Na intimidade do átomo,
molécula ou célula, dos reinos mineral, vegetal
ou animal, vige a grandiosidade da Inteligência Divina,
plasmando a organização do Micro ao Macrocosmo,
pacientemente provando a presença de DEUS em toda a Criação.
I - INTRÓITO
É fato comum a todos nós o sabermos da existência
de pequenas vilas, de cidades agitadas pelo labor de seus habitantes
e de verdadeiras megalópolis, estas últimas frutos
diretos das multifárias atividades humanas, com as quais
buscam freneticamente a satisfação dos seus mais
variados intentos.
De modo geral, atores e participantes desses redemoinhos humanos
dificilmente se apercebem da necessidade absoluta de se ligarem
ao Pai Criador, nele buscando paz íntima, reconforto espiritual
ou orientação para seus destinos.
A dinâmica da vida, a busca pela supremacia, o desejo de
ganho muitas vezes transfundindo-se em ambição desmedida,
a preocupação de parecer e aparecer ao invés
de simplesmente ser, levaram o homem da craveira comum a investir
em si mesmo, e a desprezar o contato com DEUS.
Triste miopia espiritual que vem afetando grande parte da Humanidade.
Não há tempo para que seja divisada, em tudo e em
todos, a augusta presença de DEUS - poderosa e imanente
- conclamando-nos à compreensão de suas Leis.
A geração de hoje é resultado de inúmeras
outras de antanho, que se perdem na diáfana noite dos milênios
sem fim, sempre constantes em sua morfologia somática,
formando uma cadeia inumerável de populações,
que a despeito de suas mais desencontradas metas e modus vivendi,
guardam sempre a condição primordial de serem catalogadas
como seres homo sapiens.
A partir dessa classificação antropológica,
que caracteriza e entroniza cada um de nós como detentor
da Razão, conseqüentemente rei no Plano Criado, não
seria absurdo, posto que necessário, o dever de nos reportarmos
aos chamados “mistérios da Criação”,
especialmente à Genética, a fim de que nos compenetremos
de que o ser vivente de hoje é o somatório de vários
fenômenos proporcionados pela Natureza, para sua existência,
permanência, mutação e evolução,
através dos milênios.
II - A FILOSOFIA DA CRIAÇÃO
É clássico e notório o saber-se que a concepção
no reino animal tem seu início na junção
do espermatozóide com o óvulo feminino.
A fecundação reflete não somente a atuante
e estuante força da Natureza, na busca de perpetuação
da espécie, mas igualmente, e de forma inequívoca,
a Lei Maior de DEUS, que através do automatismo, do desejo
ou do amor, faz perpetuar as espécies, a fim de que elas
se multipliquem e se aprimorem.
Sem dúvida, poderia parecer à primeira vista que
a única finalidade da multiplicação dos seres
seria a de cobrir a Terra de seres viventes, dando ensejo ao funcionamento
das leis genéticas, incluindo, por exemplo, a prevalência
do mais forte, através do processo seletivo.
Concepção multiplicação, mutação
e seleção, todos esses fenômenos têm
sido estudados exaustivamente, há séculos, para
que melhor se conhecessem as leis que regem a Natureza.
Esforços ingentes, labores incalculáveis sempre
buscaram insistentemente o porquê da Vida, seus mais difíceis
e intrincados meandros, na permanente porfia entre a ignorância
e o saber. Ignorância e saber humanos que se digladiam como
feras acuadas ante a superioridade da Sabedoria Divina, que muitas
vezes os pesquisadores negam, afoitos e presunçosos, erguendo
altares ao seu próprio ego.
Todas as instâncias do saber humano periclitam em suas bases,
sem o convívio permanente e necessário com o Hausto
Divino.
A supremacia da Divindade é fato inconteste a estadear-se
no Plano da Criação, do micro ao macrocosmo.
A esse respeito, cumpre-nos prazerosamente consultar “O
Livro dos Espíritos” que, no capítulo
III da 1ª parte - Da Criação - Formação
dos Mundos, diz-nos:
“O Universo abrange
a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos,
todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se
movem no espaço, assim como os fluidos que o enchem”.
