Obs:
Na Colônia Esperança temos o Lar
da Criança Menino Jesus, que prepara crianças para reencarnar.
Nosso grupo mediúnico vem trabalhando com desdobramento consciente
desde 1999, auxiliando de alguma forma nesse trabalho. A história
completa está no livro Os mensageiro da Esperança
- http://www.saraiva.com.br/os-mensageiros-da-esperanca-8689381.html
Esse texto faz parte do livro Educandário do Espírito
a ser lançado. Foi recebido em reunião mediúnica
realizada na Comunidade Espírita Ramatís no dia 30/01/2016
O grupo estava reunido conforme já
acontecera tantas vezes, mas a energia estava diferente, como se algo
mais sutil estivesse entre eles.
Sr. José, dirigente encarnado do grupo ligou uma música
suave e foi conduzindo os trabalhadores no relaxamento, visando o desdobramento
consciente – Meus irmãos vamos respirar profundamente relaxando
a musculatura e deixando a energia fluir pelo nosso corpo, nos trazendo
harmonia e paz. Imagine uma pirâmide de quatro lados nos envolvendo
e traga para dentro dela a melhor energia possível. Perceba essa
energia girando em sentido horário criando um campo terapêutico.
Nesse meio tempo Dona Inês percebe a presença de um irmão
desencarnado que aplica passes longitudinais em cada trabalhador, facilitando
o desdobramento. Ele solicita à irmã que transmita uma
orientação a todos, o que ela faz com tranquilidade –
Amigos, está aqui um senhor, que se identifica como Artur e pede
que nos concentremos em nossa respiração, aspirando as
energias positivas que se adensam na nossa sala. E com a força
da mente, ao nos desdobrarmos vamos construindo uma túnica leve
de proteção, nos preparando para o trabalho.
Em poucos minutos, todos os médiuns estavam desdobrados e ambientados,
sendo conduzidos pela volitação até o Lar da Criança
Menino Jesus, situado na Colônia Esperança, dirigida pelo
grande Eurípedes Barsanulfo. (Veja o livro
Os Mensageiros da Esperança).
No amplo jardim se juntaram a um grupo de trabalhadores, liderados por
Sita, antigo conhecido do grupo. Meus queridos irmãos –
iniciou Sita – hoje nos dedicaremos à assistência
amorosa e ao resgate de irmãos desencarnados presos no astral
menor, em um vale de sofrimento imenso. Necessito que vocês se
concentrem e mantenham a mente conectada ao plano superior da vida,
evitando desgastes desnecessários e outros inconvenientes.
Dezenas de trabalhadores acompanhavam o trabalho. Passando por trás
do Lar da Criança e à direita do templo de cristal, caminhavam
por uma trilha que descia sempre. Por vários minutos andaram
sem parar, notando que a respiração ficava cada vez mais
difícil, na medida em que adentravam zonas umbralinas. Ouviam
nos refolhos da alma o comando mental seguro de Sita, orientando a respiração
e a calma.
Contornando uma sinuosidade no caminho, chegaram a um ponto onde avistavam
imenso vale, completamente escuro e desolado. Sob a orientação
de Sita, os trabalhadores encarnados e desencarnados formaram um imenso
círculo, iniciando o canto de músicas e orações,
intencionando envolver todo o vale em energias curadoras.

Nesse instante, figuras angélicas desciam do alto e manipulavam
a energia dos trabalhadores, formando uma espécie de nuvem, um
lençol brilhante que se estendia por todo o vale e só
então os trabalhadores encarnados perceberam as milhares de almas
entrelaçadas pelo sofrimento que habitavam o local.
Assustada com a visão, Mariana recorre a Marcos, o mentor amigo
que lhe socorre de imediato – São espíritos que
abusaram da inteligência, do poder mental e hoje estagiam em locais
de sofrimento e depuração, pois ainda não conseguem
alimentar o aspecto emocional da mente. Passaram pela vida, desperdiçando
os talentos do raciocínio somente para se beneficiarem, para
enganar, conquistar poderes transitórios sem nunca se permitirem
a conquista de valores espirituais verdadeiros.
Mostrando no olhar toda a compaixão que sentia, Marcos continua
– Vivemos tempos de resgates coletivos. Muitos podem olhar para
isso como um castigo divino, mas na verdade é a infinita misericórdia
divina que guia a humanidade. Esses irmãos necessitam reencarnar
para aprender a amar. Mas lesaram os centros cerebrais de tal forma
que o corpo físico e especialmente a área cerebral não
conseguirá se desenvolver a contento, uma vez que o corpo físico
é uma mera cópia imperfeita do corpo espiritual.
