A Ciência não
é mais que o conjunto das
concepções de um século,
que a Ciência do século seguinte
ultrapassa e submerge.
Léon Denis.
Introdução
É muito comum a uma classe de detratores
do Espiritismo se apoiar no pai da Psicanálise, Sigmund Freud
(1856-1939), como base para explicar os fenômenos espirituais.
Esse grupo é composto de pseudo-parapsicólogos, todos
de origem Católica, que não tendo elementos na Parapsicologia
para refutar a realidade da manifestação espiritual,
recorrem ao tal de “Freud explica”, usando e abusando
do inconsciente individual e do coletivo, como poderosos armamentos
que, segundo eles, aniquilariam as teses espíritas.
A ligação que estamos fazendo à Igreja Católica
não tem o sentido de denegrir essa milenar instituição
religiosa, mas apenas mostrar a contradição desses
nossos sistemáticos opositores. Apesar do catecismo católico
ensinar que o homem tem uma alma e que ela após a morte do
corpo físico, futuramente, quando do dia do juízo,
irá ressuscitar, eles, os pseudo-parapsicólogos católicos,
em tese contrária, dizem que “não existe espírito
humano sem corpo material ou ressuscitado”. Veja bem, caro
leitor, como tais ideias se justapõem às dos materialistas
que não acreditam em qualquer coisa espiritual.
Oportuno seria colocarmos as observações de J. Herculano
Pires, que, em vida, foi um estudioso da Parapsicologia, sobre essas
pessoas:
Quando, pois, um pretenso parapsicólogo
se propõe a “ensinar” que a parapsicologia
nega a existência de espíritos, de comunicações
espirituais, de princípios religiosos e filosóficos,
como da reencarnação e o da existência de
Deus, os seus diplomas e certificados não têm sequer
o valor de atestado de informação sobre o assunto
(PIRES, 1987, p. 25).