Mais adiante, de maneira genérica,
ainda em “O Livro dos Espíritos”, em Formação
dos seres vivos, como resposta à questão 43, responderam
os Espíritos:
“No começo
tudo era caos, os elementos estavam em confusão. Pouco
a pouco cada coisa tomou o seu lugar. Apareceram então
os seres vivos apropriados ao estado do globo”.
Nesta incursão à
gênese da Criação, feita de forma humilde
e despretensiosa, sente-se a grandeza das Leis Divinas a coordenar
fatos e princípios. Não há vácuo no
Plano Criador.
O que se nos parece sem vida ganha cor; o estático aparente
apenas mimetiza a dinâmica sempre atuante.
Ao leitor espírita ou espiritualista não há
como conceber um Universo sem DEUS, ou o Acaso gerando formas
e situações.
O Acaso é o nada e o nada não existe.
Eis porque é lógico, crível e até
científico chegar-se à CRIAÇÃO, com
DEUS a presidi-la.
Na publicação “Ciência Ilustrada”
da Editora Abril Cultural Ltda., sob o título O homem
descobre o Mundo, que versa sobre a matéria “Ciência
é saber ver um Universo claro e exato”, deparamos
com bela foto de uma esponja que na simetria do seus esqueleto
“fixa o padrão de sua espécie”. "Na
simetria do 'esqueleto' da esponja da foto, o padrão da
espécie está indelevelmente fixado.
Em cada geração a mesma forma se repete graças
aos mecanismos genéticos.
Compreender uma estrutura conhecer suas leis gerais é também
fazer Ciência”.
A cada passo, ante a imensidade daquilo que foi desvendado no
campo da Ciência, e diante do que falta desvendar, vê-se
claramente - como numa operação matemática
- a presença de DEUS e a negação do acaso.
A Doutrina dos Espíritos, que é Filosofia, Ciência
e Religião, traz em seu bojo salutares esclarecimentos,
que não infirmam as descobertas científicas, antes
as iluminam e ampliam, imprimindo-lhes o sinete da Presença
Divina em tudo e em todos.
Compreende-se de uma vez por todas, que a Criação
não é obra do Acaso, que o vazio nela não
existe, e que os reinos mineral, vegetal e animal se agitam e
reproduzem, mercê de Leis Sábias e absolutamente
equânimes, com vistas ao povoamento e perpetuação
das espécies em todos os departamentos do Planeta.
III
- HEREDITARIEDADE: APENAS UMA LEI DA NATUREZA?
Alguns menos avisados hão de querer julgar que ao Espiritismo
e aos espíritas faltam-lhes o mediano senso de crítica,
responsável por uma análise mais perfeita dos fatos,
das pessoas e das coisas.
Dentre os que seriamente aderiram ao Espiritismo, desde a sua
origem, encontram-se dos simples operários aos homens notáveis
pelo saber e pela cultura.
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“Na Doutrina Espírita aprendemos a amar,
mas igualmente a estudar,
para enfrentarmos a Razão face a face”
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Quem conhece a História do Espiritismo sabe muito bem que,
afastado o aspecto burlesco das comunicações iniciais
das mesas girantes e falantes, ficou a mensagem, a seriedade,
aquilo que fala à alma e ao coração, a sapiência
sem peias, e, junto a tudo isso, a nata da inteligência
francesa, sem sombra de dúvidas, protagonizada no mestre
lionês - Hippolyte León Denizard Rivail (Allan Kardec)
e todos os que àquela altura o acompanhavam, conquistando
a Doutrina dos Espíritos - mais adiante - inúmeros
cidadãos de invejável cultura que a História
registra como marcos inconfundíveis de grandes vitórias
(vide a obra de “Allan Kardec”, em 3 volumes, autoria
de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, Editora FEB). Essa
obra é, inquestionavelmente, uma extraordinária
e meticulosa pesquisa bibliográfica.