Escutando o mentor, Mariana se lembra dos noticiários que relatavam
a questão do Zika vírus e a microcefalia.
Captando seus pensamentos, Marcos se adianta – Sim Mariana, a
microcefalia é uma das formas de resgate que a espiritualidade
maior utiliza, objetivando a cura verdadeira que é a espiritual.
A justiça divina, essencialmente perfeita, determina que cada
um de nós colha os frutos que plantamos, mas contrariamente ao
que muitos pensam, isso não é uma punição
e sim um ensinamento, uma oportunidade. Deus seria um sádico
completo se simplesmente nos condenasse ao sofrimento.
Mariana observa que somente uma pequena porção dos doentes
eram assistidos, sendo que a maioria nem sequer conseguia notar a presença
dos trabalhadores. Nesse instante, centenas de mulheres se aproximam
desses irmãos que permaneciam ali em completa alienação
mental.
São as mães - explica Sita ao grupo – essas almas
generosas e sábias que não enxergam a degradação
desses seres em desgraça, mas somente os filhos maravilhosos
que se perderam em algum momento e que agora necessitam de auxílio.
Permitindo que os trabalhadores se aproximassem dessas mulheres, eles
passam a conversar com elas. Uma delas, uma senhora de cabelos negros
e lisos, olhos fascinantes de magnetismo amoroso chamava atenção
ao dizer – O risco da microcefalia é global, justamente
porque Jesus espera que todos sintam seus corações tocados
pela compaixão, e se virem para o sentido espiritual dessa epidemia
mundial.
Muitas famílias – continuou a mulher – se sentem
desprezadas por Deus quando os filhos são acometidos de problemas
graves, mas quantas mães desencarnadas não dariam suas
vidas para ter novamente esses espíritos em seu ventre, poder
amamentá-los e cuidar deles com infinito amor?
Vejam – disse a mulher estendendo o braço em direção
ao vale – somos centenas de mães somente nesse local que
dariam tudo para poder reencarnar e receber novamente esses meninos
rebeldes que se desviaram de Deus. Sabemos que uma doença grave
como a microcefalia é o início do caminho de cura do espírito.
É doloroso? Muito! Mas todo sacrifício em nome do amor
vale a pena.
Rodeada pelos trabalhadores, a distinta Senhora ia respondendo as perguntas.
- Mas não seria injustiça submeter um espírito
a renascer com microcefalia?
- Não vamos inverter a ordem das cosias – responde –
em primeiro lugar cada um colhe o que planta. O abuso da inteligência
é que determina a lesão no corpo astral e essa por sua
vez é que determina a doença física. Foi uma escolha.
Não há castigo. Toda escolha tem uma consequência.
Não podemos passar pela vida sendo irresponsáveis e imaturos
e acreditar que nunca iremos nos responsabilizar pelos nossos atos.
Renato, trabalhador encarnado pergunta – Então todos os
casos de Zika vírus e microcefalia tem a mesma causa?
- Obviamente que não Renato. Mas a grande maioria se constitui
de espíritos endividados e devemos lembrar que essa é
uma doença sistêmica, que envolve toda a família,
mudando rumos, aproximando-os da religiosidade, da humildade, da compaixão,
obviamente, desde que os envolvidos queiram que isso aconteça.
Pedindo a palavra, Sita complementa – O raciocínio é
simples. Nem todos que são picados pelo mosquito desenvolvem
a doença. Dos que apresentam os sintomas da virose, somente uma
pequena parte tem comprometimento neurológico. Da mesma forma
ocorre com as gestantes. Algumas são picadas pelo mosquito e
apresentam sintomas gripais, outras nem isso. E grande parte dos fetos
não apresentam alteração. A questão é
sempre individual. É preciso existir uma afinidade energética
para que o vírus se aloje no cérebro em desenvolvimento
e cause o problema. Sem essa ressonância energética, teríamos
que acreditar no acaso e achar que Deus brinca com a vida das pessoas.
Mas entendendo isso – complementou Sita – fica mais fácil
observar que na verdade, a doença existia antes na forma de desarmonia
energética no cérebro astral do espírito que está
reencarnando, e que isso gerou um tropismo, uma atração
para o vírus, possibilitando a doença.
Ensimesmados com o sofrimento daqueles irmãos e com o exemplo
de amor vivo daquelas mães que continuavam amando mesmo que os
filhos degenerados nem sequer lhes percebessem a presença, os
trabalhadores foram saindo um a um, caminhando de volta à Colônia
Esperança. Era hora de encerrar os trabalhos e retornar ao corpo
físico.
Sérgio Vencio, endocrinologista, vice-presidente
eleito da Sociedade Brasileira de Diabetes, fundador e ex-presidente
da Comunidade Espírita Ramatís