidades têm
se interessado pelo Espiritismo em diversos aspectos. Uma das abordagens
mais produtivas tem sido a antropológica. Contam-se às
dezenas os livros e teses escritas sobre o movimento espírita
no Brasil e na França.
Um dos trabalhos mais comentados, agraciado com o Prêmio
Arquivo Nacional de Pesquisa de 1995 foi a tese, depois publicada como
livro com o seguinte título: "O Cuidado dos
Mortos: Uma História da Condenação e Legitimação
do Espiritismo." Foi escrita pelo professor Emerson
Giumbelli, hoje na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Fui presenteado pelo Milton Piedade, a quem agradeço
de coração, e depois tive contato pessoal com o autor
na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal
de Minas Gerais.
O livro é muito rico para ser apresentado por
uma publicação de "blog". Giumbelli fez um estudo
histórico e etnográfico buscando compreender a delimitação
de fronteiras e identidades entre o Espiritismo, tendo por objeto a
Federação Espírita Brasileira, no período
entre 1890 e 1950, no Rio de Janeiro, e o conflito com outras instituições,
como a policial, a jurídica e a medicina.
Deixo o leitor com o parágrafo de justificativa
do autor:
"A impressão a que
se chega depois de uma incursão pela literatura antropológica,
sociológica e historiográfica dedicada ao Espiritismo
é a de sua insuficiência diante de sua importância
cultural, social e histórica do assunto em questão.
Estatísticas oficiais e outras estimativas apontam a existência
de 2 a 4 milhões de adeptos espíritas no Brasil, reunidos
em torno de milhares de centros de culto, sem contabilizar os outros
milhões de pessoas que, mesmo não se identificando como
tal, frequentam suas práticas. Sabe-se também do grande
número de iniciativas e instituições filantrópicas
organizadas e conduzidas por espíritas, cujos benefícios,
ainda pouco avaliados, atingem um contingente significativo de pessoas.
Conhece-se o extraordinário volume de publicações
espíritas - desde periódicos até as mais diversas
obras doutrinárias - que inundam mesmo as mais desconhecidas
livrarias e o imenso prestígio e carisma que detém personagens
como o "médium" mineiro Chico Xavier, cuja fama ultrapassa
as fronteiras nacionais."
GIUMBELLI, Emerson. Rio de Janeiro: Arquivo
Nacional, 1977. 326 p.
Fonte:
http://espiritismocomentado.blogspot.com
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