Ser espírita, portanto, não é somente ser
deísta, crer na imortalidade da alma, admitir-lhe as comunicações,
modificar-se interiormente, mas, de igual maneira, buscar a Verdade
através do Saber.
Na Doutrina Espírita aprendemos a amar, mas igualmente
a estudar, para enfrentarmos a Razão face a face.
O fanatismo pode rondar os nossos arraiais, mas não os
penetra, pois dele somos a própria antítese.
Eis por que nem sempre andamos de mãos dadas com certas
afirmações que, a despeito de serem consagradas,
respeitamo-las, mas não as endossamos.
Vejamos, por exemplo, o problema da Hereditariedade, capitulado
no campo da Biologia, mais especificamente na Genética.
Transcreveremos do ótimo livro didático “Biologia
Moderna” (Maria Luiza Beçak e Willty
Beçak - volume 2 - Livraria Nobel S.A. - 1975), o que se
lê na página 11, encimado pelo subtítulo Herança
e Meio:
“Um dos problemas mais antigos em Biologia é
o estudo das causas fundamentais, que condicionam a grande variabilidade
existente entre os seres vivos. Plantas e animais apresentam
grande variedade de caracteres relacionados à cor, tamanho,
forma e atividades fisiológicas.
As causas fundamentais que condicionam a variabilidade biológica
são a hereditariedade e o ambiente. Genética é
a ciência que estuda as semelhanças e as diferenças
entre seres vivos e as suas causas. É a ciência
que estuda a hereditariedade e o ambiente. (...)
Resultando os caracteres tanto da influência de herança,
como do ambiente, a hereditariedade não implica que os
filhos sejam necessariamente idênticos aos pais. Indivíduos
com igual patrimônio hereditário poderão
ser diferentes, quando se desenvolvem em meios diversos. (...)
JOHANNSEN, em 1911, propôs o termo "genótipo”
para designar a constituição hereditária,
(...) e “fenótipo” para designar a aparência
de um indivíduo, ou seja, a soma total de suas peculiaridades
de forma, tamanho, cor, comportamento externo e interno. (...)
O que o indivíduo herda é o genótipo e
não o fenótipo."
De posse dessas informações, fica o indivíduo
que somente deseja saber, restrito ao aspecto meramente didático
e prático, ciente de que somos, inapelavelmente, no campo
físico, o somatório de contingências hereditárias,
aliadas aos problemas de meio ambiente, etc. Enfim, herdamos por
genotipia e nos modificamos através de processos outros,
que nos levam à fenotipia.
Em que pese o nosso mais profundo respeito por todas essas conceituações
científicas, grande parte delas irrefutáveis, cumpre-nos
lembrar que não podemos encarar o problema da hereditariedade
somente sob o frio aspecto com que ele nos é mostrado pela
Ciência. Há que se perquirir, perguntar, estudar,
levantar hipóteses acerca do fenômeno da hereditariedade,
que está inserido no Plano da Criação Divina.
Exatamente aí, neste campo em que se cruzam os fatores
materiais e espirituais, é que está o cerne da questão.
Ocorre que, ao sermos informados por aqueles que residem no Além,
vemo-nos obrigados por uma questão de consciência,
a expender conceitos que nem sempre se afinizam com outros já
conhecidos e consagrados. No caso em apreço, sem dúvida,
é a Ciência Espírita em ação.
Sobre hereditariedade, herança morfológica, etc.,
vale lembrar ensinamentos valiosos de André Luiz, médico
que foi na Terra, ora vivendo no Plano Espiritual, em sua obra
“Evolução em dois Mundos”, psicografada
por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira editado pela
FEB.
À guisa de antelóquio dessa obra, sob o título
Anotação, ensina-nos Emmanuel:
"O Apóstolo Paulo, no versículo 44 do
capítulo 15 de sua primeira epístola aos coríntios,
asseverou, convincente:
- Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.
Se há corpo animal, há também corpo espiritual”.
Ao espírita não há como fugir à conceituação
da existência do corpo animal e do corpo espiritual, sendo
que aquele é posterior ao segundo.
A existência do Espírito eterno, imortal, e sua configuração
perispirítica, profundamente estudada nas obras espíritas,
faz-nos atentar para o fato de que a vida, ou seja, o ser configurado
sob as vestes carnais, não é somente reflexo de
leis naturais fixadas sob o império da hereditariedade.
Cada indivíduo, cada ser vivente, deixa os estreitos limites
onde é analisado, para surgir como junção
de dois elementos - corpo e espírito – distintos
porém entrelaçados, agindo e reagindo reciprocamente.
Na obra “A Evolução Anímica”,
de Gabriel Delanne, encontramos esta jóia de informação
científica, que bem explica a junção espírito-matéria
e suas conseqüências, sob o título A utilidade
fisiológica do perispírito:
“Estabelecemos de princípio, por experimentações
espiríticas, que os Espíritos conservavam a forma
humana e isto não só por se apresentarem tipicamente,
assim, como porque o perispírito encerra todo um organismo
fluídico-modelo, pelo qual a matéria se há
de organizar, no condicionamento do corpo físico”.
Consultando-se a citada obra “Evolução
em dois Mundos”, cuja leitura recomendamos,
nela encontraremos resposta adequada à extensa linha de
quesitos que se possa propor, enfocando corpo e espírito.
A bem da verdade, essa obra é um extraordinário
vade-mécum a quem desejar conhecer a gênese dos Espíritos,
e, conseqüentemente, da matéria.
Nela se aprende que o chamado “elo perdido”, que medeia
entre formas rudimentares do ser vivo e outras mais adiantadas
foi resultado da intervenção dos Mentores espirituais
na alteração psicossomática de formas que
viveram na Terra, dando prosseguimento ao Plano Criador, sempre
se justapondo o corpo carnal à matriz espiritual.
IV - A QUESTÃO DA HEREDITARIEDADE
PSICOLÓGICA
Levantamos aqui uma propositura, que nos parece bem interessante,
sobre a questão da hereditariedade e psicologia humanas.
É exatamente aí, e mais do que nunca nesta questão,
que se sente a presença do Espírito, agindo e reagindo,
atestando-se fruto de si mesmo, segundo a já citada afirmação
do Apóstolo Paulo. É a presença inequívoca
do Espírito no Plano da Criação.
Subtraindo-se às injunções de todo o processo
genético, desde a fusão do espermatozóide
com o óvulo até às linhas cromossômicas,
que tipificam morfologicamente o ser, permanece imune a presença
do ser espiritual, na sua caminhada evolutiva em busca da Luz
e da Perfeição.
Atado mas não escravo, resguardando suas características
próprias, ele (O Espírito) busca sua movimentação
própria no que concerne ao psiquismo, dando margem à
formulação de questionamentos a seu respeito.
A sua presença, que guarda certa independência, há
de espantar aqueles que tudo julgam sob o critério único
do imediatismo fisiológico.
Dentro da literatura espírita são clássicas
e inúmeras as citações a respeito do problema
da hereditariedade, principalmente a de origem psicológica.
Vejamos algumas.
Na obra “O Problema do Ser, do Destino e da
Dor”, autoria de Léon Denis, no capítulo
XV, que trata das vidas sucessivas, das crianças-prodígio
e da hereditariedade, encontramos:
“Podem-se considerar certas manifestações
precoces do gênio como outras tantas provas das preexistências,
no sentido de serem uma revelação dos trabalhos
realizados pela alma em outros ciclos anteriores. (...)
Cada encarnação encontra, na alma que começa
vida nova, uma cultura particular, aptidões e aquisições
mentais que explicam sua facilidade para o trabalho e seu poder
de assimilação, por isso dizia Platão:
'Aprender e recordar-se'."
Seguem-se, na mesma obra, inúmeras citações
que comprovam, à saciedade, que o ser espiritual preexiste
à matéria, mantém suas características
de evolução, e foge aos liames da “ditadura
escravizante” das leis genéticas, estereotipadas
na hereditariedade. Esta, se é total na genotipia e quase
o é na fenotipia, deixa de sê-lo no campo psicológico.
O Espírito não é fruto da carne.
Após essas oportunas e esclarecedoras afirmações,
não há como contestá-las, mas apenas referendá-las,
sob a ótica da Filosofia e Ciência Espíritas.
Vai-se fechando, dessa maneira, o elo necessário à
grande corrente do Saber Espiritual, que nos aponta a existência
e preexistência do Espírito, a manifestar-se no jogo
da vida sem clausura total nas leis da reprodução.
Aproveitando a idéia de tempo que nos veio à mente,
é de se notar que os Espíritos de Luz, fiéis
mensageiros do Senhor, continuam insistindo na tese contrária
à legitimidade de uma herança psicológica.
A Federação Espírita Brasileira, através
de seu Departamento Editorial, publicou em 1989 a obra “Temas
da Vida e da Morte”, pelo Espírito
Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo Pereira
Franco, na qual encontramos matéria alusiva à hereditariedade
psicológica, inserida sob o título Tendência,
aptidões e reminiscências:
"É evidente que os processos da reencarnação
se fazem mediante as leis de afinidade espiritual, por impositivos
anteriores, o que resulta em identificações e
choques nos clãs, onde se reencontram seres simpáticos,
ou adversários que o berço volta a reunir. (...)
As aptidões e tendências só raramente correspondem
às leis de hereditariedade, especialmente hoje, quando
as opções para a conduta e a ação
se fazem um leque imenso de possibilidades, ensejando a identificação
do homem com suas próprias realidades. (...)
Eis por que as tendências, as aptidões humanas,
sem descartar-se a contribuição dos genes e cromossomas,
procedem das experiências do passado, em que o espírito
armazenou valores que lhe pesam na economia evolutiva como poderosos
plasmadores da personalidade, da inclinação para
uma como para outra área de conhecimento, para a vivência
da virtude ou do vício."
Eis considerações exatas, perfeitas e atuais, sobre
o assunto em tela, enumeradas do Plano Espiritual.
Um fato nos preocupou seriamente: o da longevidade das informações.
Mas como já ficou claro que o tempo não passa em
vão, e é iconoclástico como sempre o foi,
ele poderia ter derrubado antigos mitos e opiniões. Veja-se,
por exemplo, essa nota da Editora da FEB (1952), inserida antes
do índice da obra “A Evolução
Anímica”, de Gabriel Delanne, onde
o Autor trata da Hereditariedade Psicológica:
“Devemos lembrar ao leitor que esta obra foi publicada
em 1895. Muitos conhecimentos científicos aqui expostos
sofreram, no correr dos anos, sua natural transformação
e progresso, o que, entretanto, não invalidou o vigor
e a firmeza dos conceitos espiritistas emitidos pelo Autor,
mas, antes vieram afirmá-los cada vez mais”.
Compulsando ambas, a nota editorial e a mensagem da obra “Temas
da Vida e da Morte”, deixamos para trás nossas preocupações
sobre a possibilidade de serem longevos ou ultrapassados os estudos
espíritas sobre o assunto Hereditariedade, mais especificamente
Hereditariedade Psicológica.
Considerando-se que, há cerca de um século, os Espíritos
iluminados mantêm o mesmo pensamento sobre o assunto, há
que aceitá-lo como certo.
Com Kardec aprendemos que a “universalidade dos ensinos”
dá-nos a certeza da veracidade.
No caso em apreço, verifica-se que Delanne fez publicar
sua obra em 1895, na qual apreciou a hereditariedade psicológica,
e hoje, um século após os conceitos espíritas
por ele emitidos, são corroborados na obra “Temas
da Vida e da Morte”, do Espírito Manoel
Philomeno de Miranda.
Em face dos nossos limitados conhecimentos, cremos não
haver mais nada a acrescentar ao tema em estudo.
Os Espíritos de Luz, Vanguardeiros da Eterna Verdade, continuam
nos alertando para a necessidade de amarmos e estudarmos.
E certo será que burilando-nos internamente no campo das
Virtudes, e estudando, por certo chegaremos à meta a que
nos propusemos.